21 de março de 2013

Um Barcos para atravessar o dilúvio

Pelotas 1 x 3 Grêmio

Pré-jogo


A agenda positiva para o lado de lá há muito tempo não era tão forte e evidente. Até reportagens sobre as maravilhas da grama foram postadas. As penas do galinhão, vejam só, serão autolimpantes e coletarão água da chuva. Gigio Unhas de Cristal está olhando todos os erros de todos os estádios em construção no mundo para não errar nada no remendão. Tudo abotoadinho, bonitinho e dentro do vidrinho, como dizia Lauro Quadros. Que aliás, pediu e ganhou mais uns meses na empresa aquela.

O que o churrasco de segunda-feira não conseguiu prever ou medir, foi a qualidade do Presidente Koff e sua equipe. Eles não contavam com o furacão Hein da terça-feira. Não imaginavam que poderia haver forças tão destruidoras no lado que preparavam para desmontar e destruir peça por peça.
E deram com burros n´água.
Arena apresenta proposta e Bombeiros devem liberar setor geral sem cadeiras
 Foram obrigados, sob pena de protagonizar mais um fiasco, a publicar a manchete que este blog deu ontem. Não que eu seja pitoniso. Mas, modéstia à parte, aprendi a entender a alma humana e, a partir dai, saber quais os desdobramentos que os negócios possam vir a ter.
Então é isto. Não haverá avalanche. Mas o espaço para torcer em pé, cantando, gritando e assustando os fracos de espírito e de ideia está garantido. Agora é só jogo de cena para tentar preservar o pouco de dignidade que pensam ainda existir.
Bando de lacaios. 



Primeiro tempo: 0 x 2
Jogo no interior é geralmente uma várzea. Campo pequeno, gramado ruim, torcida no cangote. O Grêmio começou ignorando tudo isto. Adiantou a marcação e controlou o início do jogo. Não criou nada até os 6 minutos quando Barcos recebeu no meio, olhou, mirou e deu uma tacada de snooker no cantinho. 1 x 0. Será que a Gabrielli estava dormindo?
Welliton, que foi surpreendentemente escalado desde o início se movimentava bem. A primeira vez depois que chegou.
Depois dos 10 minutos o Pelotas começou a se ajeitar e aos 20 minutos bateu uma falta no travessão que não entrou por sorte do Dida. Que aliás, até este momento tinha saído do gol em uma bola cruzada. A primeira vez desde que chegou.
Aos 25 minutos começou um salseiro na torcida do Pelotas. Certo que os i$ento$ barato$ dirão que eram gremistas infiltrados. E os bombeiros mandarão instalar cadeiras para acabar com as brigas.
Como no jogo contra o Caracas, o Grêmio fez o gol e resolveu sestear. Lá pelos 30 minutos resolveu acordar. Souza deu um passe milimétrico para Welliton que mandou para o fundo do gol e se jogou no gramado como que desabafando.
Um minuto depois o Pelotas perdeu um gol feito.
Aos 38 minutos, Marco Antonio, que até jogava razoavelmente bem, fez uma jogada bisonha e perdeu a chance de fazer o terceiro.
E o primeiro tempo foi isto. A individualidade do Grêmio garantiu uma vitória folgada no placar. embora tenha gente que ache que 2 x 0 é pior do que 1 x 0.

Segundo tempo: 1 x 1
Elano entrou no lugar de Zé Roberto mas nada acrescentou. O jogo começou com o Pelotas em cima e dando trabalho para a zaga. Cris tirou umas bolas boas e Dida até rebateu umas cruzadas.
Aos 12 minutos Barcos deu um passe excepcional para Welliton que desviou do goleiro e do poste também.    A tv mostra que ele sofreu pênalti. Claro que o juiz não deu. Vocês queriam o que? Que a história fosse mudada por milagre?
Quem não faz leva e aos 13 minutos o Pelotas descontou. Claro que Dida não saiu do gol.
Aos 20 minutos a zaga mosqueou e quase que o Pelotas empatou.
O jogo estava encardido quando Barcos deu mais uma assistência espetacular. Elano driblou o goleiro e só não entrou com bola e tudo porque teve humildade. Eram 24 minutos.
Logo depois teve um lance pastelão na área do Grêmio com direito a bola na trave e bolada de um zagueiro na cabeça de outro.
Bertoglio e Kleber já haviam entrado e mexiam-se bem no ataque. Kleber um tanto gordo ainda. Começaram a infernizar a zaga e quase marcaram o quarto gol aos 36 e aos 38 minutos.
......
Estes jogos do ruralito são covardia. O Grêmio, com os titulares ganha como e quando quer. Isto inclui o timinho do aterro como adversário.
Ainda não é uma sinfonia, mas as individualidades tratam de resolver os jogos que parecem mais encardidos. Temos time e banco.
Mais duas vitórias em casa e os juniores podem voltar para os jogos finais do returno.
De negativo no dia a entrevista do Obinodone. Alguém mais chegado a este senhor deveria ensiná-lo que para certas bocas o silêncio é ouro.
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Como jogaram
Dida: Teve dois lances de sorte no primeiro tempo. Mais dois no segundo. Pelo menos isto. Não saiu no gol do Pelotas.
Pará: Muito bem defensivamente. Razoável no apoio.
Cris:
Não comprometeu. O que já é bastante. Participou de cena pastelão.
Werley: Não apareceu no primeiro tempo. Algumas falhas no segundo tempo.
Guilherme Biteco: Tem muita técnica. Bela participação.
Adriano: Sem brilhaturas mas muito bem na proteção.
Souza: Grande atuação. O melhor em campo, já que escolher o Barcos se tornaria rotineiro, previsível e sem graça.
Marco Antonio: É um belo cidadão.
Zé Roberto: Tem futuro o guri.
Welliton: Desencantou. Não fez outro porque sofreu pênalti não marcado.
Barcos: Um gol com precisão cirúrgica. Passes espetaculares em abundância. A maior contratação do Grêmio desde Jardel.

Elano (Zé Roberto): Muito discreto. Mas fez um gol de muita categoria.
Kleber (Welliton): Boa participação. Se candidata a jogar contra o Fluminense.
Bertoglio (Marco Antônio): Muito bem. Tem de contratar. Que arrumem dinheiro.

Pofexô: Pensou bem o jogo, mas por alguma razão não consegue fazer o time manter o ritmo depois de marcar um gol.

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Arbitragem: Não deu um pênalti em Welliton. Normal. No resto não atrapalhou. Anormal.
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Entrevista do Pofexô:

http://videos.clicrbs.com.br/rs/gaucha/audio/radio-gaucha/2013/03/coletiva-vanderlei-luxemburgo-21-03-2013/15930