14 de abril de 2008

Hora de reconstruir



Está certo. Agora, todo mundo já sabe:
1) a contratação de Roth foi um grande erro. Apontamos isso quando ele ainda não havia sido confirmado como técnico do Grêmio;
2) nossa desclassificação na Copa do Brasil está intimamente ligada à derrota para o Juventude, que está visceralmente ligada às invencionices de Roth naquele jogo;
3) o presidente Odone dava insistentes sinais de falta de vontade para tocar o clube, obcecado que está pela idéia de assumir a Grêmio Empreendimentos;
4) Pelaipe acumulou inúmeros equívocos e ficou muito mais tempo no comando do futebol do que seria razoável.
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Porém, chegamos ao ponto em que Odone se reuniu com Krieger. Krieger se reuniu com Koff e Raul Régis. Meira e Milton Kuelle estão se agregando ao futebol. Pessoas de diferentes correntes estão se mobilizando. Divergências estão sendo relevadas. Em suma: parece que o Grêmio está acordando da anestesia da qual só sairia para entrar em coma, se nada fosse feito. É o que dá para festejar hoje.
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Roth continua. É triste, mas é fato que se consuma. Escrevemos que essa possibilidade havia ficado na ar quando da entrevista de Odone, logo após o jogo da quarta-feira. Parece ter sido decisão pensada e julgada como a mais adequada no momento. Vamos acreditar que não havia alternativa. Deixemos, pois, o barco andar. Neste momento, tumultuar não vai ajudar. Não creio que ele saia por qualquer pressão que se possa fazer agora.
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De certa forma, é bom que seja assim. Alguém está assumindo o comando e as responsabilidades inerentes a ele. Caso contrário, o clube ficaria perigosamente capitaneado pelos humores de partes da torcida. Quem gritasse mais, mandaria. A Instituição parece não querer deixar que isso aconteça. É bom que seja assim. Aliás, mais do que bom, é necessário que assim seja. Vamos ver o rumo que as coisas tomam.
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No meio disso tudo, tenho uma esperança. Noticiaram ter havido uma reunião de 5 horas envolvendo os novos homens do futebol, mais Roth, Koff e Raul Régis. Esses homens experimentados haverão de ter tido um lampejo e colocado as coisas em certos termos. A minha esperança é que a permanência de Roth esteja vinculada aos resultados que obtenha no futuro próximo. Algo como um desempenho mínimo a ser obtido, capaz, por exemplo, de colocar o Grêmio no rumo da Libertadores 2009. Se ele conseguir, ótimo. Se não conseguir, pede demissão e desonera a folha. Seria justo e inteligente. Afinal, o "professor" deve confiar no próprio taco. Tomara que a minha esperança tenha algo de real.
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Em minha opinião, é hora de dar um tempo. Precisamos reconstruir o time. Precisamos juntar os pedaços do que já foi um bloco monolítico e quase imbatível: o Imortal e sua torcida. A direção sabe dessa necessidade. Vou continuar indo ao estádio e apoiando o time como sempre fiz. Agora, cá entre nós, ajudaria muito se o Celso Roth pelo menos não saisse da casamata.