24 de abril de 2012

E os cavaleiros caíram do cavalo

Os cavaleiros do apocalipse perderam a montaria. Bradavam aos quatro ventos que a transição para a Arena, entre outros horrores, seria pecaminosa em termos financeiros.

Desenhavam quadros onde apenas meia dúzia de abastados comerciantes de Veneza, da Alexandria e da Fenícia teriam condições de assistir ao nosso glorioso tricolor em sua nova morada.

Checamos as informações que estão saindo na imprensa, separamos o joio do trigo e passamos aos nossos leitores algumas coisas que podem ser informadas: 1) a transição deverá ser tranquila; 2) os sócios terão os direitos respeitados; 3) os valores de mensalidades atuais serão mantidos, sendo apenas corrigidos por um índice de inflação; 4) não se pensa, pela complexidade do processo, em implantar controle biométrico no ingresso dos sócios.

O modelo de transição escolhido após inúmeras simulações ainda não está 100% fechado. Ele será apresentado ao Conselho Deliberativo do clube, podendo ser criticado e aperfeiçoado. A decisão final, contudo não será do CD. Caberá ao comando da Grêmio Empreendimentos propor a versão definitiva e ao Conselho de Administração do clube bater o martelo sobre a sua implementação.

Os ajustes finais e o início da chamada dos sócios, por ordem de tempo de associação, para escolherem a localização da cadeira no novo estádio, deve ocorrer no mês de maio. O mais antigo da família carregará outros membros do núcleo familiar no momento da opção, possibilitando que parentes fiquem em poltronas próximas. Também neste momento, familiares não sócios poderão associar-se ao Grêmio.

Certamente haverá grita de uns poucos que pensam só e sempre em tirar proveito pessoal do clube, obtendo vantagens com os mais variados, ainda que estapafúrdios, argumentos. Faz parte. Afinal, sanguessugas existem e tentam se alimentar onde podem. Mas serão minoria.

A caravana prepara-se para inciar a marcha, para nosso deleite e alegria e inveja desmesurada de associados de outra associação das redondezas.