5 de setembro de 2012

Com as calças na mão

Torcida chegando para o jogo (Foto de Arigatô)

Grêmio 2 x 1 Atlético Go.

Primeiro tempo: 2 x 1


Avassalador! Este o melhor adjetivo para os primeiros 25 minutos do Grêmio. Poderia ser espetacular, sensacional. Mas avassalador é o que dá a melhor ideia e melhor define o que se viu.
Bola de pé em pé. Velocidade. Noventa por cento de passes certos e dois gols. Gols? Golaços. O primeiro de falta batida com a mão. O bom goleiro do Atlético nem esboçou reação. O segundo um primor de velocidade, passes de primeira e assistência macia do Zé Roberto para o chute final para o gol vazio. Os dois do Elano.
Teve mais bola no travessão, chutes raspando. Show de bola.
Mas de novo no caminho havia um juiz. Havia um juiz no caminho. Gilberto Silva tirou uma bola limpíssima na entrada da área. Nem precisou de replay para ver. Falta batida, Grohe fez grande defesa mas 4 zagueiros do Grêmio se atrapalharam para rebater e o gol do Atlético.
Talvez pelo gol, talvez porque seria impossível manter aquele ritmo alucinante, o Grêmio deu uma parada e pouca coisa mais de positiva aconteceu. Uma ou outra chance não tão limpa e a sorte no finzinho do primeiro tempo. Quase gol de empate.

Segundo tempo: 0 x 0
Preocupante! Esta a definição para os primeiros 10 minutos do segundo tempo. O Atlético gostando do jogo e o Grêmio sem criar nada. Grohe trabalhando e o goleiro adversário olhando o jogo. Aos 10 minutos a primeira boa estocada do Grêmio e quase gol.
Nesta altura o Atlético Mineiro já tinha empatado e a vitória nos deixaria a 1 ponto do líder.
Aos 16 minutos Pará fez, enfim, uma boa jogada e Leandro perdeu na cara do gol.
E o Atlético gostando do jogo.
Aos 24 minutos Zé Roberto teve o terceiro gol nos pés. Mas quis dar uma encobridinha no goleiro. Bateu displicente e errou.
E o Atlético gostando do jogo.
Aos 27 minutos Grohe fez grande defesa e, para desgosto da torcida Marco Antonio se preparou para entrar. Aos 28 minutos Grohe fez um milagre.
O twitter fervia de gremistas borrados com o jogo. As modificações do Pofexô não deram em nada.
Zé Roberto testava a paciência da torcida tentando toquinho de calcanhar na área do Atlético. Aos 44 minutos Werley perdeu um gol debaixo do gol e sem goleiro. Conseguiu cabecear por cima. E foi isto.

Um público espetacular, 45 mil torcedores, maior de todo o campeonato, viu 25 minutos de sonhos e 45 quase de pesadelo. Não pode um time oscilar tanto no mesmo jogo. Evitar isto é um trabalho para o Pofexô. 
Mas no final de tudo, o que valeu foram os três pontos e o caminho para o topo.

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Os números do Olímpico

Público pagante: 21.765 pessoas
Público total: 46.309 pessoas
Renda: R$ 559.923,00
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Como jogaram

Marcelo Grohe: Uma grande defesa mas deu azar no rebote. Duas defesas espetaculares no segundo tempo. Garantiu a vitória. Por isto, o melhor.
Pará: Um dos mais discretos. Não criou nada na frente.
Gilberto Silva: Não espantou no gol do Atlético. Teve trabalho com quem entrava pelo meio.
Werley: Não repetiu atuações anteriores.
Pico: Como Pará, nada fez do meio para a frente.
Fernando: Bem no desarme. Mal na armação.
Souza: Não apareceu no jogo.
Elano: Dois golaços que garantiram a vitória. Junto com Grohe o melhor do time.
Zé Roberto: Alternou grandes jogadas com lances ridículos.
Leandro: Um grande começo de jogo e depois sumiu. Mais do que o resto do time.
André Lima: Muita luta. Pouca efetividade.
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Marco Antonio (Elano): Ridículo.
Rondinelly (Leandro): Entrou com vontade. Alguns bons lances isolados.

Pofexô: Montou um time espetacular para o começo do jogo. Depois não soube reverter os problemas criados pelo Atlético.
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Juiz: Juiz catarina ou goiano sempre é um perigo para o Grêmio. Este, além de catarina é um ilustre desconhecido. E deu uma falta inexistente que resultou no gol do Atlético. Gol que mudou a cara do jogo.