11 de janeiro de 2013

Futebol e pós-graduação


O Arigatô, para o qual já sugeri pelo menos um post institucional por semana com assuntos que não o comprometam como membro do CA, fez um comentário no post anterior que me leva a fazer este post.
Disse assim o Arigatô ó:
A opinião que alguém tenha pode tornar-se um problema quando deixa de ser opinião e transforma-se em tese. No futebol, neste ponto, o alguém está a um passo de deixar de torcer para o time e se tornar, exclusivamente, torcedor da tese que criou.
Fico orgulhoso com uma frase destas, pois é sinal que fui um bom professor. Faltou o Arigatô ser um pouco mais explicito apenas. Uma tese só se torna uma tese boa quando aparece no final de um trabalho exaustivo e criterioso de investigação. Um sujeito que inicia um trabalho de pesquisa querendo provar algo está no caminho certo para manipular ensaios, bater nos resultados e publicar uma farsa.
Alguém que faz uma tese deve estar com a mente aberta e o coração livre para seguir o caminho correto. Deve planejar muito bem o método que usará, não induzir resultados e acreditar se estes o levarem para o caminho oposto do que esperava. Claro que sem deixar de checar pelas possibilidades de erro.
Os comentários do blog mostram, além de histeria de muitos, vários torcedores mais empenhados em defender tese do que em torcer para o Imortal. E, pior, defender teses partindo de premissas duvidosas e sem aparentemente, preocupação em validá-las corretamente.
Dida, por exemplo: eu não sei se escrevi no blog que era contra a vinda dele. Com certeza tuitei isto. Mas ele veio. Se veio, por óbvio não seria para conhecer Porto Alegre e a Arena mas sim para jogar se necessário ou se escolhido pelo treinador. Foi. Aí a diferença entre o torcedor e o defensor de teses medíocres. Eu, torcedor, quero que ele me cale a boca e seja o melhor goleiro do universo. O defensor de teses propõe a vaia até se ele estiver caminhando no shopping e, certamente, espera que frangueie para que possa mostrar sua razão.
Outro defensor de tese alia-se aos i$ento$ barato$ propondo que Grohe pegue o boné e se mande do Grêmio. Por que?
Pofexô é outro caso, ainda mais complicado. Critica-se o Presidente Koff por tê-lo mantido. Muitos que fazem isto devem ter gritado FI-CA PO-FE-XÔÔÔÔ! naquele jogo em que a torcida mandou um recado direto ao presidente de que sua vida ficaria um inferno se não renovasse com o homem. De novo, eu fui contra a vinda dele, me empolguei com sua "atuação" nas entrevistas e penso que ele fez um bom trabalho. Não gostei de vê-lo perder todas as decisões que participou. Gostei menos ainda das exigências que ele fez para ficar montado em cima de um coro de 50 mil torcedores. Mas ele ficou. Que seja multi campeão de tudo é o que desejo.
Rui Costa é outro tema de tese. Nesta querem colar o rótulo de amador na sua testa. Tudo porque não consegue trazer o Vargas e outros caras que estão sendo disputados a tapa com times que, vejam só, tem apenas 40 milhões em caixa. Quem lê os comentários e não olha para fora, vai ter certeza que o Grêmio é o único time que não contrata ninguém. Já quem esquece o umbigo e dá uma investigadinha verá que é o contrário. O Grêmio é um dos que mais contratou. Não veio o Messi, nem o Cristiano Ronaldo muito menos o Caio ou o Vitor Junior é verdade. Mas estes, especialmente os dois últimos, são para times que estão em outro patamar.
Então tu aí, para e pensa se teu negócio é torcer pelo Grêmio ou defender uma tese a qualquer preço. Se for a segunda hipótese, eu e os leitores do blog muito gostaríamos que fosse defendê-las em outros fóruns de discussão.
_____

Quanto ao post semanal do Arigatô, ainda aguardo resposta. O que vocês acham da minha ideia?