12 de agosto de 2013

Duda Tajes: Obrigado, Riveros!

Xiru meio tonto ainda (foto Arigatô)

No intervalo do jogo de ontem, comentei com a minha irmã que ia escrever um post com o título: “Grêmio em Salvador. Chuta que é macumba”. Um post onde eu reclamaria do 3-6-1, do Moisés, das mudanças de esquema a cada jogo, da quase certeza de que este ano estava quase perdido etc etc etc. Porque, tomando por base a atuação do primeiro tempo, a derrota ou o empate melancólico eram as únicas alternativas.
Tomamos um calor do Bahia, não conseguimos atacar, ninguém se encontrava dentro de campo. Culpa de mais um esquema diferente, da falta do espírito de Grêmio no Grêmio, tudo que você também pensou e reclamou.
Desde 2007, quando comecei a escrever sobre o Grêmio, seria meu primeiro texto sem nenhuma esperança, beirando a amargura – coisa que, sabemos todos, é comportamento dos torcedores de outro time da cidade.
Mas o segundo tempo mudou o meu espírito de porco porque o Grêmio mudou de espírito.
O time melhorou um pouquinho, voltou mais ligado e mais organizado do que no primeiro tempo. Mas isto não seria o sificiente para deixar ninguém menos desconfiado. O que fez a vitória de ontem me dar uma esperança foi o gol-suicida do Riveros.
Primeiro, veio o flash-back daquela noite fria de julho de 1983, quando conquistamos a primeira Libertadores. Lembrei na hora do mergulho do César para o gol da vitória, quando tudo parecia empatado.
Depois, lembrei do time multicampeão dos anos 90 e o gol de testículos do Jardel na partida de volta contra o Palmeiras, na Libertadores de 95, e daquele Grêmio que lutava pelo resultado enquanto o juiz não apitasse o final do jogo.
E, finalmente, porque foi a primeira vez neste ano (e talvez nos últimos anos) em que alguém deu uma demonstração de vontade e de sacrifício pelo tricolor.
Quando o Riveros se atirou sem medo e fez um gol importantíssimo para o Grêmio, ele trouxe de volta o que todo o gremista espera ver em campo: raça, valentia, gana.
Louvemos este gol. E que, se ele não nos permitir sonhar com alguma coisa melhor nas competições que ainda temos este ano, pelo menos que sirva de exemplo para quem veste a camisa do Imortal.