15 de abril de 2011

Vamos tomar um brodo?

Vamos combinar que está tudo muito surrealista.
Agora mesmo li que o homem da banheira cheia de atletas disse que foi convidado para treinar o Imortal e recusou. Será que tem um único ser humano que não seja imbecil que acreditou nesta história?
A derrota de ontem teve esta consequência funesta. Os isentos, baratos, veadinhos, todos colocaram as garrinhas de fora.
O que devemos fazer? Pegar um alicate e arrancar uma por uma. sem anestesia. É evidente que a divulgação da lista dos que devem ser ignorados e, mesmo, dos que estão procurando um rumo, teve impacto. Aqui e ali, se vê os patifes reagindo. Do jeito que sabem e estão acostumados a fazer: largando filminhos produzidos por torcedores do timinho, caindo de pau no Renato, tentando ampliar a crise.
Nestas horas é que se vê como faz falta gente com competência. O Grêmio, melhor ainda, a direção do Grêmio, há anos, é um deserto de talentos. Vamos combinar, de novo, que um presidente não pode vir a público e dizer que o treinador, quem quer que seja, fez loucura na escalação.  Isto deixa um benfiquinha babando de gozo.
É hora de uma resposta rápida por parte de todos. O jogo de ontem só apresenta um consolo: tem a cara de ser um valor espúrio da estatística. Valor espúrio, é aquele que deve ser ignorado porque fora do intervalo de confiança de ocorrência de um evento. É evidente que o time não repete as atuações de 2010. Mas é ainda mais evidente que a péssima atuação de ontem não poderá mais se repetir este ano. As ausências não podem servir de explicação. Com ausência um time pode render menos, mas não pode não render nada.
Até por isto, não concordo com o clima de terra arrasada dos comentários. O Grêmio não tem time pior do que a maioria dos outros participantes da Libertadores. É minha verdade que a saída do Jonas e a lesão do André Lima nos deixaram quase sem pai nem mãe no ataque. A lesão do Viçosa só piorou a situação. A ausência do Douglas ontem mostrou que ele é fundamental neste time. Sem ele, o que se viu foram balões diretos da defesa para o nanico improdutivo chamado Borges. Não houve um único lance em que a jogada passou pelo meio de campo.
Tudo o que se falou nos comentários: falhas da defesa, desastres individuais, inoperância do ataque, erros do Renato, etc., são frutos de circunstâncias e de um provável mau entendimento do que poderia significar o jogo em termos de posicionamento na tabela.
Deve servir, espera-se, para algumas mudanças pontuais e, especialmente, mudanças de atitude. Está na hora do time chamar a torcida. Mostrar que tem sangue nas veias.
Enquanto isto, só posso recomendar cautela e calma. Vaias, desesperos e terra arrasada só favorecem os inimigos. E isto é tudo que não precisamos agora.
Já pensaram um probleminha aí na frente e o Juarez voltando para o Imortal?