31 de janeiro de 2013

A guerra dos meninos

Primeiro tempo: 0 x 0

Havia uma dificuldade enorme neste jogo. A de fazer um ou dois gols sem levar nenhum. E por conta desta dificuldade, não houve gremista que não tivesse ficado apreensivo quando deu a escalação  de uma defesa com idade media de 21 anos. Isto contando com Pará, que aumenta a idade mas diminui a qualidade da defesa. E lá estavam Bressan, Saimon e Alex Telles.
É certo que na frente deles Fernando e Souza mostraram, mais uma vez, que formam a melhor dupla de volantes de contenção do Brasil, quem sabe do mundo, mas os meninos tinham de mostrar que tinham culhões. E mostraram. A vitória começou por aí.
No meio Zé Roberto e Elano não conseguiam criar. E na frente Moreno não ganhou uma jogada e Vargas se mexia solitário.
Duas chances apenas razoáveis de gol foi o resultado do panorama. E meio tempo se escoou com a torcida apreensiva.

Segundo tempo: 1 x 0

O Pofexö, talvez já em desespero, iniciou o segundo tempo com dois centro-avantes aipim nos lugares de Moreno e de Fernando. E o time foi para um 4-3-3 que há muito tempo não se via. E havia menos tempo para fazer gol e menos ainda para recuperação se tomasse um. E os meninos garantiam a segunda parte atrás enquanto os barbados da frente não criavam nada. Até que Elano achou uma bola mágica, já candidata a gol do ano.
E o professor ousou um pouco mais. Tirou Elano para colocar Jean Deretti. Um guri de 18, 19 anos que até ontem sonhava em ser titular do Figueirense na série B. E o menino mostrou ser mais um desassombrado. Foi para cima, driblou, sofreu bordoadas, tentou de novo, levou mais bordoadas e mostrou que tem um imenso futuro. 

Penaltis: 5 x 4

Nos pênaltis, por razões diversas, alguns dos mais experientes do elenco não bateram. Mas Alex Telles, Bressan e William José bateram. Com destemor e pontaria.
E despontou Marcelo Grohe pegando o pênalti derradeiro. O da vitória. Marcelo Grohe, aquele que sofre uma campanha desumana, estúpida e covarde de um panaca que se intitula gênio e gremista. Mas que reage a infâmia com dignidade e futebol.

Grand finalle:

Por razões que não as dos secadores e i$ento$, o ano acabaria ontem para o Imortal se não passasse a LDU. Acabaria porque para gremista a Libertadores é a vida. E, para desespero destes otários, a vida segue.
Enquanto isto, o grande timoneiro já rateou na saída do porto. Este ano promete.
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Marcelo Grohe: Pouco exigido. Foi fundamental na hora necessária. O melhor por isto.
Pará: Bem atrás. Ridículo na frente. Resume tudo a balões para a área. 
Saimon: Excelente no jogo. Bateu mal o penalti.
Bressan: Acho que está pintando um Baideck II.
Alex Telles: Muito firme atrás. Discreto na frente, talvez porque tivesse ordem para cuidar mais a defesa.
Fernando: Excelente no desarme.
Souza: Um dos melhores. Acabou o jogo com cãibras.
Elano: O gol foi espetacular. No restante nem tanto. Mas lutou.
Zé Roberto: Muita luta. Pouca produção.
Vargas: Melhor no inicio. Desaparecido no segundo tempo.
Marcelo Moreno: O pior do time.
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André Lima(Moreno): O de sempre. Lutou. Agitou a torcida. Quase fez um.
William José(Fernando): Me pareceu meio molóide.
Jean Deretti(Elano): Este vai longe.

Pofexô: Seus times parece que não tem muito talento para o ataque. As jogadas são previsíveis. Mas passou este mata-mata.
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Árbitro: Saul Laverni (Argentina) - De manhã Carlos Simon elogiou o elemento. De noite, se entendeu porque.