31 de agosto de 2013

Pedra cantada: foi sofrido mas deu

Grêmio 1 x 0 Ponte Preta

Pré jogo - A miséria das leis stalinistas


Estados autoritários pensam que tem o dever e o direito de controlar a vida dos cidadãos. Para tanto baixam regras, muitas ridículas, dizendo o que cada um pode ou não fazer. E o que conseguem, geralmente, é obter efeito inverso ao que buscam.
Na Inglaterra, por exemplo, os bares só podem vender bebida alcoólica das 11 horas até as 14 horas e das 17 horas até as 23 horas. E o que conseguem com isto? Apenas aumentar o número de bêbados.
Quando morava lá várias vezes me aconteceu. Estava em um pub quando tocava o sino que anunciava a chance de fazer o último pedido. Todos, eu inclusive, levantavam-se e compravam 2 ou 3 copos de cerveja. Muitas vezes, com a cerveja sobre a mesa eu pensava que até nem tinha mais vontade de beber. Mas o "medo" de não ter disponível se quisesse levava a comprar.
Raramente bebi cerveja em campo de futebol. E a maioria dos torcedores também não bebe. Talvez uma no intervalo. Ninguém vai a jogo para ficar bebendo no balcão do bar.
Não pode mais vender no estádio? Legal! Vou me emborrachar antes que aí não fico com vontade de tomar durante o jogo.
É isto que acontece. É isto que faz proliferarem os bares no entorno dos estádios. É isto que aumenta as chances de conflitos entre torcedores e policiais.
Vai explicar isto para sujeitos com formação stalinista e que tem a crença e a necessidade de controlar os cidadãos. Impossível. Está no DNA dos desgraçados.
Junta os interesses destes mesmos elementos em prejudicar uma instituição. Está armado o quadro para o conflito.
Culpa de quem? Do lado mais fraco, claro. Daquele que está sendo vigiado e enquadrado qual boi em curral.
Mas vamos ao jogo.
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Primeiro tempo: 0 x 0
O time começou o jogo de novo um tanto quanto nervoso e acelerado. Como consequência abundavam os passes errados.
A primeira boa jogada foi aos 10 minutos. Barcos limpou e largou para Alex Telles bater cruzado para defesa do goleiro. Enquanto isto a Ponte tentava alguma coisa mas não oferecia perigo.
O Grêmio começou a aumentar a pressão e aos 15 minutos Barcos cabeceou depois de escanteio para fora.
Alex e Pará abusavam em errar cruzamentos. Faziam uma reedição dos tristes alas tatus da era do retranqueiro aquele. E continuaram a jogar mal e em atrapalhar todos os ataques. Aos 30 minutos Alex Telles de frente para o gol isolou ridiculamente.
Aos 32 minutos Barcos fez um jogadaço para defesa do goleiro. Na cobrança do escanteio Bressan sozinho na marca do pênalti, cabeceou pelo lado. A primeira chance real de gol.
Depois Souza cabeceou numa falta, o goleiro salvou e a bola bateu na trave.
O time sofreu muito pelas más atuações de Alex Telles e Pará. Não acertaram nenhum cruzamento.
No finalzinho do primeiro tempo um susto. A Ponte teve um gol anulado. Foi um dos poucos acertos do juiz.

Segundo tempo: 1 x 0
O time voltou igual para o segundo tempo. Espera-se que com menos afobação. No primeiro minuto Pará quase acertou uma cruzada. Na cobrança do escanteio Rhodolfo perdeu de novo.
O time não criava mas Renato não mexia. Aos 8 minutos um jogador da Ponte foi expulso.
O time tentava as pontas mas as cruzadas continuavam saindo erradas.
Com a expulsão aumentou a pressão, mas aumentou também o desespero. Aos 13 minutos Kleber podia armar uma jogada mas resolveu chutar bisonhamente de longe.
Um minuto depois o zagueiro da Ponte fez uma pixotada terrível. Atrasou mal e Kleber entrou para marcar. A torcida agradeceu feliz.
Com o gol o time acalmou e logo Alex Telles acertou um cruzamento. Kleber cabeceou mal.
O Grêmio não tirava vantagem do jogador a mais e o segundo gol da tranquilidade não saia.
Aos 30 minutos o juiz, muito ruim, não deu um pênalti em Kleber.
Alex Telles quis retribuir o presente da Ponte no gol do Grêmio e fez um passe espetacular para o jogador da Ponte. O juiz deu uma falta duvidosa na entrada da área. Por sorte a Ponte desperdiçou.
E o jogo continuava perigoso.
Aos 39 minutos Vargas entrou. E mostrou alguns lampejos de sua classe.
O jogo foi escoando com o Grêmio tentando mas não conseguindo criar chances. Os últimos minutos foram na área da Ponte. E acabou.
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Era um jogo perigoso. Muito perigoso. E o andamento da partida mostrou isto. Não que a Ponte tenha criado chances ou preocupado na frente. Mas futebol é um esporte danado. De repente pode sair um gol. Por sorte e competência também não saiu.
Mais uma vitória sofrida e sem futebol brilhante.
Mas não tem no Grêmio nenhum anão de fala fina que prefere jogar bonito e perder.
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Como jogaram

Dida: Nenhum trabalho no jogo todo.
Werley: Firme na defesa.
Rhodolfo: É um xerife. Muito bem.
Bressan: Errou um gol feito no primeiro tempo. Mas foi bem atrás.
Alex Telles: Talvez o pior primeiro tempo de sua vida. Errou todos os cruzamentos e a maioria dos passes. Melhorou no segundo tempo mas quase entregou o ouro numa cabeçada para trás.
Pará: Voltou a ser o velho Pará que irrita a torcida no primeiro tempo. Melhorou no segundo tempo.
Riveros: Discreto não apareceu. Pediu e levou o terceiro amarelo.
Souza: Quase fez um gol. Bem. Tem jogado com dores no púbis.
Ramiro: Muito discreto.
Kleber: Lutou muito. Fez um gol de oportunismo. Pelo gol o melhor em campo.
Barcos: O melhor do time no primeiro tempo. Sumiu no segundo tempo.
.....

Zé Roberto (Riveros): Voltou bem.
Vargas (Werley): Sem muito tempo fez uma ou duas boas jogadas.
Matheus Biteco (Barcos): Entrou para ganhar tempo.

Renato Portaluppi: Demorou para mexer no time. Parece um hábito que se firma.
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Arbitragem: Rodrigo Nunes de Sá (RJ), auxiliado por Katiuscia Berger Mendonça (ES) e Eduardo de Souza Couto (RJ) - Atrapalhado. Muito ruim. Parece que escolhem nabas a dedo para apitar jogo do Grêmio.