23 de setembro de 2011

Vítima do tico-tiquismo

No jogo que eu vi ontem, sucumbimos por falta de apetite ofensivo. Passamos noventa minutos fazendo triangulações e balanços ala Autuori (Que a Arábia o tenha!). Na verdade, não era bem o balanço do arabiano. O de ontem tinha uma variação da pior espécie: os movimentos, não raro, envolviam uma atrasada para Victor.
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Com Rochemback, Douglas e Marquinhos, o time sofre uma hipertrofia de toque-toque. Ontem, a doença acabou por contaminar jogadores mais agudos, como Escudero e Mário Fernandes. Todos entraram no nheco-nheco da lateralidade, no toquinho pro lado, da triangulação estática e inofensiva. Não se vê mais quero-queros no Olímpico, mas os tico-ticos proliferam.
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Sempre dou um crédito para o técnico quando um jogador é afastado "por razões técnicas". Muitas coisas cabem neste guarda-chuva. Porém, Roth é multi-reincidente na prática de barrar jovens promissores. Então, fico com os dois pés e uma mão atrás no episódio de Leandro ter perdido até o lugar no banco ontem. A menos que o tico-tiquismo seja o novo estilo do nosso treinador. Aí, fica tudo explicado. Afinal, Leandro é agudo, vai pra cima da zaga adversária, não gosta de espalhar toquinhos para os lados. Neste caso, tudo se encaixa: Leandro não cabe no modelo.
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Mas... O Diego Clementino cabe?
Que dezembro chegue logo.