24 de junho de 2012

Tão "inocentes" quanto "perseguidos"

Imaginem um público de jogos num ambiente assim.

Está circulando no twitter uma versão bastante plausível sobre a "briga" pela não interdição do Beira-Rio. Lembremos que o co-côlorado é o único clube a continuar utilizando o estádio durante as obras. Isso tem uma explicação bem lógica: o número de sócios que costumam ir a jogos. Imaginem: a direção do aterro decreta o fechamento por ato administrativo. Isso causaria um descontentamento muito grande dos associados. Muitos deixariam de contribuir, reduzindo drasticamente a arrecadação. Além do custo financeiro, o dirigente que fizesse isso carregaria o custo político da decisão, sendo atacados pelas outras correntes do clube. Espertamente, continuaram a utilizar estádio, tendo a completa noção de que isso não seria permitido pelo Ministério Público, pela real falta de segurança.

Assim, sabendo desde sempre que é absurda a pretensão de manter o estádio funcionando com obras de tal envergadura, tiraram a responsabilidade dos ombros e jogaram sobre o MP. De quebra, posam de perseguidos por "gremistas" e conseguem a solidariedade dos sócios que, sem sua maioria, vão seguir contribuindo.