18 de fevereiro de 2008

Pingos nos "is"



O leitor Leonardo M. comentou:
Sinceramente não da pra entende todo esse amor que esse blog tem pelo Wagner Mancini, pra mim não mostro nada demais. Não vi nem uma jogada ensaida, aproveitamento 0 em bolas paradas, time froxo na marcação, e pessima mania de bota jogadores pra funções em que nunca jogaram antes.

Leonardo, este blog não tem amor nenhum pelo Vágner Mancini. Tem respeito por uma pessoa correta e de conduta profissional irreparável, atleta exemplar quando esteve no Olímpico e Campeão da Copa do Brasil em 2005, com o "poderoso" Paulista de Jundiaí. Tem méritos com pessoa e, no mínimo, sorte como treinador. Não custa nada lembrar que barrou o caminho dos moranguinhos em 2005. Só isso basta para merecer a nossa consideração.

Mas falando objetivamente sobre o episódio da demissão, remetemos ao post do Quebra-cabeças (abaixo). Uma brincadeira para que pudessemos nos colocar na posição do Mancini. Como montar um meio de campo consistente com esse grupo de 8 jogadores? Interessante que ontem, após o jogo com a Ulbra, se comentou que o time teve "pegada". Sinceramente, isso é forçar a barra, querer dizer que algo mudou com a ausência do Mancini, para justificar a demissão. Foi um jogo igual aos outros. E por uma razão lógica: não há como montar um meio de campo que controle o jogo com esses jogadores.

O problema está em outro lugar. É a área de futebol do Grêmio quem precisa ser "avaliada" e "mudada". Há 2 anos empilha erros e em 2008 perdeu tempo e dinheiro em apostas mal sucedidas.

Para exemplificar o que acontece, coloco uma reflexão: alguém é capaz de imaginar o que seria o meio de campo do Grêmio sem Roger? Peguem os jogadores do post abaixo, tirem o Roger e montem um time. Pois este (sem Roger) é o time planejado pela área de futebol do Grêmio, para o dia 17/02/2008. Sim, porque Roger não foi buscado dentro de um planejamento. Roger se ofereceu para jogar no Grêmio.

Dependesse do responsável pelo futebol do Grêmio, a escalação de "pegada" de hoje teria Eduardo Costa, Adilson, Pico, Maylson e (Labarthe? Nunes? Peter? Willian Magrão?). Então, Leonardo, não é amor por Vágner Mancini, é puro amor pelo Grêmio. Com esse plantel não vamos a lugar nenhum. Mancini escalou quem tinha à mão. E quem concorda com a avalição de que ontem teve "pegada", caiu numa "pegadinha".

Outro leitor, Cristiano, escreveu:

O que me deixa chateado é ver um blog como esse, cheio de tricolores doentes e nao vejo sequer uma mobilização para um protesto. Cade a Geral do Grêmio nessa hora, será que tem o rabo preso com alguem (mais precisamente o excelentíssimo Sr. Paulo Pelaipe). Ta na hora de por pressão.

Vamos por partes, Cristiano.

Comecemos com a Geral do Grêmio. Ela tem um mérito inegável: conseguiu transformar a torcida do Grêmio em um acontecimento ímpar no cenário futebolístico nacional. Não há como negar que, sem a Geral, a torcida do Grêmio não seria a máquina de empurra o time em que ela se transformou nos últimos 3 anos.

Porém, a Geral do Grêmio tem uma marca de nascença: ela entende que não pode criticar nunca. Ela entende que tem que apoiar sempre. Para a Geral, direção e time são a mesma coisa.

Para nós, do blog, e para boa parte da torcida tricolor, direção e time são entidades ligadas, mas independentes. Ninguém jamais verá Arigatô ou seu Algoz vaiando o time do Grêmio. Para o time, apoio sempre. Mas a direção, quando merecer críticas, será criticada. Para nós, a área de futebol do Grêmio vem merecendo muitas críticas. Tantas, que entendemos deve ser mudada.

Achamos, sim, que cabe uma ação, para demonstrar o descontentamento com a forma como futebol vem sendo conduzido no Grêmio. Quem sabe em Grêmio x Esportivo, uma manifestação como a do vídeo abaixo, mudando-se o "alvo", não provoca um "pedido"?