12 de outubro de 2013

Daniel Matador: Bem-vindos ao Rio

Caros

Hoje, 12 de outubro, é Dia da Criança. Uma das tantas datas que tem sido marcada mais pelo consumismo do que por qualquer outra razão. Das bicicletas e bolas de outrora, passando pelos videogames de hoje em dia, muitos pais talvez vejam no gesto de presentear um filho apenas como uma obrigação ocasionada pela data ou uma forma de se livrar de uma chateação. E a geração do consumo também tem feito com que, infelizmente, boas práticas do passado tenham sido relegadas a segundo plano (ou quadragésimo plano, em alguns casos). Um saudável hábito que existia antigamente era presentear as crianças com livros. Algo que seria visto atualmente quase como um disparate. Me recordo que na infância, leitor voraz que sempre fui, gostava muito quando ganhava algum livro da saudosa Série Vaga-Lume. Com histórias voltadas para o público infanto-juvenil, eram livros gostosos de ler e com histórias que prendiam a atenção até mesmo daqueles leitores mirins que ainda não haviam pego o gosto pela leitura. Não tenho dúvida de que vários leitores adultos iniciaram sua prática com esta coleção. Muitos autores chegaram a escrever vários livros para a série, sendo que dentre eles o que eu mais curtia era Marcos Rey. Todo livro de Marcos Rey era garantia de uma boa história. Inclusive está em andamento o projeto para transformar algumas de suas obras em filme. E uma das obras que mais gostei deste autor foi Bem-vindos ao Rio. O título me veio à mente neste Dia das Crianças, obviamente, por conta do Grêmio.
Renato sempre foi conhecido como o Rei do Rio. Certa vez, em uma entrevista para o Jô Soares, que havia perguntado se o Rei do Rio não era Romário, Renato deu uma de suas tiradas clássicas: “Romário pode ser o Rei da Praia. Mas o Rei do Rio sempre fui eu”. Mestre! Neste campeonato brasileiro Renato fez valer sua fama em terras cariocas e prevaleceu sobre todos os times de lá. Nenhum clube carioca se criou em cima do Grêmio neste campeonato, seja na Arena, seja na própria Cidade Maravilhosa. Como no título do romance de Marcos Rey, o Rio sempre tem dado as boas-vindas ao Grêmio.
Hoje temos mais um embate com um forte adversário, o Fluminense. Se não bastasse o confronto por si só, ainda temos pela frente o encontro com o ex-treinador do tricolor, o nada saudoso Pofexô Luxemburgo. Mesmo sem poder contar com Riveros e Vargas, teremos a volta de jogadores importantes que não puderam estar em campo na última partida. Dida foi acometido por lesão e será substituído por Grohe, que tem aqui mais uma chance de mostrar seu valor, assim como o zagueiro Saimon. A provável volta do padrão vencedor é a tônica para hoje. Se alguém ainda não tem esperança alguma neste certame, faça um favo a si mesmo e àqueles que gostam do futebol e do Grêmio: não assista a este jogo. Por perder a esperança é que muitos deixaram de ser criança. Eu estarei assistindo, torcendo e vibrando. Como qualquer guri gremista.

Saudações Imortais