28 de fevereiro de 2013

O nosso leitor Marcio da Costa Soares, desenvolveu uma tese  bastante interessante. Gostei muito e penso que explica em grande parte o momento que vivemos no inssosso Campeonato Gaúcho. Márcio é funcionário de T.I  em uma grande intituição financeira e está prestes a se formar em Ciências Socias na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Apreciem o raciocínio inteligente de Márcio no texto abaixo.
Boa leitura!
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O Espelho e o inimigo oculto


E o gauchão, hein? Ahh,  o gauchão... Estão querendo nos convencer de que este, outrora “charmoso” campeonato reginal (como diz o Paulo caBrito), é de extrema importância para a vida tricolor neste começo de 2013. Na verdade, a participação com força máxima do tricolor neste ruralito é de extrema importância não para o Grêmio, e sim para os róseos. Mas espera aí...! Como assim? Onde o Grêmio entra na vida enfadonha dos mazembados? Qual a nossa importância para a campanha rósea? Toda importância! O que seria de Davi sem Golias e vice-versa ( parafraseando meu grande e etílico ídolo Jardel )?
Na vida, os parâmetros pelos quais desejamos nos espelhar, buscamos nos que nos são diferentes, não nos iguais. Eis aí a questão!


"Espelho, espelho meu, nunca me senti tão forte."

É sabido em sociologia e nas ciências que estudam o comportamento individual e coletivo nas sociedades, que uma forma realmente eficaz de gerar coesão em um grupo social específico, é a criação de um inimigo externo, real ou imaginario.  Este "inimigo" gera o sentimento de igualdade e solidariedade nos indivíduos que se sentem ameaçados ou desafiados. No momento, os mazembados encontram-se "dispersos", pois não há compeonato grande que os mobilize e não há a crença - por mais que não admitam - de grande campanha no brasileirão 2013. Então, como mobilizá-los? Entra aí o inimigo externo ou seja: o Grêmio, inimigo real que  montou um belo time para disputar a Libertadores. E igualmente imaginário, pois foi alçado pela impren$a nojenta como o melhor time da Libertadores, quando, na verdade, temos um grande elenco mas ainda sem entrosamento. Este fato cria no universo mazembado a idéia de que no Gauchão, o time a ser batido pelo timinho é o "todo poderoso Grêmio" . Na cabeça deles, a fantasia é de que estão sendo desafiados pelo Grêmio, pela audácia tricolor de montar um time superior ao "queeee grupo". Seguindo este raciocínio, concordo em ir com reservas contra eles, pois tiramos sua capacidade de mobilização. Agindo assim, não aceitamos ser o "inimigo externo" a ser batido, não aceitamos ser o "desafio" mazembado. A gangorra está virando e não podemos servir de parâmetro para a mobilização cholorada. DESPREZO pelo coco-irmão no momento é a melhor estratégia e  não podemos balizar por baixo e sim ao contrário. Vemos então que não é o momento de enfrentamento. Eles estão sem parâmetros, estão perdidos em uma sala de espelhos. E neles, não enxergam absolutamente nada!
Abraços a todos e DÁ-LHE GRÊMIO!!!