27 de outubro de 2011

A corrida do século

Já compraste a tua?

Eu juro. Juro que minha alma anarquista pagaria para ver a seguinte cena: 40 minutos do segundo tempo, 5 x 0 para o Grêmio e alguém abre o portão que dá acesso ao campo. Por ele entra a Geral inteira. Dentuço Pilantra e famiglia, largam as moedas que estão catando a saem em desabalada carreira, só parando ao cruzar a ponte do Mampituba.
Este seria o cenário dos sonhos de muita gente.
Mas nem sempre, ou quase nunca, a vida anda como nos sonhos. Isto não vai acontecer. E não acontecendo, certamente haverá frustração de muitos.
E o perigo decorrente da frustração é talvez o maior dos perigos.
Por tudo isto, o jogo de domingo é um jogo de altíssimo risco para a instituição Grêmio. Qualquer deslize e já se sabe o desfecho. Hienas aproveitarão para gritar e espernear. Isentos baratos farão inevitáveis matérias com gráficos e entrevistas infindáveis para mostrar o quanto inseguro é o Olímpico e selvagem a torcida do Imortal. Penas mais do que rigorosas serão proferidas.
Neste contexto cabe e muito a preocupação da direção, da maioria dos torcedores e até dos jogadores. Nenhuma violência que não a da bola bem jogada, do chute certeiro no ângulo e, quem sabe, de um leve raspão na canela de um certo canalha, deverá ocorrer. Pelo bem do Grêmio.
Tu aí, e tu, e tu também, que irão ao estádio, cuidem do vizinho ao lado para que ele não faça besteira.

Mas que seria divertido ... Ah seria.
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Fala-se que a Brigada poderá impedir a entrada de faixas. Era só o que faltava. Quem sabe algum advogado gremista já entra com um habeas corpus coletivo preventivo em relação a isto. Afinal, proibir manifestações pacíficas e civilizadas não está previsto na constituição brasileira.