30 de setembro de 2013

iCento!: Tudo é Copa

Não sei porque tanto barulho por um campeonato que já acabou. O Cruzeiro é campeão. Ponto final. Não há motivo para alaúza. Que diferença faz ser 2º ou 16º na classificação final? Eu lhes digo: nenhuma. Aliás, a diferença pode ser um vexame diante de um Santa Fé da vida. Nada mais.

Mas vou abordar a rodada de ontem e o campeonato, apenas como um exercício semanal de lógica, porque não há mais importância alguma nele. O Campeão de Tudo jogou sem D'Alessandro, o melhor jogador da América. Isso não foi lembrado por essa crônica parcial e comprometida com interesses que não conseguem disfarçar. No dia que o time do estádio sem entorno jogar sem o seu principal jogador, Pará, esperem para ver o barulho que farão. Infelizmente, temos que conviver com falsos profissionais que só torcem a realidade.

¨¨¨¨¨¨
Vocês haverão de convir comigo: um time que tem Otavinho, um novo Damião, um novo super craque, pode dormir tranquilo. Logo, logo, os clubes da Espanha e da Alemanha farão fila para contratá-lo. Não cito a Inglaterra, porque sei de fonte segura que os times da terra da Rainha já estão na fila por ele. Pelo menos Chelsea, Manchester e Tottenham já teriam feito ofertas robustas por esta joia preciosa. Aliás, que clube no mundo forma tantos craques como o orgulho do Brasil? A minha fonte disse que o próprio Ministro das Relações Exteriores da Inglaterra foi o portador das 3 propostas, em visita realizada ao estádio da Copa. Vejam detalhes da visita aqui.

Aliás, além de trazer as propostas por Otavinho (a pedido de Sua Majestade em pessoa), o ministro veio solicitar consultoria do Clube do Povo para melhorar a qualidade das praças de esporte da terra de Sir Alex Ferguson. A diretoria do papai, que é o maior, afirmou que fará o possível para ajudá-los a evoluir neste quesito.

¨¨¨¨¨¨
Mas o importante é que agora, tudo é Copa. E, para variar, a nossa arena está sendo votada e escolhida como o estádio mais bonito da Copa de 2014. Fantástico, não é mesmo? Imaginem se a Arena Amazônia vai ficar mais bonita. Nem morta! Participe votando aqui.

29 de setembro de 2013

Dida, Alex Telles e Vargas

São Paulo 0 x 1 Grêmio

Pré jogo


Jogo muito difícil. Uma vitória encaminha pelo menos o vice campeonato. Uma derrota não será tragédia.
Segundo jogo com o esquema 4-3-3 que é na verdade 4-4-2 ou 4-5-1. Tomara que se criem as chances que não apareceram no jogo contra o Corinthians.
_____

Primeiro tempo: 0 x 0
Até os dois minutos o Grêmio não tocou na bola. E os bambis perderam um gol que Dida defendeu. Os bambis continuavam dominando mas aos 10 minutos Vargas entrou área a dentro e perdeu um gol bisonhamente.
Aos 15 minutos Saimon deu um bangornaço em Dida que ficou estendido no campo. Boa providência para acalmar o time.
Vinte e cinco minutos e nada aconteceu, afora os jogadores bambis jogarem-se no campo para tentar cavar alguma falta. Sem sucesso, surpreendentemente.
Aos 28 minutos o Grêmio chegou com perigo mas não conseguiu concluir.
Aos 37 minutos Dida salvou um gol feito. Grande defesa.
Kléber deu uma bomba por cima aos 40 minutos, no que foi a primeira conclusão a gol do Grêmio.
Aos 43 minutos o jogador do São Paulo chutou na rede pelo lado de fora, mas com direito a grito de gol do narrador da Gaúcha.
O primeiro tempo terminou com o Grêmio um pouco mais em cima após um meio sufoco dos bambis entre os 35 e os 45 minutos.
Não foi um bom primeiro tempo em termos ofensivos, mas defensivamente o time controlou bem o adversário. Destaques para Saimon, Bressan e o trio de volantes. Faltou melhor articulação.

Segundo tempo: 0 x 1
Como sempre, Renato voltou com o mesmo time. E o jogo continuou igual. Aos 8 minutos o Grêmio perdeu uma boa chance. Aos 8:30 minutos Dida salvou de novo.
Aos 9:22 minutos Dida salvou mais uma. Aos 12 minutos salvou outra.
O Grêmio estava muito recuado e sem levar nenhum perigo no ataque.
Aos 24 minutos, Alex Telles foi na linha de fundo e levantou. Vargas foi no oitavo andar e fuzilou. 1 x 0. Um golaço.
O gol arrefeceu os bambis e aos 31 minutos Pará de longe quase guardou o segundo.
Aos 33 minutos Dida rebateu para o meio da área e os bambis quase empataram.
O jogo foi escoando e o Heber tentando acomodar para os bambis. Aos 47 minutos mais uma chance perdida pelos paulistas.
E foi isto.

.....
Uma grande vitória. Não tanto pelo futebol. Mas pela atitude e pelo empenho. O Grêmio fez o seu papel. Ganhou. Se feio, ou bonito não interessa. Todos os títulos do imortal foram assim. Com alma, coração e atitude.
_____
Como jogaram

Dida: Uma grande defesa no primeiro tempo. Várias no segundo. O melhor do time.
Pará: Neste esquema fica mais atrás. E vai muito bem na marcação.
Saimon: Bela atuação. Aliás, espetacular.
Bressan: Bela atuação. 
Aliás, espetacular. 
Alex Telles: Não apoiou muito. Bem atrás.
Souza: Muito bem.
Riveros: Bela partida.
Ramiro: Alterna bons e maus momentos, especialmente quando sobe.

Vargas: Perdeu um gol no primeiro tempo por falta de fôlego. Um gol em que subiu no oitavo andar.
Kleber: Lutou muito mas nada criou no primeiro tempo. Importante pela luta.
Barcos: Quando recua ajuda muito. No ataque não recebe a bola em condições.
.....

Wendell (Barcos): Sem tempo

Paulinho (Vargas): Sem tempo.
Renato Portaluppi: Falem o que quiserem. Está chegando.
_____

Arbitragem: Heber Roberto Lopes, auxiliado por Alessandro Rocha Matos e João Patrício de Araújo - tentou ajeitar. Não conseguiu.


_____

O jogo no twitter





















.....

Segundo tempo























28 de setembro de 2013

Daniel Matador: A primeira vítima

Caros

Como normalmente faço, procurei ligar neste post o jogo deste domingo entre os tricolores gaúcho e paulista com embates que estas equipes já tiveram. Algum jogo memorável que pudesse retratar a grandeza deste confronto. Logicamente que o principal deles foi aquele que decidiu o Campeonato Brasileiro de 1981, garantindo a primeira grande estrela no peito da camisa gremista. O golaço de Baltazar, um verdadeiro pataço no ângulo adversário após uma matada no peito, calou um Morumbi lotado, preparado que estava para a festa de outro tricolor. Ali o Brasil começava a ver algo de que o mundo seria testemunha algum tempo depois: a mística gremista em jogos decisivos. Quis o destino que o poderoso e, por vezes, prepotente São Paulo fosse a primeira vítima da trilha de grandes títulos do Grêmio.
Por outro lado, não quis ater-me a esta espetacular e histórica partida por um grande motivo. Por mais que tenhamos que espelhar-nos no passado para vencer, é a visão de futuro que irá garantir as glórias vindouras. E pensando desta maneira que temos de encarar o jogo em São Paulo. Ambas as equipes não são sequer sombra dos esquadrões de outrora que ganharam a América e o Mundo. O treinador adversário conseguiu, contudo, recuperar seu time no campeonato, o qual vinha habitando a zona de rebaixamento durante certo tempo. Os próprios jogadores não querem ficar marcados por uma campanha vexatória do maior campeão paulista. Por tudo isto, o jogo não tende a ser fácil.

De nosso lado, temos a provável manutenção do esquema 4-3-3, o qual garantiu um empate com o Corinthians pela Copa do Brasil na casa do adversário. Quem viveu os anos 80 e principalmente os 90 pode atestar: naquela época, um empate sem gols, jogando fora, era comemorado como vitória. E a forma como o Grêmio portou-se, apesar de não conseguir anotar gols, foi louvável. Mesmo Vargas, atacante de ofício, exerceu funções de marcação por conta das particularidades do esquema naquela partida, devendo repetir o processo nesta também. Kléber e Barcos, ainda que não estejam marcando muitos gols nos últimos jogos, são jogadores com características muito interessantes para compor um sistema como este. No meio, o provável trio de volantes que tem feito o Grêmio jogar por meio do binômio marcação + velocidade: Souza, Ramiro e Riveros. Zé Roberto e Elano compõem um banco de luxo em virtude disto. E a defesa acabará sendo formada pelos laterais (não mais com função de alas) Alex Telles e Pará. Somados a eles uma dupla de zagueiros jovens, Saimon e Bressan. Aqui reside a grande dúvida sobre como a equipe poderá comportar-se. E Dida permanece na meta tricolor.
Uma vitória seria algo fantástico, mesmo que por um escore mínimo. Um a zero pode ser considerado uma goleada. E o São Paulo poderia ser a primeira vítima na caminhada rumo à ponta do Campeonato Brasileiro deste ano. Assim como foi em 1981. Mesmo que não esteja lotado como naquela decisão, seria muito bom calarmos o Morumbi mais uma vez. E mostrar que podemos ter reais condições de trilhar um novo caminho de grandes títulos. Não mais olhado para o passado. Mas sim trabalhando no presente e mirando o futuro.

Saudações Imortais

Porque Zé Roberto não joga

O post pós jogo é um post sanguíneo. É escrito no calor da partida. Um olho na tela outro no monitor. Um fdp para o juiz outro para o gol perdido. Toda a irracionalidade do torcedor está contida nele.
O lance é descrito na hora, do jeito que foi visto. Reflexões ficam para depois que a adrenalina baixa. Muitas vezes, perde-se um lance importante, o que é logo reclamado pelo leitor mais atento, ou chato.
O post pós jogo é portanto, um post de excessos. Excesso de euforia. Excesso de depressão.
Por causa disto tem dois assuntos que quero falar agora sobre os últimos jogos que não consigo falar no pós jogo por falta de tempo e de calma.
O primeiro é o esquema e suas consequências. O segundo é Zé Roberto.
.....

O Grêmio de três zagueiros e três volantes criava mais gols do que o Grêmio "mais ofensivo" de dois zagueiros e com Vargas juntando-se a Kleber e Barcos.
Claro que a defesa do Corinthians é a melhor do Brasil e isto não pode ser deixado de lado. Mas a meu ver a causa é simples.
Primeiro que os três volantes do Grêmio sabem jogar. E todos chegam na frente com qualidade. Segundo que no esquema de três zagueiros, Pará e Alex Telles são acionados a toda hora. Eles são muito mais alas do que laterais. Então, bem ou mal, as jogadas pelas pontas se sucedem e com isto as chances acabam aparecendo.
Com Vargas no time, a primeira consequência foi que os laterais ficaram mais contidos. Pouco se viu o Telles na frente. Pará apareceu um pouquinho mais, mas também timidamente. Como Barcos e Kleber jogam mais centralizados, Vargas vindo de trás afunilava o jogo. E com isto, as chances não apareceram.
Para o jogo com o São Paulo provavelmente o esquema de quarta-feira será repetido. Seria muito bom se o Renato tomasse duas providências. A primeira é liberar um lateral por vez para o ataque para abrir mais o jogo. A outra pedir para os atacantes se revezarem abrindo pelos flancos. Se fizer isto, ganharemos.

.....

Hilária a preocupação dos jornaleiros com a reserva de Zé Roberto. Até enquete fizeram onde se concluiu que a "escalação do Grêmio é Zé Roberto e mais dez". Interessante que ninguém questiona a reserva do Sócoco, por exemplo, que foi contratado a peso de ouro. Nem do rapaz da tiara.
Já encontraram "ruído" na relação do Renato com o Zé Roberto. Logo logo vai começar a onda com a reserva do Elano.
Quem chegasse de Marte agora pensaria que o Grêmio ganhava tudo com estes dois jogadores no time e ficaria sensibilizado com a campanha.
Pois Zé Roberto não joga por uma razão simples. Ele não é articulador. Ele é menos agudo do que os três volantes que estão jogando. Zé Roberto recebe, gira e atrasa a bola. Se precisasse o time de um burocrata e ele seria titular indiscutível. Com ele no lugar de um dos volantes o jogo não flui. Não foi por acaso que o time parou de marcar gol e de vencer com a entrada dele no time. Foi porque parou de criar na frente.
Zé Roberto teria lugar no time sim. Jogaria fácil de ala. Será que aceita? Ou de segundo volante em um 4-4-2. Gostaria?
Fora isto, será muito útil para entrar quando for necessário parar o jogo, travar o adversário.
O resto é onda de quem vive de apagar incêndio em aterro e de jogar gasolina na Arena.

27 de setembro de 2013

Entrevista com o Remi Acordi

Estes elementos geralmente prejudicam o Grêmio. Mas hoje fizeram uma entrevista muito importante com o Remi Acordi.
Achamos que vale a pena reproduzi-la. O original está aqui.

Dupla Explosiva:


O Grêmio quebraria antes de ganhar dinheiro com a Arena", diz renegociador do contrato com a OAS

27 de setembro de 2013
Félix Zucco
Félix Zucco
Prestes a ser assinado, o novo contrato entre o Grêmio e a OAS contou com inúmeros articuladores. Um deles, o empresário Remi Acordi (esq, ao lado de Fábio Koff), também um dos idealizadores da campanha que resultou na eleição de Fábio Koff, em outubro passado.
Homem avesso a manifestações públicas, Acordi fez, por escrito, um longo depoimento ao blog sobre as tratativas para o fechamento do novo contrato. Num dos trechos, diz que “o clube quebraria antes de ganhar dinheiro com a Arena”.

A relação com o presidente Fábio Koff
Remi Acordi - Minha relação de torcedor vem do tempo das transmissões de jogos pelo rádio. E ídolos como Juarez, Alcindo, Joãozinho, Milton povoaram minha infância. Os dirigentes eram meus cavaleiros da Távola Redonda e o presidente, o Rei Arthur. Meu dirigente modelo, Rudi Armin Petry. Meu presidente, Fábio André Koff. Gosto do espírito conciliador do Dr. Raul Régis de Freitas Lima e da forma pão, pão, queijo, queijo do Dr. Nelson Olmedo. Sou casado com uma prima irmã do Dr. Fábio, e os laços familiares nos tornaram muito próximos. Sou empresário, e sempre estive ligado de uma forma ou de outra ao varejo.
Como surgiu o projeto Avançar Juntos, que tornou viável a volta de Fábio Koff às disputas eleitorais
Remi Acordi - Prefiro dizer que fui um dos componentes do grupo, cuja liderança era do presidente do Clube dos Treze à época (Fábio Koff), com a contribuição de José Galló, Luiz Carlos Mabilde, Renato Moreira, Irany Santanna Jr. e eu. Nosso sonho era deixar um projeto legado, com o escopo do Grêmio que queremos para nossos filhos e netos. E, para tanto, o projeto visava criar um diferencial competitivo por meio de gestão profissional e integração com nossos sócios e torcedores. Se fizermos, na administração do clube, apenas mais do mesmo, não conseguiremos mais competir com os clubes do centro do país.
A opção por não ocupar cargos na direção
Remi Acordi - Entendo que em tudo na vida existe o timming correto para cada etapa da trajetória de todos nós. Não tenho nenhuma função executiva no Grêmio, por entender que sou mais útil ao clube apoiando quando solicitado a contribuir, oferecendo, dentro das minhas limitações, meu melhor. Esclareço que não participo das eleições , nem figuro como candidato em nenhuma chapa.
 O papel na renegociação com a OAS
Remi Acordi – Verificou-se que quem tornava a Arena rentável era o Grêmio. E isso não era o propósito do projeto inicial. A Arena será um grande negócio para o Grêmio, no médio e longo prazo, após pagar seus financiamentos. Mas, nos contratos originais, o Grêmio quebraria antes de ganhar dinheiro com a Arena. Além de tudo isso, Grêmio e Arena disputavam receitas. O Grêmio perdia a possibilidade de ter novos sócios com cadeiras no estádio, e a Arena não via atratividade em o Grêmio ampliar o número de sócios torcedores. Procuramos conduzir, após o presidente Koff ter preparado o terreno, a formulação de um novo desenho financeiro que respeitasse nossa capacidade de pagamento e criasse sinergias com a OAS para a produção de novas receitas. Para isso contei com o talento dos doutores Wagner Salaverry e André Berg da Quantitas e o olho clínico do dr. Irany Santanna Jr.
As vantagens que o Grêmio e os associados obtém com o novo contrato
Remi Acordi - Essa renegociação permitirá que o Grêmio economize mais de R$ 20 milhões ao ano, relativamente aos contratos originais. São mais de R$ 400 milhões ao longo do prazo do contrato. E permitirá que o clube e a OAS, de fato, se beneficiem e busquem as receitas novas que o estádio gerará a partir dos esforços e do alinhamento que agora foi criado. Por isso, foi uma negociação viável. A Arena deixa de ser dependente do Grêmio (clube) para se tornar rentável. O Grêmio terá condições de arcar com seus pagamentos. E ambos estarão alinhados na busca de novas receitas, da ampliação de sócios, e no crescimento do público no estádio. Agora, definitivamente, para que a Arena ganhe, o Grêmio também ganhará, e para que o Grêmio ganhe, a Arena também será beneficiada. Alinhamento que, antes, não havia.
A relação do Grêmio com a OAS
Remi Acordi - Toda a negociação tem seus momentos de tensão. Mas o espírito que norteou o encontro inicial foi mantido e está sendo preservado dia após dia. Nossas premissas eram respeitar uma empresa com mais de 8 mil colaboradores e, de outra parte, uma legião de mais de 8 milhões de torcedores. Manter um foco eminentemente técnico. Não julgar ninguém, especialmente fora do contexto original. Sem buscar vencedores ou vencidos, conscientes de que a guerra emburrece o vencedor e deixa rancoroso o vencido. Com o objetivo de assegurar a sobrevivência do Grêmio, buscando o que a OAS poderia fazer pelo Grêmio, e o que o Grêmio poderia fazer pela OAS. Com uma frase de Nietzche como mote: “O cérebro verdadeiramente original não é o que enxerga algo novo antes de todo o mundo, mas o que olha para coisas velhas e conhecidas, já vistas e revistas por todos como se fossem novas”. Com o target de conseguir uma Fair Opinion com equilíbrio e humildade.
A Arena passa a ser efetivamente do Grêmio?
Remi Acordi - Numa análise direta, do ponto de vista financeiro e até contábil e de gestão, quando o presidente Koff assumiu o clube, a Arena não era do Grêmio. Essa percepção mudará significativamente com o novo contrato. Há alinhamento para busca de receitas conjuntas, menor dependência financeira da Arena com o Grêmio, e fundamentalmente melhorias nos contratos e termos jurídicos, incluindo regras de governança, que efetivamente mudaram a percepção do presidente Koff. A Arena é do Grêmio. Nenhum outro clube jogará nela. Sem o Grêmio, ela não existe. E o Grêmio e a OAS estarão alinhados, com benefícios e riscos semelhantes, no desafio de torná-la rapidamente não apenas um excelente e monumental estádio, mas também um ótimo investimento.
As reclamações dos associados em relação a Arena
Remi Acordi - Na pesquisa recente feita junto ao associado do Grêmio, ficou claro que a Arena precisará estar mais próxima do sócio. Ele a vê como a Gisele Bundchen: linda, maravilhosa, mas não a conhece de perto. Como um conhecido de longe. Ou como um primo distante. É da família, mas não sabem quem é.
 As reformas estatutárias
Remi Acordi - O projeto Avançar Juntos ainda esta embrionário. As longas tratativas com a OAS, e seu rito processual, aliada às resistências naturais a mudanças em um clube de 110 anos criam linhas de dificuldades importantes. Some-se a isto a carência de recursos, por comprometimento de receitas futuras e a resultante. É um processo lento e de resistências a mudanças. Outro ponto importante é que o presidente Koff precisa conquistar uma base de apoio sólida no Conselho Deliberativo. Sem isto, é muito difícil realizar as reformas estatutárias e aprovar projetos indispensáveis aos nossos objetivos.
O apoio de Fábio Koff a duas chapas
Remi Acordi - O presidente apoia as chapas 2 e 4. Particularmente, já externei minha simpatia a chapa número 4 , por ela contemplar uma revitalização do quadro com pessoas mais jovens, alinhadas com o projeto, e capazes de enfrentar os desafios deste novo tempo.
Cumpre esclarecer a todos os gremistas que a demora em assinar os documentos definitivos (já estão firmados os documentos negociais) se deve aos cuidados do presidente Koff e nossa equipe, no sentido de atender, além das disposições legais, todos os requisitos de natureza ética e moral que uma negociação deste porte enseja, com a revisão de todos os contratos e aditivos anteriores , exames criteriosos das implicações de natureza legal e tributária, e do exame e detalhamento de todos os memoriais descritivos que assegurem ao Grêmio seus direitos de receber e entregar o pactuado. Reitero a transcrição da fórmula que adotamos: “Um sim, um não, uma linha reta, uma meta, em busca da felicidade.”

Clubes buscam alternativas para ingressos mais baratos


Ontem, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, se reuniu com representantes dos clubes brasileiros e dos governos estaduais para tentar encontrar um termo que garanta o acesso de torcedores de baixa renda nos estádios de futebol. O governo federal não planeja colocar dinheiro do próprio bolso para subsidiar os valores.

A idéia do governo é que as iniciativas seriam tomadas pelas equipes ou concessionárias de estádios brasileiros. Rebelo citou o caso do Corinthians, que poderá destinar 40% do espaço de sua arena para ingressos de até R$ 50. O ministro lembrou também o sucesso da política alemã de acesso de torcedores aos estádios do país a partir de valores reduzidos. Conforme estudo divulgado em 2012 pela Pluri Consultoria, o campeonato alemão tem a maior média de público do mundo, com cerca de 93% de ocupação dos estádios.
 
O vice-presidente do Conselho de Administração do Grêmio, Odorico Roman, presente ao encontro, afirmou que o clube está preocupado em oferecer ingressos mais baratos aos torcedores. "É uma política nossa. Não tem sentido construir uma arena e jogar com estádio vazio", enfatizou. O ingresso mais caro na Arena, em Porto Alegre, custa R$ 160, mas sócios podem até mesmo acessar o espaço de graça ou pagar R$ 20 em outros setores. Roman também disse que não houve aumento abusivo nos valores e que alguns setores da Arena são mais baratos que o estádio Olímpico, antiga casa do Grêmio. O vale-cultura também entrou na lista de discussões. Embora a medida do governo financie o acesso apenas a atividades culturais, Rebelo afirmou que foi discutida a legitimidade da proposta, a curto prazo, de o futebol fazer parte dos benefícios: "Foi cogitada apenas como ideia a ser amadurecida". Ministério, clubes e concessionárias voltam a se reunir em três semanas.

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

____________

Preços

O Brasil tem os ingressos mais caros do mundo em comparação com a renda per capita (Divulgação/ Pluri)


 Fonte: http://www.foxsports.com.br/noticias/101023-brasil-tem-o-ingresso-de-futebol-mais-caro-do-mundo

26 de setembro de 2013

O papo furado do Hernández[27]: Vamos Grêmio

Para quem teve o azar de começar a entender de futebol depois de 1996, guarde esse jogo na retina e entenda que isso era um jogo clássico do Grêmio de 1995 / 96! Pegado, catimbado, truncado e sempre a espreita de um contra ataque.

Não julguem Barcos no dia de hoje! Ele tentou, a bola chegou algumas vezes até a sua cabeça, porém, como isso há tempos não acontecia, se perde o ritmo. Ele tentou, foi mais participativo, quem sabe, com um pouco mais de entrosamento com Vargas e Kléber, ele não volte a ser o velho Pirata?!

Aliás, Vargas como meia atacante é algo que eu defendo a tempos. Meu compatriota tem que jogar, não esquentar banco! Vargas é diferenciado, erra, claro (é humano), mas é sempre perigoso, tem talento, sabe envolver a marcação. Se bobear, de um chute despretensioso, nasce um golaço. Com Kléber e Barcos logo a frente, um passe pode deixar qualquer um dos dois na cara do gol.

Ótimo empate, mas, ao mesmo tempo, perigoso. Um descuido, uma bobeira e teremos que fazer dois gols para nos classificarmos. Difícil? Sim! Impossível? Nunca!

Se jogarmos com garra e vontade, estamos nas semi-finais!

Grêmio Sempre!


________________

Pegando uma carona no post do Hernández. Vocês acham que o post de ontem sobre a vergonha do aterro era tudo? Olhem a barbaridade que saiu hoje e que foi twitada pelo Daniel Matador.



Ou seja. Eles ganham terras públicas, avançam sobre o entorno e depois são indenizados, não quando devolvem, mas quando fazem melhorias nas terras griladas. Que país maravilhoso este.

25 de setembro de 2013

Empate de 0 x 0 é melhor que derrota de 2 x 1

Corinthians 0 x 0 Grêmio

Pré jogo

Jogo encardido. Corinthians atrás de reabilitação. Grêmio querendo voltar a vencer.
É possível ganhar? Sem dúvida.
Mas se oferecerem agora a um gremista empate com gol, acho que todos fecham na hora.
_____

Primeiro tempo: 0 x 0
Renato surpreendeu e saiu com 3 atacantes. Agitação no twitter.
O Corinthians começou mais agressivo mas aos 4 minutos Ramiro chutou uma bola perigosa de fora da área, assustando o goleiro.
O jogo chegou aos 20 minutos e o Grêmio não tinha ainda se ajeitado no campo. Afora o chute inicial nada mais criou. A defesa, sem um zagueiro, parecia um pouco assustada. Mas conseguia controlar o Corinthians.
Aos 23 minutos Rhodolfo, que erra um gol por partida na frente, salvou um gol quando a bola estava entrando. Foi a primeira chance do adversário.
Aos 30 minutos, Emerson fez falta em Kleber e caiu no chão tipo uma prostituta safada.Era a quinta ou sexta vez que o elemento fazia catimba tentando cartão para os jogadores do Grêmio. E o juiz só dando papo para os maloqueiros. Aos 40 minutos, o artista beijoqueiro e maloqueiro resolveu jogar e assustou com um chute na rede do Dida, pelo lado de fora.
E o Grêmio, que não havia chutado mais nenhuma bola depois da primeira do Ramiro, chutou  mais duas até o final do primeiro tempo.
E teve um ataque de Souza que fez fila, sofreu uma agressão criminosa sem que o juiz marcasse falta sequer.
Às vezes mais atacantes não significa mais ofensividade. O Grêmio com Vargas no lugar de um zagueiro não teve muitos problemas atrás, mas não conseguiu criar na frente.
Pior do que o ataque do Grêmio, o comentarista do Sportv que torcia descaradamente contra o Grêmio.
O melhor em campo, fácil, Rhodolfo. Bem seguido pelo meio de campo todo.

Segundo tempo: 0 x 0
O Grêmio voltou com o mesmo time mas com mais determinação. E em menos de 2 minutos atacou duas vezes com perigo.
O Grêmio continuou melhor e aos 10 minutos chegou com perigo novamente. Barcos cruzou e a bola quase chegou no Kleber na pequena área.
E o juiz não dava faltas claras a favor do Grêmio. Depois inventou uma falta do Souza com direito a cartão amarelo.
Aos 20 minutos Vargas quase marcou de falta. Grande defesa do goleiro adversário. No escanteio, Cássio salvou cabeçada de Rhodolfo.
Aos 22 minutos, de novo Vargas, quase saiu o gol em chute de fora da área. Aos 25 minutos o chefe dos maloqueiros finalmente levou o cartão amarelo que merecia desde o início.
Aos 28 minutos Barcos cabeceou perigosamente para fora. Aos 30 minutos Barcos fez grande lançamento para Vargas que se atrapalhou e perdeu a bola.
Aos 38 minutos Bressan, de bela atuação, salvou uma bola na pequena área.
As alterações de Renato e de Tite foram melhores para o Corinthians. O time, que estava manietado, foi para cima no final.
Aos 45 minutos o juiz não deu uma obstrução em Ramiro na entrada da área do Corinthians. Nenhuma surpresa.
.....
Ao contrário do que muitos idiotas pensam, empate de 0 x 0 é melhor do que qualquer derrota, mesmo se fosse por 20 x 19.
O Corinthians não vem bem mas tem um belo elenco e um técnico competente. Uma hora pode encaixar. Não foi hoje. O segundo tempo foi todo do Grêmio até os 40 minutos, quando o Corinthians tentou um pouco mais.
Nada está decidido, mas uma vitória simples nos dá a vaga para a semifinal.
De positivo também, a bela atuação da defesa, mesmo sem contar com três zagueiros.
_____
Como jogaram

Dida: Uma defesa difícil no primeiro tempo. Intervenções no segundo tempo.
Pará: Bem atrás, inoperante na frente.
Rhodolfo: Grande atuação.
Bressan: Uma rosca no primeiro tempo. No restante, muito bem. Talvez sua melhor partida no Grêmio 

Alex TellesMelhor do que nos jogos anteriores.
Souza: Bela atuação.
Riveros: O melhor do meio de campo.
Ramiro: Bem.

Vargas: Um pouco perdido no primeiro tempo. Cresceu com o time no segundo tempo.
Kleber: Bem no auxílio do meio de campo. Melhor no segundo tempo.
Barcos: Mal no primeiro tempo. Melhorou um pouquinho no segundo tempo. Padece de alimentação.
.....

Paulinho (Vargas): Levou amarelo na primeira bola. Entrou meio assustado. Mal.

Elano (Barcos): Entrou mal.

Renato Portaluppi: Foi corajoso ao escalar 3 atacantes. Mexeu mal quando colocou Paulinho. 
____
Arbitragem: Ricardo Marques Ribeiro, auxiliado por Márcio Eustáquio Santiago e Kléber Lúcio Gil - Deixou de dar várias faltas a favor do Grêmio. E só começou a amarelar da metade do segundo tempo em diante. Péssima atuação.

Calçada não é estádio

Então ficamos assim: mais uma vez o timinho se faz de louco para comer ranho. O ranho, no caso, é o pequeno presente  de R$ 7,8 milhões (isto mesmo que você está lendo) que o governo federal, da impoluta presidanta cocolorada, entrega para a construção de uma prosaica calçada no entorno do estádio particular mais público da história deste país. Claro que ela, que não é boba, vai usar como instrumento para entrega do mimo o grande (no tamanho) alcaide mor da valerosa Porto Alegre. O sedizente gremista José Fortunati.
E ficamos todos nós, pobres e infelizes  (por morarmos em país de tantos descalabros) mortais com a tristeza e o sentimento de sermos mais uma vez os otários da história.
Assim, a Copa que não teria um puto centavo público nos estádios vai tê-los até nas calçadas que os rodeiam.
E la nave vá.


24 de setembro de 2013

Será que agora vai?

Há alguns meses, o presidente Fábio Koff esteve no gabinete do governador Tarso Genro para tratar das obras do entorno da Arena que ainda necessita de muitas melhorias para facilitar o acesso dos torcedores gremistas a nova casa tricolor. Como sabemos que o Estado do Rio Grande do Sul está mais falido que bodegueiro de beira de estrada (por pura incompetência administrativa), é claro que desse encontro não saiu coisa nenhuma e Koff só perdeu seu tempo. Ou melhor, saiu de lá com as promessas de sempre.

Agora,surge uma luz no fim do túnel. Amanhã (quarta-feira),  representantes do Grêmio têm agendado reunião em Brasília para buscar recursos para as obras no entorno do estádio.
A presidente Dilma Roussef nomeou uma comissão tendo à frente o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, para acompanhar e tratar do avanço dos projetos. O deputado federal e ex-goleiro gremista, Danrlei, incluiu no orçamento da União R$ 60 milhões para as obras no Bairro Humaitá.

“Vamos tentar obter o mínimo necessário deste valor para dar início às principais obras, no mais tardar no início do próximo ano”, disse Danrlei . As prioridades são as melhorias e a ampliação dos principais meios de acesso ao Humaitá, como as vias A.J. Renner, Padre Leopoldo Brentano e Ernesto Neugebauer.
Romildo Bolzan Jr. e Renato Moreira, integrantes do Conselho de Administração representarão o Grêmio no encontro.  “O clube quer ser um colaborador para melhorar toda a condição do bairro. O governo tem manifestado o interesse de liberar rapidamente esta verba”, afirmou  Bolzan.

Mas a pergunta que fica é: será que agora dá para acreditar na boa vontade dos gestores públicos no Brasil da embromation?
Será que agora vai?
Só o tempo dirá...
____________

Desde a semana passada a Arena ostenta em sua fachada o letreiro trazido do Olímpico Monumental com a frase "Grêmio - Campeão do Mundo". Ficou bonito.



23 de setembro de 2013

É preciso mudar conceitos e atitudes

Faltando quinze rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, a pontuação na tabela continua praticamente a mesma da semana passada, exceto pelo fato do Grêmio estar agora em quarto lugar, com dois pontos atrás do Atlético Paranaense (terceiro colocado).
A questão é: chegou o momento de mudanças mais profundas ou deve-se garantir pelo menos uma vaga no G4 mantendo-se uma equipe menos ousada?
Uma parte da torcida manifesta-se pedindo a volta da titularidade de Zé Roberto e Elano no meio campo. Mas não podemos esquecer que os dois jogadores eram titulares absolutos do Pofexô  nessa função e sabemos quais foram os resultados. Na minha opinião essa não é a solução.

Aparentemente, o técnico Renato teme uma formação mais ofensiva e que fragilize a defesa. Ele sofre a síndrome de 95% dos técnicos brasileiros:o medo da derrota. Primeiro não perder, depois tentar títulos.
Isso não me satisfaz. Os vencedores sempre são pessoas ousadas e que apostam alto em idéias inovadoras. Fora disso é sempre mais do mesmo, ou seja, uma posição confortável e não comprometedora.
Não é isso que a torcida gremista almeja. Queremos um passo à frente, um algo mais.
Temos que começar a fazer gols o mais rápido possível. Não dá mais para adiar esse fato se quisermos até mesmo garantir uma vaga para a Libertadores.

Por que não uma equipe com três zagueiros, dois alas mais velozes e com uma boa qualidade no passe e nos cruzamentos, um meio consistente e criativo e um ataque efetivo? Minha sugestão , a partir deste conceito seria:

                                               Saimon         Rhodolfo         Bressan  

                            Mateus Biteco       Souza       Riveros     Máxi    Zé Roberto   

                                                          Vargas     e       Kléber 

É preciso parar de fazer drama com a retirada de jogadores da equipe titular. Um profissional deve saber que é normal fazer rodízio dentro de um grupo. Ninguém é dono ad eternum de coisa nenhuma. Nem o presidente do clube.  É necessário profissionalismo e solidariedade com os companheiros e comissão técnica. Não é pecado o sujeito passar por uma má fase. Isso  não significa que seja um mau jogador, mas apenas uma fase não muito boa na carreira. Beicinho não combina com trabalho em grupo. No vôlei e no basquete o rodízio entre atletas é normal e muito praticado pelos técnicos e ninguém morre por causa disso. Mas no futebol as pessoas criam feudos e panelinhas para manterem o prestígio. Isso já passou de moda e as pessoas não percebem. Por que raios jogador de futebol se melindra com tudo e é tratado como bibelô? Passou da hora de mudar essa atitude arcaica e improdutiva.
Então, vamos ser menos conservadores nas atitudes e mais ousados nas idéias.
Posso estar muito equivocada, mas penso  que só mudando conceitos e atitudes  será possível  resultados mais satisfatórios.
____________

Grupo X Equipe 



No Grupo, o todo é maior que as partes (como numa Gestalt), ou seja, um grupo se constitui numa nova identidade sendo mais do que apenas o somatório de seus membros. Grupo é um conjunto de pessoas com objetivos comuns, em geral se reúnem por afinidades e podem ter o mesmo interesse. As pessoas decidem e agem de maneira individual. Não há intercâmbio de ideias, resultam e uma soma de esforços das pessoas e há interação emocional e afetiva.
A equipe, são conjuntos de pessoas com objetivo comum em mente, tem os mesmos interesses, decidem e agem de maneira conjunta, tem forte intercâmbio de ideias, seus esforços se multiplicam e há uma forte interação emocional e afetiva. As equipes são mais do que simples grupos humanos, pois elas têm características que os grupos não têm.

"Toda equipe é um grupo, mas nem todo grupo é uma equipe". 

Um grupo

Uma equipe


Fonte: blog "Desenvolvimento Organizacional e Pessoal"
            http://desenvolvimentoorganizacionalepessoal.blogspot.com.br/2012/04/grupo-x-equipe.html

21 de setembro de 2013

Arbitragem 0 x 0 Grêmio

Vitória 0 x 0 Grêmio

Pré jogo


Jogo para retomar o caminho. Se não pelo título, por um final digno e tranquilo com vaga na Libertadores. Sim, vaga na Libertadores. Porque se não ganhar título é ruim, muito pior é ficar jogando a pré Copa do Brasil. Só disputando campeonatos pode-se ganhá-los.
_____

Primeiro tempo: 0 x 0
Renato começou com Saimon no lugar de Gabriel e com Ramiro no lugar de Zé Roberto. Primeiro acerto do dia.
Com três volantes o Grêmio jogava muito bem e até os 15 minutos houve três boas jogadas com direito a um gol perdido pelo Barcos pela surpresa de ter a bola livre na sua frente.
O time continuou mandando no jogo e aos 26 minutos Ramiro deu um lançamento espetacular para o Pará. Este, ao invés de concluir tocou para trás e a jogada foi desperdiçada.
Aos 30 minutos Riveros deu uma bomba e o goleiro do Vitória fez um milagre.
Aos 36 minutos um roubo escandaloso. O bandeira deu um impedimento em que Kleber estava 1 metro atrás de TRÊS zagueiros. Não um, não dois. Três zagueiros. Um lance facílimo que só a vontade ou a necessidade de roubar explica. Uma vergonha.
No finalzinho ainda houve um pênalti no Riveros, quando ele iria marcar.
Jogo para 2 ou 3 a zero, mas com um trio de arbitragem muito suspeito. 

Segundo tempo: 0 x 0
O Grêmio voltou igual para o segundo tempo e o jogo continuou também igual, embora sem a mesma eficiência no ataque.
Aos 13 minutos Saimon pisou em falso e saiu lesionado para a entrada de Elano.
Aos 18 minutos Dida fez a primeira boa defesa no jogo. 
Com a saída de Saimon o Grêmio ficou desajustado e o Vitória começou a gostar do jogo.
Aos 23 minutos, o mesmo bandeira que roubou o impedimento de Kleber de forma vergonhosa, levou 3 dias para dar um impedimento de 3 jogadores do Vitória.
Aos 31 minutos Kleber iria entrar sozinho área a dentro e o bandeira inventou outro impedimento. Arbitragem encomendada. Já não resta dúvidas.
Logo depois uma tentativa de assassinato no Souza e o juiz não deu nem cartão.
Aos 36 minutos, já com Vargas em campo, quase gol do Grêmio. O zagueiro mandou para escanteio.
Com a entrada de Vargas o Vitória deu uma esfriada e o Grêmio voltou a atacar, o que não tinha acontecido todo o segundo tempo.
O problema maior era o trio de arbitragem.
Aos 46 minutos Kleber não conseguiu dominar uma bola em que ficaria de frente pro gol.
E foi isto. dois pontos na conta de um safado ordinário. Ou melhor, de três safados ordinários.

.....
Um time tem todo o direito de ganhar jogando mal. Tem mais direito ainda de ganhar jogando bem. O primeiro tempo do Grêmio foi quase empolgante dentro das circunstâncias. O trio de arbitragem não deixou ganhar.
Em condições normais, um ponto na Bahia não deve ser desprezado.
Agora é o Corinthians pela Copa do Brasil. eu acho que passaremos.
_____

Como jogaram

Dida: Nenhum trabalho no primeiro tempo. Foi bem quando exigido.
Saimon: Sofreu um pouco com o lateral do Vitória, mas foi muito bem, apesar de uma bobeada no início do segundo tempo. Saiu lesionado.
Rhodolfo: Bela atuação.
Bressan: Muito bem.  
Alex Telles: Talvez precise de um descanso. Caiu de produção.
Pará: Tornozelo inchado ou não, foi bem.
Souza: Nem parece que tem problemas no púbis. Muito bem.
Riveros: Grande atuação.
Ramiro: Ajeitou o meio de campo. Mas caiu de produção no segundo tempo.
Kleber: Bela atuação. O melhor do time.
Barcos: Bom primeiro tempo. Não apareceu no segundo tempo.
.....

Elano (Saimon): Não entrou bem hoje. 
Vargas (Barcos): Pouco tempo, mas assustou os baianos.
Jean Deretti (Ramiro): Pouco tempo mas foi bem.

Renato Portaluppi: Teve coragem para deixar o Zé Roberto no banco. 
____
Sandro Meira Ricci (Fifa/PE), auxiliado por Thiago Gomes Brígido (CE) e Anderson José Coelho (SP). - um gol e um pênalti roubado do Grêmio no primeiro tempo. Deveriam ter vergonha de existirem.

Dia para reagir e retomar a campanha

Acho que a partir de agora acabou a gordura (se é que havia alguma). Para nós, não há mais pontos a perder no campeonato brasileiro.
O jogo de hoje à noite contra o Vitória em Salvador exige uma reação rápida da equipe se ela ainda almeja a conquista do título. A última partida do Grêmio foi tão decepcionante, que nem quis comentar para não azedar ainda mais o blog. Só fiquei lendo e esfriando a cabeça.
Mas é fato que, com esse futebol fraquinho dos últimos dois jogos, vai ser difícil colar no líder Cruzeiro. Aliás, assisti  o jogo entre Cruzeiro e Botafogo e fiquei simplesmente impressionada com o time mineiro. Quanta velocidade, quanta força, quanta disposição! Os jogadores são craques? Aposto que não! São jogadores médios que já passaram em tantos outros clubes e , alguns, até nem foram muito aproveitados. Qual a fórmula mágica para esse desempenho?

Não dá para deixar o adversário respirar.
Os jogadores cruzeirenses são muito rápidos e fortes. É quase impossível marcá-los e impedir sua subida fulminante ao ataque. Erram muito poucos passes e são extremamente objetivos. Em poucos toques estão à frente do gol adversário. Fazia muito tempo que uma equipe de futebol não enchia meus olhos com tanta qualidade. É exatamente assim que eu gostaria de ver o nosso Tricolor. É exatamente esse formato de time e esquema que considero competitivo e eficiente. Além disso, é muito bom de assistir.
Não vou aqui repetir mais uma vez o que penso sobre a escalação atual do Grêmio. Todo mundo já sabe. Mas só sei que algo precisa ser mudado por Renato, senão temo pelo resultado. Não quero fazer avaliações pessoais agora porque acho que não é o momento.
A certeza é de que temos que retomar com força a boa campanha que vínhamos fazendo, nem que seja à ferro e fogo.

Atenção jogadores tricolores que lêem o blog: quando vocês entrarem em campo pensem na expectativa da torcida  gremista. Vocês não são inferiores ao elenco do Cruzeiro. Uma nova decepção hoje seria terrível. Nós torcedores queremos que vocês dêem o sangue pelo Grêmio a cada jogo. Deixem para descansar e pensar na vida no vôo de retorno para casa. Nós estamos confiando em vocês!
Então, todos ligadíssimos hoje à noite. Foco total. Da torcida e dos atletas porque certamente a batalha não será fácil!
Dá-lhe, Grêmio!!!

19 de setembro de 2013

Minuzzi: Precisamos de mais público nos estádios

O futebol brasileiro se perdeu... Clubes e jogadores necessitam tanto esbanjar riquezas, status e luxúrias que passaram dos limites do futebol e estão entrando mais para a área dos grandes artistas, músicos ou atores internacionais.
São salários altíssimos, carrões, mimos e, às vezes, tratamento de dondocas. E não falo isso como um enciumado porque jogo vôlei, esporte onde o melhor jogador do mundo ganha bem menos que o Pará (e se bobear , menos que aquele Gabigol que nem saiu das fraldas). Essa primeira parte falo como torcedor. Os investimentos são altos e a qualidade dos jogos são péssimas!
O futebol se perdeu, tá numa MARRA danada! E nós torcedores, às vezes assistimos jogos melhores na Série B.

Quantos jogos do Grêmio esse ano foram de alto nível? Não só o rendimento do nosso time, mas dos dois times, a partida em geral ou o espetáculo como estão vendendo. O preço do ingresso é de espetáculo! No jogo ontem contra o Santos, qual lance foi "O LANCE"? Dois lances por jogo. E a rodada toda é assim, todos times estão assim....menos Cruzeiro e Botafogo, que há de se bater palmas pelo que vêm jogando....
Grêmio, Corinthians, São Paulo, Flu, Fla, Vasco, Galo, Santos.... Qual time desses está mostrando um pouquinho da sua história, ou fazendo valer pagar a enormidade de dinheiro pra levar a família no estádio?

Minuzzi: "Tristeza é ver um estádio vazio e com muitos espaços".

Resolvi escrever porque ontem, mais uma vez, tentei defender o Grêmio em conversas com amigos dizendo que o time é limitado e quando se fechou e jogou com vontade não tomou gols e criava três chances por jogo e uma fazia....a vitória vinha, mesmo em um jogo horrível de se ver.
Mas o Grêmio cansou de jogar assim. Porque isso exige muita atenção, muita vontade e muita concentração. E quando elas faltam, erramos as nossas  três chances e ainda entregamos uma lá atrás. Foi assim com Goiás, Galo e Peixe....

O Grêmio está em terceiro porque o campeonato é muito ruim e estava sabendo jogar contra os ruins. Mas cansou de jogar desse jeito. Cansa jogar só com o emocional por trinta e oito rodadas. Ninguém consegue tal feito.
Os clubes estão perdidos com suas novas arenas. Mas mais triste que assistir a uma pelada, é assistir a uma pelada em um estádio moderníssimo, cheio de povoados. E não falo só da nossa Arena....Mineirão, Maraca...todas....
Que feio é assistir um jogo onde o meio campo está vazio e, quando a bola vai para escanteio, a imagem que aparece atrás do gol está lotado! No outro córner vazio.  Atrás do outro gol lotado! Em cima e embaixo, em alguns lugares outros aglomerados. Em outros, nenhuma alma viva!
Que feio é para quem é apaixonado pelo time e tem dois filhos querendo ir ao jogo,  ter que dizer: "neste nós não vamos, tá?" E escutar dos filhos "por que?" E responder  irritado: " porque já gastei  R$270,00 contra o Galo no domingo e não dá para gastar mais  R$270,00 hoje!"

E então, num jogo importantíssimo do Gremio, vemos uma Arena com gritos atrás do gol, algumas palmas no outro gol e aquela tristeza de ver um estádio vazio... Não digo que tem pouco público, pois o gremista vai ao estádio. Mas com as cadeiras demarcando, cada grito de torcedor que ficou em casa aparece explicitamente.
No Olímpico, toda a arquibancada se aglomerava no meio do campo ligando com a Geral. Os torcedores mais próximos se ajudavam, gritavam. O coro ecoava no estádio.
Esta segunda parte falei como jogador. Pediria à direção gremista que antecipe o que sem dúvidas terá que fazer daqui a uns dois ou três anos quando perceber que o time estará sem apoio no estádio e fará aqueles descontos malucos do tipo: acompanhante de graça, mulher não paga, ingresso popular. Tudo para não ser rebaixado...
Que a direção faça isso agora e leve de volta para o campo famílias como a minha, que grita de dentro do apartamento e nenhum jogador escuta, mas que sempre foi presença nos jogos apoiando nosso tricolor. Ou chorando, pouco importa....

Muitas famílias como a minha  não vão ao estádio para ver o Grêmio vencer. Mas sim para ver o Grêmio e ponto. Mas muito poucos tem fôlego financeiro para ir a todos os jogos.
A direção da Arena poderia lançar um plano familiar ou simplesmente baixar o valor da droga do ingresso, porque  aquelas cadeiras gramado  não estão lotando nem em decisão. Coloquem  agora um preço que caiba no bolso do torcedor  e seja o primeiro clube a perceber que essas Arenas são mais uma MARRA do futebol (que joga contra o time).
USEM A ARENA A NOSSO FAVOR!

18 de setembro de 2013

Goleirinho entregou a rapadura

Grêmio 1 x 1 Santos

Pré jogo

Depois da derrota do domingo, da terra arrasada de muitos e dos matemáticos decretarem que o título não dá mais, o time volta a campo atrás do prejuízo. Volta Kleber. Volta Souza. Continua Zé Roberto.

Vamos ver no que dá.

_____


Primeiro tempo: 0 x 0
O jogo começou morno e até os 10 minutos o Grêmio teve dois arremates de fora da área. Os dois por Alex Telles.
O Santos tentava também de fora da área.
Aos 13:30 minutos Pará bateu uma falta na cabeça do Rhodolfo. Que errou o gol. Mais uma cabeçada de cima que ele manda para fora.
No twitter, a torcida concordava que o time estava apático e travado pelo Zé Roberto.
O Santos tinha mais posse de bola mas também não conseguia levar grande perigo. Gabriel estava bem na zaga.

Aos 21 minutos um lance estranho. Na cobrança de um lateral Kleber caiu na área. Lógico que a Sportv só deu replay do lance 7 minutos depois. Provavelmente após confirmar que não havia sido nada.
Depois dos 20 minutos o Grêmio melhorou um pouco e aos 27:30 perdeu a primeira boa chance de gol. Kleber e Barcos não conseguiram completar para as redes.
Aos 39 minutos uma entrada maldosa fez o tornozelo do Pará quase trocar de lado. Espera-se que o fabuloso Paulo Schimitt tenha visto esta. O juiz nem falta deu.
O Santos achou o travessão do Dida aos 41 minutos e no rebote a bola foi chutada para fora. Aos 43 minutos uma chegada assassina no Alex Telles. Nesta o juiz marcou falta mas ficou com preguiça de mostrar o cartão.
E terminou o primeiro tempo. Se foi a derrota contra o Atlético que desanimou o time, se foi o frio ou a pequena torcida presente, não sei. O que sei é que o ritmo do jogo foi de amistoso. E daqueles bem ruinzinhos.

Segundo tempo: 1 x 1
Como sempre o Grêmio voltou para o segundo tempo com o mesmo time. Irritantemente com o mesmo time.
O Grêmio de três volantes pelo menos dava a impressão de ter vontade de ganhar com os balões que iam para o ataque. O Grêmio do cadenciado Zé Roberto parece sempre feliz com o resultado, qualquer que seja.
Aos 5 minutos, depois de um bom ataque do tricolor o Santos quase marcou no contra-ataque. Bressan salvou. Aos 8 minutos duas boas chances. Na primeira a bola passou por toda a pequena área sem ninguém tocar. Na continuidade do lance, Zé Roberto, da entrada da área e de frente para o gol, mandou a bola em Gravataí. Se o Daniel Matador fosse bom mesmo, teria feito no rebote.
O jogo ficou mais aberto e o Santos levava perigo.
Aos 17 minutos Renato tirou Bressan e mandou Elano para o jogo. O time do inominável estava em campo. E Elano, um minuto depois sofreu uma falta no risco da área. Frontal ao gol. E Elano, ridiculamente, mandou na barreira.
Aos 24 minutos, Zé Roberto mandou mais uma bola para Gravataí. De castigo saiu logo depois para a entrada de Vargas.
E Vargas, na primeira bola, driblou meio time do Santos e rolou para Elano. Que deu uma bomba inapelável. Golaço. Eram 28 minutos.
Um minuto depois, Kleber quase fez o segundo.
O gol foi resultado de duas coisas: da maior vontade e pressão do Grêmio no segundo tempo, e das entradas de Elano e Vargas que mudaram o time, dando-lhe muito mais qualidade na frente.
Com o gol o jogo ficou ainda mais aberto. A torcida dava novo ânimo ao time.
Aos 38 minutos Barcos quase fez o segundo em cruzada do Pará.
Aos 40 minutos, quando o Grêmio estava mais perto do segundo, William José chutou de fora da área e Victor reencarnou em Dida. Bola no canto e gol. Goleiro abobado este. Entregou o jogo o desgraçado.
.....
Primeiro tempo muito ruim.
Segundo tempo de mais esforço e de bom futebol depois da entrada de Elano e Vargas. Mas, mais uma vez, uma falha individual grotesca, agora do Dida, jogou no lixo dois pontos. Ele até encolheu os bracinhos para a bola entrar melhor.
Assim, não há matemática que ajude.
_____

Como jogaram

Dida: Viu a bola beijar o travessão no primeiro tempo. E uma falha grotesca no gol do Santos. Ex-jogador.
Gabriel: Um belo primeiro jogo. Está crescendo.
Rhodolfo: Bem atrás e um gol perdido no primeiro tempo.
Bressan: Bem na defesa. 
Alex Telles: Não tem a mesma energia e o brilho de alguns jogos atrás.
Pará: Foi Pará, nas virtudes e nos defeitos.
Souza: Voltou bem.
Riveros: Discreto, mas é um gigante no desarme.
Zé Roberto: Não serve para fazer a ligação. Segura muito a bola. Só serve como opção para quando tem de segurar a bola.
Kleber: O de sempre.
Barcos: Não sabe direito qual é a sua posição.
.....

Elano (Bressan): Um golaço.
Zé Roberto (Vargas): Entrou muito bem.
Yuri Mamute (Barcos): Sem tempo.

Renato Portaluppi: Demorou para mudar o time. Levou o castigo merecido.
_____
Arbitragem: Pericles Bassols Cortez (Fifa/RJ), auxiliado por Marrubson Melo Freitas (DF) e Ivan Carlos Bohn (PR) - Inverteu algumas faltas. Mas não teve culpa no empate.

17 de setembro de 2013

Daniel Matador: Matemágica

 Atualizado com um vídeo do Grêmio
“À memória dos sete grandes geômetras cristãos ou agnósticos: Descartes, Pascal, Newton, Leibnitz, Euler, Lagrange, Comte (Allah se compadeça desses infiéis), e à memória do inesquecível matemático, astrônomo e filósofo muçulmano, Buchafar Mohamed Abenmusa Al Kharismi, (Allah o tenha em sua glória!), e também a todos os que estudam, ensinam ou admiram a prodigiosa ciência das grandezas, das formas, dos números, das medidas, das funções, dos movimentos e das forças, eu, el-hadj xerife Ali Iezid Izz-Edim ibn Salim Hank Malba Tahan (crente de Allah e de seu santo profeta Maomé), dedico esta desvaliosa página de lenda e fantasia.
De Bagdá, 19 da Lua de Ramadã de 1321.”

Introdução escrita por Malba Tahan em sua imortal obra, “O Homem que Calculava”.



Caros

O último post da Pitica incitou-me sobremaneira a tecer algumas linhas. Isto porque versou sobre um tema que muito me apraz: a Matemática. Sempre fui uma negação em Matemática no colégio. Por um ou dois anos, durante o ensino fundamental, passei de ano raspando, tudo culpa dela. Como todo bom gremista, gosto de dificultar as coisas e acabei optando por cursar uma graduação na área de Exatas. Nas Humanas eu estava tranqüilo, Língua Portuguesa e Literatura eram um deleite, História uma gostosa brincadeira. Por que raios então eu inventei de cursar Análise de Sistemas, meu Deus? Até que descobri uma verdade que os não-iniciados desconhecem. A Matemática e a Filosofia andam de mãos dadas. Sempre andaram, sempre andarão. São inseparáveis e se completam. Devaneio? De modo algum. Todos os grandes filósofos da humanidade eram matemáticos. René Descartes, considerado o pai da Filosofia moderna, foi ninguém menos do que o inventor do tão propalado Plano Cartesiano, um dos conceitos fundamentais de duas vertentes matemáticas, a geometria e a álgebra. Blaise Pascal, que inclusive dá nome a uma das mais básicas linguagens de programação e inventou a primeira calculadora mecânica do mundo, escreveu o lendário livro Pensamentos, uma das grandes obras da Filosofia. E temos outros tantos exemplos. A partir daí, a Matemática passou a andar de mãos dadas com as outras ciências e artes que aprecio.

Aqui no Brasil o professor Júlio César de Melo e Souza, mais conhecido pelo heterônimo de Malba Tahan, incorporou vários dos elementos dos matemáticos e filósofos antigos. Suas obras deveriam ser leitura obrigatória em todas as escolas do país, tal a riqueza de conteúdo que englobam. A mais conhecida delas, O Homem que Calculava, faz com que percebamos que a Matemática nada mais é do que uma ciência que explica a vida. E justamente por isso é que inventei de debruçar-me sobre as hipotenusas e guerrear com os cossenos, a fim de mostrar aos leitores do blog que o que ocorre com o futebol é de uma simplicidade maior do que uma regra de três. E que o futebol e a Matemática têm sim tudo a ver, são irmãos siameses e um só existe pela lógica do outro. E justamente por isso que as chances do Grêmio ser campeão brasileiro são muito grandes.

Mesmo aqueles que matavam a aula devem lembrar-se da expressão “a ordem dos fatores não altera o produto”. Ciência sábia e lógica como só ela, a Matemática também ensina que, por vezes, “a ordem dos fatores altera o resultado”. Isto ocorre em virtude da natureza da operação. No futebol, temos algumas situações muito parecidas. Como postei no Twitter no último domingo, após o resultado adverso do tricolor. Se tivéssemos perdido no meio da semana anterior para o Náutico (como alguns aí perderam, ou melhor, tomaram um rodião) e tivéssemos vencido o Galo, estaríamos na mesma em termos de pontuação. Mas o ânimo da torcida seria outro. Um cenário onde a ordem dos fatores não altera o produto (os pontos seriam os mesmos,) mas ao mesmo tempo mudaria tudo. Quase como uma partida de futebol, a qual pode ser decidida tanto no início do jogo quanto no último minuto.

“Ah, Matador, mas a Raposa está com 9 pontos na frente, é impossível buscar”. Balela, puro embuste de quem rodou em Matemática no colégio. Senão vejamos: temos ainda 51 pontos a serem disputados! Eu disse 51 pontos! O qüera que disser ser impossível buscar 9 pontos em uma disputa de 51 claramente tem sérios problemas de pensamento lógico. “Ah, Matador, mas jogando o que estamos jogando, aí não vai dar”. Pô, aí é o óbvio do óbvio, nem precisa de Matemática pra isso. Aliás, nem precisa continuar o campeonato, olhando-se por este lado. Paramos tudo agora e a classificação é essa que está aí. Economizamos tempo e dinheiro.

Uma das maiores provas de que o futebol e a Matemática estão intimamente ligados é justamente o fato de que grande parte do que ocorre no jogo, seja em curto ou longo prazo, reflete uma das clássicas teorias matemáticas existentes, a Teoria do Caos. Uma pequena lesão em um jogador-chave pode agravar-se a ponto de estourar justamente no jogo decisivo, podendo mudar todo o cenário do campeonato. É uma clara comprovação de uma das mais conhecidas bases da Teoria do Caos, o chamado Efeito Borboleta, idealizado pelo matemático Edward Lorenz. Como ela propaga, em sistemas dinâmicos complexos, determinados resultados podem ser instáveis no que diz respeito à evolução temporal como função de seus parâmetros e variáveis. Estou falando grego? É possível, pois na Grécia a humanidade teve um grande berço de filósofos e matemáticos. Nesta situação, teríamos aí vários outros fatores a serem considerados, desde a unha do dedão do pé do Pará, que ele pode deixar de aparar e ser a responsável pelos milímetros de um cruzamento perfeito, até um cisco no olho do Barcos que pode fazer com que ele desvie involuntariamente uma bola para dentro do gol.

Portanto, infiéis, não se desesperem. As propaladas chances de 4% do Grêmio ser campeão são feitas justamente por aqueles alunos manés que devoravam o livro de Matemática para tirar 10 na prova. Não conseguiam ver nada além dos números, quando algarismos são muito mais do que isso. Estes aí não conseguiram atingir o sublime ápice da nobre ciência. Não perceberam que na Matemática, assim como na vida e no futebol, a ordem dos fatores pode alterar o resultado. Basta ser sábio o suficiente para discernir sobre a correta operação a ser executada. E não utilizar os números única e tão somente para jogar dados aleatórios e gerar confusão na mente dos incautos. E que as probabilidades de vitória do tricolor são muito maiores do que as contas furadas que fizeram.

A Matemática está do nosso lado. Uma parábola perfeita descrita pela trajetória da bola poderá findar no ângulo de 90 graus formado pela trave e o travessão. Ou, como os não-iniciados gostam de falar, podemos marcar um golaço no próximo jogo e vencer. Como já ensinava o mestre Malba Tahan, cultivar a ciência pela utilidade prática, imediata, é desvirtuar a alma da própria ciência.

Saudações Imortais