28 de abril de 2013

Fica Pofexô!

Quando as coisas começam errado, acabam errado. As 14:00 de ontem estourou um transformador aqui perto e se foi a luz. As 16 horas voltou, mas deixou a Net presa em algum poste. Duas horas e meia pendurado no telefone não foi suficiente para os competentes técnicos da Net resolverem o problema. Para complicar a internet estava tão lenta que levava minutos para carregar qualquer página. Restou ligar para a Pitica terminar o post que eu estava preparando.
Não vi o jogo. Ouvi precariamente. E li os comentários no twitter. Alguns gostaram do time e viram avanços. Outros maldiziam a oitava geração do Pofexô e da diretoria.
Pois vou dizer o que eu acho agora.

A derrota

Eu, evidentemente, não gosto de perder. Mas, se lamentei perder ontem, foi apenas porque não gosto de perder. Na verdade, por mim, este campeonato vagabundo só seria jogado com um time D. Isto se não fosse possível legalmente simplesmente abandoná-lo. Quem é da década de 70, deve lembrar que um cocolorado chamado Nestor Ludwig era o cara que mandava e desmandava na arbitragem. Tinha até um trio de morangos que apitavam praticamente todos os jogos do Grêmio: Agomar, Barreto e Cavalheiro. Roubo total e sempre. Depois entrou o Perondi na FGF, morango. Agora é este Novelhaco. Dá no que se está vendo domingo sim e outro também. O mesmo juiz que tira um arruaceiro do meio de uma confusão para não ter de expulsá-lo, anula dois gols legítimos do Grêmio. O bandeira, foi informado no twitter, seria sócio do timinho. Então, meus caros, tem gente dando muita importância ao que não merece sequer uma olhada de longe.
Se lamentei a derrota porque não gosto de perder nunca, devo confessar que meu subconsciente torcia por uma desclassificação. Não me agradava pensar em jogos decisivos nas quartas e domingos. Temia que a busca do título gaúcho tirasse o foco da Libertadores e acabássemos sem nenhum deles. Ou alguém aí tem dúvida que este Novelhacão está prometido e comprometido para os morangos?

A asneira

Existem algumas expressões que são ditas por algum iluminado e acabam sendo repetidas bovinamente por muita gente que não tem capacidade de pensar, e, mesmo, por algumas que tem bom cérebro mas devem ser preguiçosas para usá-lo.
No futebol, uma destas frase é aquela que diz que "time bom passa por cima da arbitragem".
Se isto um dia foi verdade foi há muito tempo e em ocasiões mais do que especiais. Evidentemente que hoje o futebol está niveladíssimo. A goleada, qualquer goleada, é fruto do acaso e não a rotina do clube grande contra outro pequeno.
Peguem a primeira fase da Copa do Brasil. Teve timaço que jogou contra um time do Acre e só fez dois de diferença com as calças na mão. Dos 40 jogos, apenas 3 ou 4 foram decididos sem jogo de volta.
Então, meus caros, um time que tem dois gols subtraídos num jogo fora de casa vai passar por cima disto como? Poderia? Poderia, tanto que o Grêmio quase passou. Mas daí a dizer e vociferar que seria uma obrigação driblar juiz e bandeiras ladrões vai uma distância muito grande.
Se é para usar frases medíocres então prefiro aquela que diz que "hoje em dia não tem mais bobo no futebol."


O futuro 

Não gritei "Fica Pofexô", embora reconhecesse o bom trabalho que fez o ano passado. Achava, no entanto, que diante do quadro que se desenhava o melhor era que ele ficasse. E não era só porque se ele não ficasse a relação da nova diretoria com a torcida iniciaria com um conflito muito grande que poderia complicar todo o trabalho que iniciava. Também não era porque se ele não ficasse certamente acabaria no aterro, o que complicaria ainda mais.
Continuo achando que ele deve ficar. E explico porque.
Ontem um corneteiro tuitou que ele deveria ser demitido.
Repliquei: está certo sabidão, vamos de Roth, Lisca ou Julinho?
A resposta foi patética: "Mano, Muricy que tá caindo pelas tabelas no Santos, até o Renato."
Perceberam a encrenca? Querem tirar o Pofexô porque o time não embala e propõem um treinador demitido da seleção por falta de resultados, um outro que está muito mal no time atual e "até" o Renato. Ou seja, sobrou o pensamento mágico.
Evidente que se esperava mais deste time. O investimento foi grande. Mas é evidente também que a carência de treinadores no mercado é brutal. Por esta razão, entre fazer embarcar uma aposta no trem andando e prestigiar alguém que já está dentro e que tem história, me parece mais segura a segunda hipótese. A história tem mostrado que a troca de treinador a toda hora não leva a lugar nenhum.


A falta de compostura

Este blog está fazendo 8 anos de vida em Agosto. Começou quando o Grêmio estava quebrado e comendo o pão que o diabo amassou na segunda divisão.
No começo festejávamos se houvesse 20 acessos num dia e algum post com comentário. Hoje recebemos seguidamente propostas de empresas interessadas em anunciar no blog.
Em função do que nos fez abri-lo (amor ao Imortal) e em respeito aos leitores nunca aceitamos nem conversar sobre o assunto. Afinal, amor e dinheiro juntos geralmente tem o nome de prostituição.
Os leitores mais antigos sabem que liberamos todo o comentário com crítica a quem quer que seja, incluindo os blogueiros, mesmo que não concordemos com eles ou nos sintamos ofendidos às vezes.
Mas isto tem limites. Aquele que é incapaz de assimilar uma derrota no ruralito, seja porque está mal de dinheiro, de saúde ou de amor (de outro ou próprio) que vá descarregar sua ira em quem causou o problema e não aqui no blog.
É triste ver até onde pode descer alguém sem equilíbrio emocional. Eu não gosto de sentir pena de alguém. Acho que alguém que nos faz sentir pena chegou ao fundo do poço. Então, até para evitar o constrangimento por um momento de desequilíbrio do coitado, estou deletando comentários que fogem da mínima condição de civilidade.