3 de julho de 2013

Minuzzi: Para cada dor um remédio

Pedi a cada colaborador do blog um post sobre o momento do Grêmio.
Chegou a vez do Minuzzi.
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Eu já tive vários técnicos. Muitos bons, muitos ruins, mas cada um da sua maneira. Uns estrategistas, uns psicólogos, uns motivadores, uns paizões, uns chefões, uns babacas...

O importante é saber que eu fui vice-campeão e oitavo lugar com o mesmo técnico, no mesmo clube mas em presidências e momentos diferentes. Em um ano ele foi o salvador. Anos depois foi mandado embora. O perfil implantado pela direção nova não era compatível com esse meu técnico, que era carioca, amigão, era de passar confiança e liberdade e não era de esbravejar (para fúria do meu pai que mandava ele gritar conosco!), mas um cara alto astral.
O mesmo alto astral que foi super elogiado quando foi vice campeão com um time jovem, foi condenado quando estava com um time excelente e de selecionáveis. Contestado inclusive por jogadores, que gostavam do estilo acelerado do Bernardinho.
O mais importante, é entender o que os jogadores precisam. Qual o perfil desse time? E depois disso encontrar um técnico. Ou o mais certo, o técnico escolher jogadores que são do seu perfil. Mas isto no futebol é impossível.
Para um time bagunçado, destreinado: Celso Roth. Até organizar. Depois exige algo que ele não pode dar. Para um clube desorganizado, sem direção convicta no caminho a seguir, sem dinheiro para contratar: Pofexô ( tecnico, gestor e empresário).
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Mas e a situação do Grêmio? Time bom, tinha um técnico estrategista, direção sabendo o que faz. O que trazer pro dia a dia desses jogadores, que possa interferir no rendimento deles?
A leitura da direção é a mesma minha. Falta alegria, ousadia e um toque de displicência.
O time era cabisbaixo, acovardado. Renato vai mexer nesse ponto do time. Vai trazer a paixão do torcedor de volta. Perfeito estes 6 meses de contrato. Depois, realmente eu não sei o que esperar, mas pra essa fase, ele é perfeito.
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Lembrem das minhas contribuições. A primeira falava do dia a dia conturbado que precisava ser mais leve. A segunda, sobre arrumar a casa. A terceira sobre um time sem identidade.
Contrato da Arena adaptado, Grêmio e OAS parceiros = casa arrumada. 
Presidente junto ao time no dia a dia (e se tratando do Koff) = dia a dia bom para trabalhar.
Um clube integrado (torcida, direção  treinador e jogadores) = que venha a identidade deste time, que quando escrevi falei que não tinha o sobrenome copeiro, que o novo técnico há de registrar.
Estou esperançoso. Tinha deixado de lado minha carteirinha de sócio, um pouco perdido. Agora volta a esperança, até Dezembro. Depois, ele terá que mostrar que além de um cara que mexe positivamente com o emocional do Grêmio, ele também é um bom técnico.
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P.S.: Quando o Pofexô acertou com o Grêmio, eu encontrei em um restaurante em Atibaia, um grande desafeto dele: Marcelinho Carioca. Fui tirar uma onda com ele e ele soltou a seguinte frase: "Como pessoa é um m...., mas como técnico foi o melhor que eu trabalhei. Dentro das 4 linhas ele é f....". 
 Bom, um cara que é reconhecido até pelo seu desafeto começa a fazer uma sequencia enorme de invencionices é porque estava pedindo para ir embora.