31 de janeiro de 2007

Um blog a menos?


Subitamente, o Nando Gross anunciou que está fechando o blog. Uma pena, porque era o blog colorado mais educado da internet. Quase ao mesmo nivel de educação do Imortal Tricolor.

Crises de blogueiros com suas criaturas são comuns e podem ter origens mais diversas: alguém que não gostou de um post e criou caso, a mulher contrariada com uma foto colocada na página ou falta de tempo para tocar o projeto da forma como o vivente acha que tem que ser. Como vemos, há mais causas possíveis do que craques no cheira-rio.

Fazemos votos de que o Nando resolva a história e volte a postar. Fará bem o RS continuar com um segundo ponto de referência em blogs esportivos.

29 de janeiro de 2007

Verdade seja dita




O cara desarma, arma, articula, lança, assiste e ainda vai lá e faz, quando o ataque inoperante se perde nas firulas. Lucas é o melhor jogador surgido no RS nos últimos 10 anos. Um craque da bola.

Antes que alguém lembre da foca do Barcelona, quero lembrar que o Foca não é jogador de futebol. O Foca é isso mesmo: uma foca.

Por isso, quem enxerga futebol já sabe há muitos meses: o Lucas éééééé bom.

28 de janeiro de 2007

Coisas de patos



Na foto, o pato mestre marrequeia

Leio que o timinho liberou um 'cracão' para procurar time.
Mas o que é isso? Se estava inscrito pelo Palmeiras no segundo semestre de 2006 e jogou no glorioso 'timinho invicto' no Gauchão 2007, como pode atuar por um terceiro time antes de julho de 2007? Nada disso, Chiquinho fica, disputando posição naquele 'oceano de fartura'. Pensam que o Chico é pato de cair nessa? Ele vai consultar o Amoretti.

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O regulamento do Gauchão diz assim: "As duas equipes últimas colocadas das Chaves 1 e 2 da primeira fase serão, automaticamente, rebaixadas para a Segunda Divisão em 2008." Pânico no cheira-rio.

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Enquanto isso, no Paraguai, voltando a jogar com 11, o Brasil tem chances reais de voltar com o caneco.

26 de janeiro de 2007

Essa é de rir


Nos últimos 2 dias circula na imprensa a informação de que o site do Grêmio "utilizou imagens da torcida do timinho" comemorando a conquista da Copa Toyota Libertadores. Um exemplo da notícia pode ser visto aqui.
Ora, vamos deixar o ridículo de lado. Desde quando a torcida do timinho teve acesso à taça da Toyota para festejar? Mostrem outra foto dessa "comemoração". A verdade é que essa imagem é de um banco de imagens e, provavelmente, trata-se de montagem para alguma campanha publicitária.

-.-.-

Enquanto isso...
O Renteria foi proibido de dar entrevistas sobre sua ida para o Porto.
Provavelmente para não expressar a sua alegria por estar tendo a oportunidade de jogar num time grande, como o Fabiano Eller.

25 de janeiro de 2007

Senso de Realidade



O Iarley pode até não ser um bom jogador. Está certo, é esforçado, tem certa liderança, não maltrata tanto a bola quando a maioria de seus colegas. Mas uma virtude não dá para tirar do moço: sabe onde está pisando.

Perguntado na Gaúcha sobre a saída do Fabiano Eller, falou com toda a sinceridade e esperteza:

Sentiremos a falta. Mas o cara teve um ano maravilhoso e o Inter estava pequeno para ele.

Só resta dizer: Amém.

10 de janeiro de 2007

Poderooooosaaaaa!!!!




Sei não. Mas pelo jeitinho o Pato está mais para Marreca.
Nada contra, mas cada coisinha com seu nomezinho certo.

9 de janeiro de 2007

O novo escudo




Acabou o mistério.
O Imortal Tricolor revela, com exclusividade, o segredo do novo escudo do timinho, representativo das Copas Toyota.

2 de janeiro de 2007

Cenas do passado


Terça-feira, 19 de dezembro de 2006...

O menino acorda e vai até a sala, onde o pai está todo sorridente, vestindo a camiseta vermelha e se aprontando pra sair. A sala cheia de bandeiras e as janelas todas abertas, para passar o cheiro de naftalina que ainda impregna o ar.

– Nós vamos pro aeroporto, pai?

– Aeroporto não, filho. Base aérea... Vamos pra base aérea.

– Ah. Vai ser uma festa bonita, né pai? – pergunta o menino, sem entender porque não no aeroporto.

– Vai, filho. Vai ser um festão.

– Demorou, né, pai?

– É, filho, mas isso não importa... – resmunga o pai.

– Há quantos anos mesmo que tu esperas por esse dia, pai? Desde que tinha a minha idade, né?

– Vinte e três anos, filho... vinte e três anos!

– É muito, né, pai? Ainda bem que acabou... Mas, também, a gente treinou 97 anos... Um dia tinha que acabar, né, pai?

– É, filho... Mas agora vamos. Vamos, que não quero perder a chegada do Pato e do Gabiru.

– Vamos, pai – diz o garoto, pegando uma bandeira e ainda catando uma traça que corria pelo pano vermelho.

Um minuto depois, no elevador:

– Hein, pai... Que título mesmo a gente ganhou?

– Campeão mundial, filho! – exclama o pai, animado. Campeão mundial reconhecido pela FIFA!

– Ah, que nem o Corinthians, né, pai?

– Corinthians? – surpreende-se o pai.

Pensa um pouco, depois, conforma-se:

– É, que nem o Corinthians...

– Pai, mas o Corinthians já ganhou a Libertadores? Já jogou no Japão?

– Tá louco, filho?! Nunca! É que o Corinthians foi convidado. Quando esse torneio que a gente ganhou começou, ninguém precisava ganhar nada pra participar. Era só ser convidado.

– Nossa, pai! Que coisa! Essa FIFA é bem bagunçada, né? Não tem critério nenhum.

– É, filho, mas isso não importa.

O filho segue pensativo até o carro. Enquanto põe o cinto de segurança, sentado no banco traseiro, volta às perguntas:

– Mas pra nós foi difícil, né, pai? Tivemos que ganhar a Copa Toyota Libertadores. Só tem uma coisa que não entendo: nosso time hoje é melhor que aquele beeeem antigo, que tinha uns jogadores que o vô dizia que eram muito bons. O Falcão, o Batista, o Carpeggiani, o Manga?

– Não filho, aquele time foi o melhor de todos que já tivemos. Isso não se discute!

– Mas pai, então me explica: se aquele time era tão bom, por que demorou tanto pra gente ganhar a Copa Toyota Libertadores?

– Ah, filho, porque naquele tempo era muuuuito mais difícil ganhar. Ainda era a Copa Libertadores da América. Primeiro, porque só dois times brasileiros jogavam... Se ainda fosse assim, a gente nem tinha jogado este ano. E os adversários eram muuuuito mais difíceis! Tinha times como o Boca, o River, o Estudiantes, o Peñarol, o Olímpia. Eles batiam muito também! Dava até medo jogar naqueles estádios da Argentina, do Uruguai, do Paraguai, da Colômbia. Então, aquele time que o vô viu jogar era muito bom. Mas, naquele tempo, Libertadores era pra macho! Hoje, com a globalização, a Copa Toyota Libertadores está ao alcance de qualquer um.

O filho pensou um pouco:

– Pai, quando o Grêmio ganhou a Libertadores da América duas vezes era mais difícil, também? Ou eles só jogaram com o Maracaibo, o Libertad, o Nacional e o DMLU, que nem nós?

Silêncio...

– Ah, mas nós ganhamos a final do São Paulo – emendou o pai, sem responder...

– É mesmo! Naquele jogo que o Rogério Ceni entregou, lembrou o filho.

– Que sorte, né, pai?

Alguns minutos de silêncio depois, o filho volta às dúvidas:

– Pai, mas então quando o Grêmio foi Campeão Mundial também era mais difícil, né? Porque não era qualquer um que ia pro Japão. Porque até o Falcão, que o vô diz que foi nosso maior craque, só foi pro Japão com a Globo.

– É, filho... Mas o Grêmio jogou contra um time alemão, que estava até desfalcado no dia... Não foi que nem nós, que jogamos contra o Barcelona do Ronaldinho, do Deco, do Eto'o, do Messi, do Saviola...

– Quem é Eto'o, pai? Eu não vi nenhum Eto'o domingo, nem Messi, nem Saviola.

– Ah, é porque eles estavam lesionados. Eles não jogaram.

– Puxa, quantos lesionados. Mas, então, o Barcelona estava desfalcado? Que sorte, né, pai?

– Ah, mas nós não jogamos só uma partida como o Grêmio, meu filho – insiste o pai, já irritado.

– Nós primeiro tivemos que passar por um jogo muito difícil, contra aquele timão lá do Egito! O Ai-Ai...

– Puxa pai, é mesmo! Eu nem sabia que no Egito tem futebol. Mas foi um jogão. Bem difícil. Ainda bem que a gente teve muita raça e ganhou do Ai-Ai do Egito, né, pai?

– Isso, filho. Muita raça. Olha, que bandeira linda ali no Laçador!

Percebendo que o pai quer mudar de assunto, o filho fica quieto por mais uns minutos, até chegar à Base Aérea, onde muitos outros torcedores se reúnem para esperar o time que está chegando. Em meio a homens, mulheres e crianças, o garoto logo reconhece um amigo:

– Olha, pai! É o Bilu! Eu conheço ele lá da Escolinha do Beira-Rio! Ele é meu colega do balé...

– Bilu? E isso é nome de homem...? – pergunta o pai.

– Ué, pai. Que nem Gabiru.

– Ah, é mesmo. – concorda o pai, meio a contragosto.

Passa-se um minuto, e o garoto segue pensativo:

– Pai, por falar nisso, é verdade que nós só ganhamos quando entrou o Gabiru? O pai olha de soslaio para o menino, suspira e diz:

– Deixa pra lá, filho, deixa pra lá... O que importa é comemorar. Campeão da FIFA! Campeão da FIFA!


Obs: O texto acima foi recebido de um colaborador. O Imortal Tricolor não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos nele expostos.