2 de janeiro de 2011

Mico é quem fala em mico

Vou escrever agora, antes que que o assunto se resolva. Quase certamente não voltarei mais a tratar do tema. Seja qual for o seu desfecho, a minha opinião não mudará. A novela virou leilão, como já se esperava, e não pretendo gastar mais do meu pouco tempo disponível com a famiglia A$$i$.

Demos aqui algumas informações antes da "grande" imprensa e fizemos comentários colocando pontos-de-vista não abordados na discussão da mídia mais poderosa. Mas o assunto adquiriu um cheiro que, repito, embora esperado por mim, ofende o olfato. Então, vamos ao meu post final sobre a episódio.

Há algum tempo tenho lido opiniões de isentos e até em blogs de torcedores do Grêmio que se vendem à opinião daqueles por questões políticas ainda mal digeridas, que caso Ronaldo Moreira não venha para o Olímpico, estaremos diante de um grande mico.

Quero dizer que o Presidente Odone não errou  ao anunciar que estávamos diante de um negócio com grandes chances de se concretizar. A manifestação oficial do interesse do Grêmio em ter o atleta, como já manifestado em um post recente, foi uma estratégia oportuna e inteligente. A palavra de Odone colocou o irmão-empresário nu, diante da torcida tricolor. Findo o episódio, ninguém poderá ter dúvidas das suas intenções.

Já se tem uma boa amostra. Houve um acerto salarial com o Grêmio, mas o DNA dos A$$i$ parece não entrar em férias. Depois de aceitar a proposta, o empresário-irmão retornou pedindo mais e seguiu correndo atrás de outras propostas mais atraentes.

De outra forma, imaginem uma situação de silêncio. Ninguém sabe da disposição do Milan em liberar o foca. Subitamente, ele é anunciado pelo Flamengo. O que se diria? Que o Grêmio falhou; que a Direção do Grêmio dormiu no ponto; que o Grêmio deveria ter tentado a sua contratação. E, não duvidem, os A$$i$ poderiam até vir a público afirmar que "sim, viria para o Grêmio até por menos, porque são gremistas, mas não houve interesse do clube e blá-blá-blá."

Então, não há mico na divulgação das tratativas. Houve um passo cuidadosamente estudado, para que não nos deparemos no futuro com explicações gestadas em rodas de pagode. Quem fala em mico, ou quer transferir para a Azenha o foco do mico histórico do outro lado no episódio Mazembe, ou é inocente útil, ou é ressentido político inconsequente.

Outra opinião recorrente, como crítica à nossa Direção, é que o Grêmio entregou o assunto nas mão do Roberto A$$i$. Ora, o assunto sempre esteve nas mãos do Roberto A$$i$ e não há como tirar das mãos dele. Alguém viu alguma notícia de negociação entre o Flamengo e o Milan? Não. Só se lê que os representantes do clube carioca se encontraram com os A$$i$. Então, esse é um papo de míopes ou mal intencionados.

Também se fala que, neste momento, Odone não poderia estar no Uruguai. Faz nenhuma diferença ele estar aqui, no Rio ou em Milão. É Roberto A$$i$ quem decidirá tudo. (Aliás, será que Odone não está lá tratando de alguma contratação, como referiu o seu Algoz?)
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Fui contrário de primeira hora à volta de Ronaldo Moreira. De segunda e de terceira horas também. Não vou repetir os meus motivos, que podem ser encontrados no blog. Porém, entendo a estratégia do clube em buscar alavancar receitas com a contratação. Se vier, que se sugue tudo o que for possível, para reparar minimamente o prejuízo causado ao clube quando evadiu-se de forma traiçoeira.

Se não vier, repito o que escrevi abaixo. Não perco o jogo Grêmio x Flamengo no Olímpico por nada deste mundo. Isso se ele tiver colhões para pisar o gramado do Olímpico vestindo outra camiseta que não o sagrado manto tricolor.