21 de junho de 2012

Lembrar não é fazer

Palmeiras 1 x 1 Grêmio

Primeiro tempo

Não bastasse toda a dificuldade dos gols necessários para classificar, a chuva torrencial que caiu em Barueri deixou o gramado em condições precárias. Ruim para quem precisava jogar. Resultado do nosso meio campo, que é pouco criativo por definição, e das condições do gramado, muito pouco fizemos: um chute a gol de Marco Antonio e uma bola mascada de Kleber. Só. Victor, por sua vez, fez uma grande defesa com o pé.
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Segundo tempo

Começamos com Rondinelly substituindo Souza. E as alternativas seguiam escassas. O que faltava de chances, sobrava de água. Então, Fernando marcou, pegando rebote do goleiro. Eram 23 minutos do segundo tempo. Aos 27 escanteio para o Grêmio. Todo o time foi para a área. Edilson bateu rasteiro, o Palmeiras atacou rápido e empatou. Em lance que me pareceu na bola, Rondinelly foi expulso. Na confusão, Edilson revidou a agressão de Henrique. Ambos foram para o chuveiro. Depois disso, não houve mais jogo. A classificação foi desconstruída em 5 minutos e em Porto Alegre.
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Uma palavra sobre história

O time hoje mostrou vontade. Talvez como nunca tenha mostrado este ano. Os jogadores estavam mobilizados e com gana de buscar a vaga na final. Durante toda a semana, muito se falou sobre a "imortalidade" e os feitos heróicos do Grêmio. Buscava-se na história, argumentos para inflar a esperança na reversão da desvantagem. Há um fato, porém que sempre é esquecido nesses momentos de dificuldade extrema: lembrar a história não é escrevê-la. Não é a história que faz o time, são os times que fazem a história.
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Como jogaram

Victor: Uma defesa importante no primeiro tempo. Chamou Barcos de filho da puta no segundo tempo, fato inédito e avanço.
Edilson: A vantagem sobre Gabriel é o custo mensal.
Werley: Bem.
Gilberto Silva: Idem.
Pará: É uma das improvisações menos produtivas da história do futebol.
Fernando: Fez o gol, mas errou muitos passes.
Souza: Marcou. Tentou mas não conseguiu jogar.
Léo Gago: Pouco fez, apesar do esforço.
Marco Antonio: Um chute a gol e esforço na marcação.
Kleber: Voltando de lesão, pouco contribui ainda.
Marcelo Moreno: Apagado, talvez pela falta de luz no meio de campo.
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Rondinelly (Souza): Jogava melhor do que Souza. Expulso de forma injusta.
André Lima (Marco Antonio): Sem comentários.
Miralles (Marcelo Moreno): Não fosse um close da câmera, não teria sido notado.
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Luxemburgo: Carente de jogadores criativos no meio de campo, vai fazendo o que pode. Poderia ter desistido de improvisar Pará, colocando Léo Gago na esquerda.
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Arbitragem mineira de Ricardo Marques Ribeiro, com Marcio Eustáquio Santos e Guilherme Dias Camilo: antes de toda a confusão, garfou o nosso time mineiramente. Marcava tudo contra e, discretamente, quase nada a nosso favor. Amarelou quem não devia (Gilberto Silva) e não teve o mesmo critério para faltas iguais do outro lado. Errou ao expulsar Rondinelly.