7 de março de 2013

Daniel Matador: Uma Nova Esperança

Caros

O ano de 1977 pode ser considerado como um dos mais emblemáticos da história. Neste ano o Grêmio sagrou-se Campeão Gaúcho depois de muito tempo aturando os róseos, com um gol histórico de André Catimba. Também neste ano Pelé marcou seu último gol como profissional, atuando pelo Cosmos na vitória contra seu ex-clube, o Santos. A aposentadoria de Pelé representou, na realidade, uma mera passagem de bastão, visto que em 1977 nascia seu sucessor, que atende atualmente pela alcunha de Daniel Matador.

Mas não apenas isso. Em 1977 também foi lançado aquele que seria um divisor de águas no cinema moderno, fruto de um conjunto de ideias prodigiosas de um cidadão com nome de ex-lateral do Grêmio, chamado George Lucas. Star Wars – Uma Nova Esperança revolucionou o cinema por conta da utilização de efeitos especiais avançados para a época, mas principalmente por contar uma história atemporal e que se mantém até hoje. Seu universo é tão vasto que gerou uma infinidade de histórias paralelas contadas em desenhos televisivos, séries animadas, histórias em quadrinhos, livros, videogames e várias outras plataformas. Para quem não é deste planeta, o filme passa-se em uma galáxia muito, muito distante, onde um império maligno detém a hegemonia dos sistemas estelares, governando-os de forma ditatorial. Entretanto, nem sempre foi assim. Décadas atrás a galáxia era governada por uma República, sendo que havia uma ordem de guardiões que mantinham a paz e a ordem no universo: os nobres Cavaleiros Jedi, os quais dominavam o lado luminoso da Força, a energia que conecta todas as coisas vivas, unindo o universo. Por conta de artimanhas e manipulações perpetuadas pelos Sith, seres que utilizavam o lado negro da Força, os Jedi foram quase dizimados e iniciou-se a chamada Era das Trevas. O filme de 1977 mostra o reagrupamento dos remanescentes que não toleram a supremacia opressora dos Sith e formam a Aliança Rebelde, a qual irá lutar para libertar a galáxia dos usurpadores. Luke Skywalker, o protagonista da película, é treinado pelo Mestre Yoda, um velho Jedi que estava recluso há muito tempo e havia comandado a Ordem antes da Era das Trevas, para que possa derrotar Darth Vader e o Imperador Palpatine, os vilões da história.

Tá, mas e o que isso tem a ver com o Grêmio, Mestre Yoda? Claro como um sabre de luz isto é, caro Padawan. Temos assistido nos últimos anos a um jejum de grandes títulos na galeria do imortal. Também temos visto algo quase impensável há alguns anos atrás, que é a conquista de taças por parte de seres que não utilizam o lado luminoso da força (parece que usam o lado rosa da Força). Estes indivíduos também valeram-se (e valem-se até hoje) de expedientes pouco nobres para atingir seu intento. Temos vivido uma época onde aqueles que sempre mantiveram a supremacia no futebol encontravam-se reclusos, e os que desde outrora viveram à sua sombra surpreendentemente ascenderam de forma maquiavélica. Temos testemunhado uma era das trevas.

Os jovens Padawans de hoje não conheceram o glorioso passado. Perguntem para os antigos Jedi tricolores como era a galáxia antigamente. Por gerações os cavaleiros gremistas foram os mestres do futebol na Antiga República. Antes da era das trevas, antes do império róseo. Mas um velho mestre que estava recluso retornou do exílio para mostrar como o mundo será novamente libertado. Montou um grupo de guerreiros que está sendo treinado para devolver a hegemonia do futebol a quem é de direito, destituindo os intrusos. Sob olhares de desconfiança de muitos, receosos por já haverem habituado-se às trevas, a reconstrução iniciou. E os jogos contra Fluminense e Caracas mostraram que uma nova esperança surgiu. Temos, depois de muito tempo, condições de retornar ao lugar de onde nunca deveríamos ter saído. O caminho é árduo, mas a recompensa será grande. O pavilhão tricolor voltará a ser hasteado no lugar mais alto.

Que a força esteja com a Nação Tricolor.

Saudações Imortais