12 de junho de 2011

Treinadores ... Esta raça estranha


Vou começar dizendo que gosto do Renato como treinador e nem de longe quero que ele saia agora. Até porque as alternativas no mercado me dão urticária e hipertensão. Mas ...
O Guardiola e o Mourinho, o Felipão e o Renato, o Burroth e o Bozo, o técnico do Fortes e Livres de Muçum e o do Glória de Vacaria, todos eles tem duas coisas em comum: todos tem bruxos e todos se acham gênios táticos.
Não importa o quanto entendam de futebol, o quanto conseguem fazer um grupo de atletas render ou o quanto são vencedores ou perdedores. Todos se acham mais inteligentes do que os "mortais comuns".

Bruxismo é uma praga impossível de eliminar. Todo time tem pelo menos 2 jogadores que ninguém entende porque o técnico escala. Não falo de reposições, de reservas esforçados que entram em emergências. Falo daqueles que são titulares e só o técnico sabe porque. Estes tem virtudes supremas que só o treinador enxerga. Por pior que joguem, por menos que façam, por mais que atrapalhem estão lá, firmes na "titulância". E só saem em caso de lesão ou quando o jogo está praticamente perdido e aí o técnico se lembra do bicho perdido e da corda no pescoço.

Táticas malucas então são a perdição de todo treinador. Vicia mais do que carteado ou crack. Parece que não conseguem ficar mais de 1 mês limpos. Sempre têm recaída. Eles se perdem nos números e só não tentaram até agora jogar com 2 ou 3 goleiros porque a regra não permite. Fosse liberado e não tenham dúvidas, já teríamos visto isto em campos de futebol. É um tal de 4-2-3-1, 3-1-1-1-3-1, 1-2-3-4, etc. que vai chegar o dia em que, por se atrapalharem com as somas veremos times com 12 ou 13 em campo.

Quando junta bruxismo com invenção é que a coisa fica feia. Neste caso lateral vira meia ou centro-avante, zagueiro vira armador, centro-avante joga de volante, e titulares indiscutíveis acabam no banco ou nem isto para que o gênio consiga acomodar os bruxos e sua tática mirabolante.
No meio disto, ficamos nós, pobres torcedores, sem nenhum poder de opinar ou de mudar alguma coisa. Perder é ruim, muito ruim. Perder é péssimo. Perder é do jogo. Mas perder por conta de bruxismos e táticas alopradas é muito pior. Deixa o fígado sobrecarregado, o vizinho de saco cheio pelos palavrões gritados na frente da tv e deixa a tv em risco de ser destruída por um radinho voador.
Seria pedir demais querer a pena de morte para treinadores que inventam e privilegiem seus bruxos?