29 de dezembro de 2012

Daniel Matador: Balas que não erram

Caros
Por obrigação profissional, acabei tendo um pequeno recesso. Sim, ao contrário de felizardos como o Seu Algoz (que tirou alguns dias de férias) e o Hernandéz (que aparenta estar sempre em férias permanentes), meu recesso na realidade deu-se por excesso de trabalho. Estou trabalhando mais que empacotador de mercado em véspera de Natal. Mas nada que não se resolva. Tanto é que estou cá novamente para tecer estas humildes linhas.

Ainda bem que o Seu Algoz não compareceu aos eventos que eu agendei para o período de férias dele. Tive que fazer uma doação dos 18 barris de chope que havia encomendado (pra não ficar choco), pendurei a conta no estabelecimento das tias que havia reservado para levá-lo (as meninas alegaram que ficaram “à disposição”) e ainda fui obrigado a estocar os 40 quilos de picanha, filé e maminha que tinha comprado para a semana.

A propósito, vejo-me na obrigação de apoiar nossa colega Pitica. Tá certo que mulher não entende nada de futebol e só dá opinião furada, mas a Pitica se esforça (ehehehehe, brincadeirinha, Pitica). Como bem citou o Arigatô, a presença da Pitica só fez aumentar a já fabulosa audiência do blog.

A propósito: continuo na expectativa a respeito das já lendárias camisas da Topper. Vai que sobra uma tamanho GG (é que eu tenho ossos grandes)...
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Tá, mas e o título do post? Ah, o título do post. Alguém já ouviu falar em Audie Murphy? Pois este indivíduo foi ninguém mais, ninguém menos, do que o soldado norte-americano mais condecorado da Segunda Guerra Mundial. Depois da guerra, quando retornou aos EUA, foi procurado pelo consagrado ator James Cagney, o qual mostrou-lhe os atalhos em Hollywood. Fez vários filmes de faroeste tipo “B”, sendo que um deles é talvez o melhor filme de sua carreira. Balas que não erram conta a história de um famoso matador de aluguel que chega a uma cidade do velho oeste e é reconhecido como tal pelas pessoas. Ele praticamente não fala nada e dirige sua palavra a poucos. Ainda assim, o boato de sua chegada se espalha rapidamente e a cidade toda entra em polvorosa, pois ninguém sabe quem é o alvo do pistoleiro. Cada cidadão possui uma mancha em seu passado, a qual pode deixar qualquer um em sua mira. O frenesi é tanto que um banqueiro acaba suicidando-se, pois acredita ser ele a futura vítima. A histeria toma conta de todos, que chegam a pensar em uma maneira de expulsar o matador da cidade, sem sucesso. Quem ainda não viu merece tomar uma tunda de laço. É um faroeste psicológico, filme pra cuiudo. Portanto, assistam logo.

E o que isso tem a ver com o Grêmio? Como nosso leitor e torcedor Toribio comentou no post da Pitica há alguns dias atrás, os imparSCIais e afins estão “parecendo o Zôo de Sapucaia quando chega um casal novo de macaco prego ou a babuína dá cria”. E o pior é que tá igualzinho. Todo mundo sabe da fama que o tiozinho que assumiu o Tricolor possui. Assim como o pistoleiro, ele não costuma se abrir muito com ninguém. Então a cidade toda entra em pânico: é contratação que está desembarcando amanhã, é o clube que não contrata ninguém, o acerto com jogador fulano está praticamente certo, melou a negociação com o jogador sicrano, todo o time vai embora e não vai dar nem pra fazer três-dentro-três-fora na pré-temporada. Daqui a pouco é capaz até de ter uns manés aí se suicidando.

Até parece que eu já não vi esse filme antes. E o final é conhecido. Muita gente também já assistiu e o roteiro era o mesmo. Enquanto a galera entra em estado de histeria coletiva, o cara que sabe como fazer seu trabalho age da forma que deve ser. Vai dar certo? Tem tudo para dar. É garantia de sucesso? Óbvio que não. Mas é assim que se trabalha. Ninguém até o momento fez nenhuma contratação bombástica, mesmo tendo competições tão importantes quanto as que o Tricolor irá disputar. Ainda assim, parece que só vale tocar o pavor quando o clube que está na pauta é o Imortal.

Mas não tem problema. Este pessoalzinho pode se rasgar de desespero. Podem até se matar somente pela presença do tiozinho, o que por si só já toca o terror nos corações róseos. No final, veremos quem irá ganhar a parada. Via de regra, o tiozinho dispara balas que não erram.

Saudações Imortais
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Adendo do seu Algoz

Troquei uns desaforos com o tal de Tulio Milman no twitter. O elemento disse que nem tinha lido o post do Daniel e de quebra eu passei a ser mentiroso.  Na ZH dominical de amanhã ele publica cartas de leitores o elogiando pelo texto. Este aí, se não passar muito óleo de peroba na cara vai acabar dizimado pelos cupins.
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E para acalmar os mais nervosos, vai um presente simbolizando o que nos espera em 2013.
Ah yes! O xerifão está chegando.