30 de novembro de 2013

Os buracos do Bom Senso Futebol Clube

Em um primeiro momento, o movimento dos jogadores por melhores condições de trabalho soa simpático e a tendência é aplaudir a iniciativa.
No entanto, um olhar um pouco mais atento faz com que as contradições e furos do movimento apareçam gritando diante dos olhos.
Vou elencar apenas os dois que acho mais relevantes.
  • Os jogadores querem menos jogos por ano.
Perfeito. Para tal há três hipóteses: acabar com os campeonatos regionais, diminuir os clubes do Campeonato Brasileiro, voltar a proibir que os clubes que joguem a Libertadores joguem a Copa do Brasil.
Destas três, apenas a primeira é viável. Menos clubes na Série A significa menos jogadores na Série A. Significa, portanto, menos jogadores com salários maiores. Eles estão dispostos a arcar com esta consequência?
Por outro lado, os clubes existem para jogar competições. Restringir a participação em um torneio apenas porque se classificou para outro seria punir os mais competentes, o que é para mim totalmente inaceitável.
Os campeonatos regionais deveriam se restringir aos clubes sem expressão nacional. Poderiam ser mais longos para estes e incluir como prêmio participações nas séries D e na Copa do Brasil.
Qual a solução para isto? Me parece simples: restringir a participação dos jogadores a um número máximo de jogos anuais. Caberia aos clubes administrar de forma inteligente as folgas destes. Portanto, ao invés de menos jogos para os clubes deveriam propor menos jogos para os jogadores. Afinal, salários são pagos muito em cima da entrada de recursos pelas competições.
  • Os jogadores querem que os clubes paguem apenas o que podem gastar
Esta ideia é o óbvia e ululante. Para que aconteça, no entanto, os comandantes do movimento devem conversar com seus empresários e com a Rede Globo.
Os empresários devem ser instruídos para negociar salários compatíveis com o poderio dos clubes, o que significará reduções de até 50 % dos grandes salários, estes que estão acima dos R$ 100 mil mensais e que podem ir até R$ 1 milhão.
O movimento deveria também bater na porta da Rede Globo e dizer que privilegiar dois clubes com receitas maiores que o dobro do que paga para os demais leva a um desequilíbrio completo nas competições com reflexos terríveis na competitividade em um primeiro momento. Mais para a frente levará à espanholização do futebol brasileiro com perda de interesse do torcedor e portanto, perda de dinheiro para todos.
Estarão nossos nobres e interessados craques dispostos a tomar estas atitudes? Como diz o jornalista abobado aquele, "o futuro é quem dirá". Mas eu, você e a torcidas do Fortes e Livres de Muçum e do Botafogo de Três de Maio sabemos a resposta. 

Mas e o Grêmio nesta história toda? 
Na minha opinião, a diretoria deve aproveitar que os nossos "expoentes" estão entre os líderes do movimento para sentar na mesa e renegociar salários, assim como para discutir profissionalismo e comportamento profissional.
Ou este movimento não entendeu que sem clubes fortes não há jogadores milionários ou mesmo jogadores (muito) bem pagos?
Estaríamos numa rua de mão única?

29 de novembro de 2013

Pentelho Arthur Lodi: Tuítes da discórdia 2



28 de novembro de 2013

Encantadores de serpente: ricos sem nem beijar a cobra

Agora sim, chegamos no ponto em que eu queria.
Jayme de Almeida, auxiliar técnico desde sempre do Flamengo, assumiu o time principal quando o "medalhão" Mano Menezes fez muxoxo, arrebitou o nariz e com cara de nojo rejeitou o cargo que ocupava no atual campeão da Copa do Brasil.
Não tenho idéia de quanto Mano ganhava como treinador do Flamengo, mas apostaria em mais de R$ 500 mil mensais. Ou por aí...
Jayme de Almeida, que eu nunca ouvi falar, assumiu o time no desespero da direção e os jogadores com a auto estima abaixo da cola do cachorro após declarações pouco lisongeiras de Mano. Com toda a calma do mundo, o técnico "tampão" começou o seu trabalho. Trabalho, que vamos combinar, era uma incógnita e ninguém levava nenhuma fé.
Sabem qual é o salário de Jayme no Flamengo?
Conto-lhes já: R$ 45 mil mensais. Não, você leu direito. Isso mesmo, R$ 45 mil mensais.

E nem precisam beijar a cobra para ganhar milhões...

E então, voltando ao ponto que eu queria, MAIS uma vez FICA provado que pagar fortunas para técnicos badalados é uma grande bobagem. Existe muita gente competente além da panelinha que se instalou no Brasil e que guarda reserva de mercado. O mesmo vale para os jogadores. O próprio Grêmio já provou isso inúmeras vezes no passado, mas parece que esqueceu o caminho das pedras. É preciso resgatar o elo perdido.
É muito simplista pensar que uma aposta como Jayme pode resolver?
Não sei. Até pode ser...
Mas quando penso nos milhões gastos com estrelas (de)cadentes... Vontade dá é de chorar!!!!
E também tenho certeza de que a conquista do desconhecido técnico carioca fez muita gente boa tremer na base. Ficou escancarado o absurdo que é se pagar salários colossais para encantadores de serpentes. Com esse fato, a tal reserva de mercado sofre um abalo inimaginável!
Agitem-se treineiros e empresários!!!
E por hoje, após a conquista dos rubro-negros no Maracanã com esse técnico e elenco, nada mais tenho a dizer.
Saudações tricolores.

27 de novembro de 2013

Daniel Matador: Mortal

                             “Eu acredito, eu luto até o fim: não há como perder, não há como não vencer.”
                                                                                                       Oleg Taktarov
  
Caros

A data de ontem possui significados especiais. O Imortal Tricolor foi um blog formado justamente nas brumas da segunda divisão, em um tenebroso agosto de 2005, denominando-se na época Blog do Grêmio. E em 26 de novembro de 2005 foi rebatizado com a alcunha que carrega até hoje. Não é necessário dizer o motivo. Qualquer verdadeiro torcedor tricolor o sabe. Inexplicavelmente, ainda há aqueles que desdenham do feito ou negam-se a comemorá-lo por considerar algo menor na história de glórias do Grêmio. É óbvio que não comemoramos nesta data a conquista do título brasileiro da Série B. Se tivéssemos goleado o Náutico por 10 a 0 naquele dia, hoje nem daríamos bola. Quem viveu aquela tarde de novembro de 2005 até hoje arrepia-se ao lembrar. Nunca na história do futebol mundial houve uma partida como aquela. Séculos passarão e jamais haverá outra igual.

Andershow: aqui é Grêmio.

Quatro jogadores expulsos. Só seis na linha e um no gol. A meia hora que transcorreu entre o apito do juiz assinalando o injusto e inexistente pênalti e a cobrança do mesmo durou uma eternidade. Não vi a bola sendo batida por um apavorado jogador do Náutico. Não vi Galatto defendendo com a canela. Na hora, zerei o volume da televisão, sentei no sofá, fechei os olhos e segundos depois só ouvi gritos oriundos de todos os lugares. Sem saber o real motivo, aos poucos ergui a cabeça e vi a comemoração dos poucos jogadores com o manto tricolor na pequena área. Juntei-me solitariamente à comemoração.

Mas havia alguns minutos pela frente. Daí por diante, o surreal tomou conta. Andershow faz a clássica escapada pela esquerda, sendo derrubado pelo zagueiro. “Tá expulso o Batata!”, clássica frase que até hoje ecoa. E a malandra cobrança rápida, com os defensores não acreditando no que estava acontecendo. Sim, até hoje tenho certeza que os zagueiros ainda não acreditavam no que viam: um dos seis loucos remanescentes da linha entrava a dribles na área. E tocava na saída do goleiro. E saía correndo para encarar uma multidão de milhares, batendo no peito como quem diz “AQUI É GRÊMIO, AQUI É GRÊMIO!!!”.

Que ninguém venha me dizer para não comemorar a data de hoje. Naquele dia, o Grêmio não apenas mostrou ao mundo que era imortal. Também mostrou ao mundo que era mortífero. Que era mortal.

Saudações Imortais

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Terça-feira, Novembro 26, 2013

Ponte Preta homenageará a Batalha dos Aflitos

Náutico e Ponte Preta se enfrentarão no próximo dia 26 no Moisés Lucarelli, fechando seus compromissos na Série B 2011. Ambos já tendo garantido o acesso, farão apenas um jogo de comadres. Pensando em carregar a partida de simbologia, o presidente da Associação Atlética Ponte Preta, Sérgio Carnielli, prestará homenagens ao aniversário de 6 anos da inesquecível Batalha dos Aflitos. Sendo assim, entrará em campo contra o Náutico contando apenas de 7 jogadores em campo: uma bela iniciativa. A famigerada Batalha dos Aflitos trata-se da conhecida partida disputada entre o Náutico e o Grêmio, no dia 26 de novembro de 2005, no Estádio dos Aflitos. A partida de teor dramático, considerado um clássico da segunda divisão, decidia aquela Série B. E eis que uma tragédia grega se anunciou aos torcedores do time vermelho e branco. O Grêmio precisava empatar. Acabou por contar com a falta de talento e hombridade do time pernambucano, que perdeu dois pênaltis e ainda levou um gol no final. A torcida gaúcha fez uma super festa no estádio, afinal, enquanto o rival Internacional era apenas vice no Campeonato Brasileiro, o Grêmio era campeão. Da segundona, mas era campeão… Neste mesmo ano, o Santa Cruz entrou para o livro dos recordes com a volta olímpica mais rápida da história, durando apenas 12 minutos.

26 de novembro de 2013

Koff: "O Grêmio tem um limite orçamentário"

Hoje pela manhã, o presidente Fábio André Koff concedeu entrevista à Rádio Guaíba onde abordou assuntos importantes para o clube. A seguir, reproduzo os principais pontos de sua fala:

Salários 

 "O Grêmio tem um limite orçamentário e os gastos estão na dependência da aprovação do exercício financeiro de 2014. A tendência é reduzirmos salários porque precisamos trabalhar dentro da realidade financeira do clube."

Futebol

"O futebol terá um orçamento mais realístico. Ao final do campeonato, teremos um novo projeto para o futebol. Sequer pensamos no Grêmio fora da Libertadores da América. Após a assinatura do contrato, haverão campanhas de marketing dirigidas à torcida gremista".

Renato

"Em princípio, Renato é o treinador do Grêmio. Tudo é uma questão de ajuste na negociação."

Contrato

"No dia 4 de dezembro, estaremos levando a matéria do novo contrato ao Conselho Deliberativo  para estabelecer um limite na negociação com a OAS. A assinatura depende da aprovação do Conselho. Este ano as coisas foram lentas. Minha dedicação à renegociação do contrato foi quase total. O pessoal do futebol tem trabalhado com muita responsabilidade. Se formos à Libertadores, assinado o contrato, me dedicarei mais ao futebol."

Vendas de jogadores

"Tenho recebido contatos de interessados em negociar jogadores. Poderá haver sim alguma negociação."
(As notícias são de que o time da Roma estaria interessada no jogador Bressan (70% do passe pertence ao Grêmio) e que ofereceria quatro milhões de euros.)

Política

"Não fui convidado pelo Novelletto para fazer parte de chapa nenhuma. Não me envolvo em política. Estou totalmente isolado."

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Algo me diz, talvez o bom senso, qua a fase dos salários nababescos de jogadores e treinadores estão com os dias contados no Brasil. Essa situação não se sustenta. Já escrevi sobre isso aqui algumas vezes. Essa gastança desenfreada poderá tornar, logo ali, o futebol inviável no Brasil. Os clubes estão acumulando dívidas e ficando financeiramente estrangulados. Isso terá de mudar, pelo bem do futebol. Já dá para observar movimentos nesta direção. O Palmeiras propõe diminuir o salário de seu treinador, por exemplo. O presidente do Grêmio, Fábio Koff, com a entrevista que lemos acima, indica que adaptará cada vez mais o dia a dia do clube a sua realidade financeira. 

25 de novembro de 2013

Abel e os 600 beijos de amor mensais

Em meio a tanta choradeira fui ver a tabela do Dilmão. E descobri o seguinte:

  1. Só tem um time que ganhou mais do que o Grêmio - o Cruzeiro
  2. Só tem um time que perdeu menos do que o Grêmio - o Cruzeiro
O corneteiro vai dizer: por isto que o Cruzeiro é campeão. Mas se for honesto terá que dizer que a campanha do tricolor está muito longe de justificar tanto mimimi.
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Revoltante, degradante e merecedora de repúdio público a coluna de hoje daquele senhor que não soube envelhecer com dignidade.
Em meio ao empate frustrante do Grêmio, em que o queridinho dele mais uma vez foi inoperante, triturar o Yuri Mamute que jogou os últimos 5 minutos é desumano, calhorda e digno de um cafajeste.
Aliás, este menino está no Grêmio desde os 10 anos e é apontado como uma grande promessa. Participou de todas as seleções de base e foi lançado aos 16 anos. Hoje tem 18. Se bem lembrarem, o podre era criticado quando lançado aos 18 anos por não conseguir deslanchar. A mudança de categoria no futebol não é simples e apenas alguns poucos conseguem jogar com naturalidade logo que lançados. 
Amanhã vai embora vítima da intolerância da torcida. Se brilhar, e tem tudo para isto, em outro time haverá as madalenas arrependidas. Mas aí vai ser tarde.
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Por falar em intolerância, o tom de muitos comentários me dá uma vontade enorme de desistir do blog, ou pelo menos de desabilitar os comentários.
Impressionante como tem gente que se esconde atrás do anonimato para despejar suas frustrações nos jogadores, direção e blogueiros.
Concordar ou discordar do que se escreve é um direito de todos.
Comentar mostrando a discordância é saudável e dá vida ao blog.
Agredir gratuitamente quem tem idéias ou visões discordantes é falta de educação e de respeito.
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Grêmio joga em casa com Goiás e fora com a Portuguesa.
Petralha joga fora com o Santos e em casa com o Vasco
Goiás joga fora com o Grêmio e em casa com o Santos.
Botafogo joga fora com o Coritiba e em casa com Criciúma.
Vitória joga em casa com o Flamengo e fora com o Atlético mineiro.

Não tem moleza para ninguém. O Grêmio talvez enfrente a dupla mais difícil, mas tem a vantagem de pegar em casa um concorrente direto. Talvez tenha a sorte de jogar com a Portuguesa já livre do rebaixamento.
O Petralha poderá jogar de sangue doce se ganhar do Flamengo (torço para isto) ou arrasado contra o Santos.
Botafogo pega o Coritiba fora e Criciúma em ascensão em casa.
O que vocês apostam que dá?

O Grêmio ganhando do Goiás praticamente garante pelo menos o terceiro lugar. E quase com certeza acaba em segundo. 
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E Abel foi contratado pelo timinho. Foi sim. Ele virá por 600 beijos apaixonados por mês. Daqui há exatamente duas semanas, a grande imprensa vai noticiar. Mas vocês já estão sabendo.

24 de novembro de 2013

Faltou competência ao ataque: surpresa?

Ponte Preta 1 x 1 Grêmio 

Pré jogo

Jogo encardido. Como todos tem sido. Independente do estrangeiro que o Renato deixar de fora só há uma maneira de não haver corneta no final do jogo: uma vitória. Fora isto, seguirá forte a campanha para derrubar o técnico tricolor.

Eu não queria estar na pelo do Renato, mas se fosse eu, deixaria o Riveros de fora. Mas é uma escolha difícil.

Primeiro tempo: 1 x 0


O jogo começou com o gramado muito encharcado que não deixava a bola rolar. E Riveros foi quem sobrou. Maxi sobrou no banco. Zé Roberto no time titular.

Os primeiros minutos foram de adaptação ao campo, e a primeira boa jogada foi aos 8 minutos quando Ramiro bateu forte de fora da área por cima do gol.
Aos 14 minutos uma grande jogada de Alex Telles quase gol de Kleber. O goleiro fez grande defesa. Na cobrança, Vargas bateu ridiculamente para trás e deu contra-ataque. Escanteio para o Grêmio: gol da Ponte. Piada.
Aos 21 minutos quase o segundo da Ponte.
Vargas estourou a trave aos 25 minutos.
O time mostrava certo desânimo mas aos 33 quase empatou numa confusão dentro da área.
Aos 39 minutos Zé Roberto deu um presentaço para o Barcos que isolou como se fosse um zagueiro. Mais um gol perdido.
Aos 42 minutos Barcos fez uma boa jogada e cruzou para trás. Ninguém aproveitou.

O Grêmio teve 4 chances e, por incompetência, não fez. Ponte teve uma e marcou. Não há injustiça no futebol. 



Segundo tempo: 0 x 1

Como sempre, o Grêmio voltou do intervalo com o mesmo time.
Aos 5 minutos Vargas na cara do gol, ao invés de chutar tentou mais um passe. Errado como uase todos que fez no jogo.
Aos 7 minutos Bressan salvou o segundo.
Aos 9 minutos Zé Roberto fez bela cruzada, Vargas cabeceou para o meio, a bola bateu num zagueiro e entrou.
O Grêmio jogava bem mas não conseguia completar as jogadas de ataque. Kleber errava todas as bolas enquanto Vargas melhorou de rendimento após o gol.
Maxi Rodriguez entrou aos 22 minutos no lugar de Kleber. Mas o time continuou embolando o jogo pelo meio. Não era feita uma jogada pelas pontas. E começou um festival de passes errados no ataque.
Aos 30 minutos Bressan subiu para o ataque, deu um passe para Barcos que ajeitou para Maxi que chutou para defesa do goleiro.
Aos 37 o Grêmio escapou do segundo gol. Aos 38 minutos Elano quase fez. 
Aos 48 minutos Bressan cabeceou no ângulo mas o goleiro fez uma defesa sensacional.
E foi isto.

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Está certo que o gramado estava muito ruim e isto prejudicou o time com mais qualidade. Mas era jogo para três pontos. Houve um ataque da Ponte e saiu um gol. O Grêmio perdeu 4 chances no primeiro tempo e mais umas 4 ou 5 no segundo. Não fez. Incompetência dos atacantes. Merecido portanto o empate.
Agora o Grêmio está em terceiro. Terá que ganhar as duas últimas necessariamente. Conseguirá?

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Como jogaram

Dida: Não teve culpa no gol. E não teve mais nenhum trabalho.
Pará: Um bom primeiro tempo. Não apareceu no segundo tempo.
Bressan: Firme na defesa.
Rhodolfo: Bem atrás. O melhor do time.
Alex Telles: Melhor que nos jogos anteriores.
Souza: Bem defensivamente.
Ramiro: Bem.
Zé Roberto: Algumas boas jogadas. Melhor do que nos jogos anteriores.
Vargas: Errou muitos passes no primeiro tempo e bateu muito mal o escanteio que resultou em gol da Ponte. Depois do gol melhorou muito. Um dos melhores do segundo tempo.
Kleber: Um primeiro tempo razoável. Um segundo tempo muito ruim.
Barcos: Errou um gol feito no primeiro tempo. Normal. Algumas boas jogadas mas está devendo muito.
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Maxi Rodriguez (Kleber): entrou mal. Atrapalhado.
Elano (Zé Roberto): Pareceu entrar sem vontade, mas deu alguns bons chutes.
Yuri Mamute (Barcos): Pouco tempo.

Renato: Escolheu o estrangeiro correto para ficar fora. Mudou quando devia ter mudado. Foi traído pela incompetência dos atacantes.
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ArbitragemDewson Freitas da Silva, com Lucio Ipojucan e Hélcio Neves (Trio paraense) - alguns erros comuns, mas nada de mais sério.

23 de novembro de 2013

Daniel Matador: Matando sem compaixão


Caros

Alguém lembra-se do confronto entre Grêmio e Ponte Preta pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro, ocorrido na Arena? Naquela ocasião, o tricolor venceu a macaca e assumiu a vice-liderança do campeonato, posição que coincidentemente continua ocupando no momento. Na época, a torcida estava eufórica por haver alcançado o segundo lugar. Hoje parte dela acha muito ruim permanecer ali. O doente que imaginar ser melhor ficar na vice-liderança ao invés de erguer a taça de campeão deveria estar internado. Junto com aquele que acha que, não havendo chances de ser campeão, então o melhor é amargar um lugar na segunda página da classificação. Pois esta mesma Ponte Preta encontra-se na situação em que boa parte da torcida parece querer para o time do Grêmio. Lutando contra o rebaixamento, mas com chances (eu disse CHANCES) de levantar uma taça. Por uma incrível coincidência, os mesmos que gostariam de vislumbrar esta situação para o tricolor seriam o pessoal da beira do lago e grande parte da ivi. Aí está um tema para reflexão.

Esta situação paradoxal acabou transformando o jogo deste domingo em uma batalha inglória. Logicamente que a Ponte Preta é uma equipe que ganhou a simpatia da maior parte do país ao vencer de virada o São Paulo pela Sul Americana durante a semana. Também luta contra o rebaixamento com outros times de mesma envergadura, como Bahia, Criciúma e um outro aí. Em outra situação, talvez até caberia ficar triste na eventualidade de uma derrota em Campinas, mas ao mesmo tempo contente ao saber que isto colocaria estas outras equipes menores em dificuldades na luta contra o rebaixamento. Só que o Grêmio tem objetivos maiúsculos neste campeonato. Mesmo não podendo mais ser campeão, o vice-campeonato garante a possibilidade de um 2014 com grandes objetivos. A Taça Libertadores, principalmente quando jogada diretamente na fase de grupos, proporcionando tempo de preparação com a pré-temporada, é o filé que todo grande clube almeja.

Portanto, por mais que saibamos que um resultado adverso também atrapalharia a vida dos róseos, cabe ao tricolor fazer a sua parte. Mesmo que a Ponte Preta jogue com desfalques, alguns por lesão (o goleiro Roberto) e outros sendo preservados para o torneio paralelo em que está envolvida, o Grêmio não tem nada a ver com isso. Ainda que uma vitória da macaca possa dar-lhe esperança de não ser rebaixada e confiança para o jogo de volta contra o São Paulo, não cabe a nós fazermos caridade. Assim como no faroeste estrelado pelo mestre Gregory Peck e que dá título a este post, o Grêmio deve jogar por si, matando sem compaixão. A vitória gaúcha significará o rebaixamento do clube de Campinas, que coincidentemente é o adversário da última rodada contra os róseos. Paciência, é da vida. O ano de 2014 precisa ser pensado com base no que será disputado. E para isso temos de vencer. E deixar os outros clubes com suas preocupações.

Estive na Arena no último domingo, no jogo contra o Flamengo. Ali pude constatar o que o blog já falava há tempos: Maxi Rodriguez é craque de bola. Nem vou citar aqui a paixão desenfreada da Pitica por ele, o que certamente nublou sua visão da real capacidade do garoto, sem contudo deixar de fazer jus a seu talento. Apenas sendo craque para fazer o tipo de jogada que Maxi fez no primeiro gol, olhando ao redor antes de driblar dois defensores adversários e mandar para as redes. Somente craques conseguem dar um drible de letra e chutar de pé trocado, entortando o zagueiro e colocando a bola no ângulo, sem chances para o goleiro. Pude comprovar que duas características ainda realmente necessitam ser desenvolvidas por ele: a marcação (e aqui não falo de marcar como volante, mas sim cercar o adversário e saber o que fazer quando não está com a bola) e o preparo físico. Mesmo jogando menos de 45 minutos, notava-se que antes do final do jogo ele já estava exausto. Nada que uma boa pré-temporada e treinamentos táticos não resolvam. Porque fazer um craque jogar não é tão difícil. Complicado é jogar com cabeças de bagre.

Saudações Imortais


P. S.: como já deve ser de conhecimento de todos que acompanham o Twitter e os sites de notícias, o pentelho Arthur Lodi foi o destaque esportivo dos últimos dias com seu vlog "Tuítes da Discórdia". Assumindo sua condição de vanguarda, o Imortal Tricolor orgulha-se de ter o precoce talento em seu plantel. Não só ele, mas todos os talentos que fazem do blog o sucesso que é. Contando também com as abobrinhas da Pitica, os vídeos dos Agostini, o papo furado do Hernandez, o moleque Nicolas, o capitão Minuzzi, o criativo Duda Tajes, o sempre presente Arigatô e principalmente o Seu Algoz e sua delicadeza paquidérmica, sempre procuramos trazer o melhor conteúdo sobre o Grêmio para a grande torcida azul, preta e branca. Algo que toda a equipe sempre fez e faz com paixão e gremismo. E muitas outras coisas estão por vir. DÁ-LHE GRÊMIO!

22 de novembro de 2013

E a grande mídia descobriu a roda...

Talentoso Máxi Rodriguez (Luiz Munhoz/FatoPres /Folhapress)

Engraçado assistir a grande mídia descobrindo Máxi Rodriguez com pelo menos quatro meses de atraso. Ainda nos tempos do Pofexô eu pedia a escalação do gajo. Lembro muito bem que no seu primeiro jogo, ele deu um passe espetacular para alguém fazer o gol e eu escrevi nos comentários que estava "apaixonada". Enquanto todos os salários polpudos (?) da imprensa gaúcha pressionavam Renato por e Elano, eu aqui pressionava pelo gringo de belos olhos verdes.
Mas fazer o quê? Se o técnico lesse meus posts, talvez a ficha tivesse caído mais cedo.
A verdade é que, finalmente a grande mídia descobriu a roda...

Mas falando sério, eu também escrevi aqui antes da "descoberta" de Máxi pelos "grandes", que o guri estava sendo preparado para ter seu auge físico e técnico no ano que vem.
Ele não teve trabalho de base e nem musculação fazia no seu modesto time no Uruguai. Portanto, quando chegou não estava no patamar físico dos demais atletas para enfrentar o disputado e exigente futebol brasileiro. Entendo o cuidado da comissão técnica, fisiologistas e preparadores físicos do Grêmio. Seria uma temeridade colocá-lo como titular durante os noventa minutos.
Se fosse mal, a torcida faria o mesmo que faz com os irmãos Biteco, Mamute, Lucas Coelho, etc.

Máxi é uma jóia rara sendo lapidada e muitas alegrias ainda nos dará. Vamos ter um pouco de paciência.
É jogador para ficar anos no Grêmio e não para ser vendido diante da primeira proposta européia.
O ideal é escalá-lo no decorrer dos jogos e por uns trinta minutos. Por ora, esse tempo já é suficiente para Máxi mostrar o seu valor e destruir o adversário.
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Renato

 Renato tem um jeito próprio de ser que gera polêmicas.

A torcida gremista está bem dividida quanto à permanência de Renato no comando técnico do time em 2014. É uma discussão acalorada e apaixonada.
Pois eu vou dizer uma coisa, TODOS os técnicos de futebol têm seus defeitos. Sempre o que está longe é o melhor, o talentoso, o milagreiro, etc. Até mesmo o Felipão , se viesse para treinar o Grêmio, sofreria contestação por ser teimoso, cabeça dura, mal-humorado, etc. por setores da torcida.
Todos os que passaram pelo Grêmio já foram contestados. Não esqueçamos do hoje endeusado Tite e suas "ovelhinhas".

Renato tem seus defeitos, mas também tem suas qualidades. Ele sempre foi assim meio fanfarrão e debochado. Acho até que deu uma melhorada. Mas pelo trabalho que mostrou nesses meses colocando o Grêmio em segundo lugar no Campeonato Brasileiro, penso que merece uma chance de continuidade.Trabalhos sólidos precisam de continuidade para dar resultados positivos.
Mas um dos seus piores defeitos é pensar que é malandro e ficar dando corda para os i$ento$ nas entrevistas. Esses, por sua vez,  são mestres em transformar suas palavras em labaredas. Sugiro ao Renato que seja o mais burocrático possível e responda somente o básico, sem tentar provocações. Não adianta nada tentar replicar. Assim, eles não terão combustível para criar crises e jogá-lo contra a própria torcida. Isso evitaria um desgaste grande e desnecessário.
Quanto a sua renovação para 2014, penso que os homens da direção que frequentam o vestiário e sabem o que lá acontece, são as pessoas mais indicadas para avaliar se vale a pena mantê-lo ou não.

20 de novembro de 2013

Pentelho Arthur Lodi: Tuítes da discórdia



Invictos e caras de pau

Preâmbulo

RP: - Não é só vitória que passa o Grêmio, não. A gente pode ganhar nos pênaltis também.
lhb: - Mas aí vai matar o pessoal do coração.
RP: - Bom, você que é colorado, então, imagina. Não adianta ficar secando não.
lhb: - Mas aí baixou o nível, né? Você é melhor do que isso.
RP: - Não, não baixei o nível, não. Você está querendo escalar o meu time. Por favor, leva na brincadeira.

[Renato Portaluppi e lhb, no episódio que ficou conhecido como "Mata tu que é colorado", 20/10/2013]
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Os invictos

Um tempo atrás, o técnico argentino César Luís Menotti alcunhou muito apropriadamente os comentaristas esportivos como "los invictos". Óbvio e genial. Genial: eles nunca perdem. Sempre têm razão nas suas explicações de porque tal time perdeu um jogo ou um campeonato. Óbvio: sempre é porque os técnicos não seguem as suas orientações de notável saber futebolístico. Eles são invictos eternos.

O técnico do Grêmio tem sido bombardeado intensamente nos últimos trinta dias, por ataques vindos de setores bem definidos da imprensa, notadamente de um certo grupo jornalístico. Muitos torcedores não se apercebem dos motivos por trás disso. Como se sabe, a imprensa gaúcha é, normalmente, tendenciosa para o lado róseo. Isso é fruto de trabalho feito, principalmente, nas noites das segundas-feiras. A blindagem tornou-se mais intensa com o descarregar de verbas publicitárias Phipha que tornam tudo maravilhoso no lado do aterro. Mas o episódio "Mata tu que é colorado" abriu bateria extra de ataques ao nosso técnico. Ele será criticado, faça o que fizer. Episódios recentes escancaram isso. A "campanha pró Zé Roberto" foi um capítulo marcante. Porém, ela também ajuda a mostrar que os invictos são tremendos caras-de-pau, que jogam com a falta de memória da torcida. Vamos a um exemplo.
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A histeria

No início de novembro, os ataques contra Renato tinham como mote uma campanha para Zé Roberto entrar no time. Inflamada pelos invictos, a torcida gremista esqueceu as atuações fracas que tiraram o jogador do time, quando lutávamos quem sabe por uma vaga à Sul Americana, e entrou em transe. Uma histeria coletiva sequestrou o senso crítico de boa parte dos torcedores. Chegamos ao auge quando uma Arena quase lotada explodiu em ovação no jogo contra o Atlético-PR, ao ser anunciado como titular o nome Zé Roberto nos alto-falantes. Era como se estivesse sendo anunciado o regresso de Renato Portaluppi para atuar no ataque tricolor, após passagem pela Roma.

Nas páginas do jornal ZH do dia 05/11, uma matéria tinha como título "Eu, Renato". A pauta: "Consultados por Zero Hora, gremistas ilustres, ex-jogadores e cronistas escalaram o time ideal para encarar o Atlético-PR amanhã, na Arena." Assinantes podem ver a matéria aqui.

O nome de Zé Roberto estava em 10 das 11 opiniões. Dois invictos estimulavam a histeria: Diogo Olivier e David Coimbra. Vejam abaixo.



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Os invictos caras-de-pau

Poucos dias depois, vejam as matérias publicadas pelos dois jornalistas no mesmo diário. Em 19/11, a pauta para atingir Renato mudou de nome: Máxi Rodriguez, o craque uruguaio que está sendo preparado para fazer história no Grêmio. Sob o título "Ó abre alas..." colunistas são demandados a encontrar um lugar no time para ele (assinantes podem ver a matéria aqui). Diogo Olivier propõe até tirar Zé Roberto do time.




No Clic RBS de hoje, David Coimbra diz que "Zé Roberto não pode ser titular". (Leiam aqui)


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Conclusão

A torcida gremista precisa estar atenta a estes movimentos. Os invictos estão mostrando uma face excessivamente cara-de-pau. Ousada até. Contam que a enxurrada de informações faça as suas contradições passarem em branco. Por nós, não passam.

19 de novembro de 2013

Marcos Agostini: A verdade sobre o vestiário colorido



Não deixe de ler abaixo o post do Josué. Vale a pena.

Um gremista do outro lado do mundo

* Texto do gremista e leitor do blog, Josué Santos

Josué (esquerda), um gremista no Japão.

"Já perdi as contas do tempo que eu acompanho este blog, mas acho que a maioria dos leitores já me conhece dos comentários (onde assino com o pseudônimo @joshcharrua – e não, não é uma homenagem ao grande Maxi Rodríguez) ou pelo meu nome, Josué Antonio, que é como costumava assinar até certo tempo atrás.
Em resposta ao pedido da Pitica, vou escrever um pouco sobre como é ser um gremista no Japão, aqui do outro lado do mundo. Aproveitando que dia 19 é meu aniversário (27 anos, espero que antes dos 30 consiga ver o Grêmio levantar o Tri da Libertadores), acho oportuno escrever agora.

Primeiramente, ao contrário de muitos brasileiros que vivem aqui, eu não tenho nada de japonês no sangue. Sou natural da fronteira-sul, lá de Rio Grande, filho de mãe gremista e pai vascaíno (radicado no Rio). E apesar de desde pequeno ter carinho pelo Grêmio e, como muitos da minha geração, ter nos títulos de 95 e 96 o ápice do gremismo, só a partir de 2000 que comecei a viver em Porto Alegre e pude estar presente em alguns jogos do Grêmio acompanhado pelo meu irmão mais velho, este na época muito mais fanático do que eu. É gratificante ter vivido o Olímpico e doloroso saber que quando regressar ao Brasil ele não estará mais lá.

Em meio aos amigos e à cultura japonesa.


Vim para cá em outubro de 2012, após ter conseguido uma bolsa de estudos do Governo do Japão. É a minha segunda vez aqui, país onde fiz intercâmbio entre setembro de 2007 e agosto de 2008. Conheci uma japonesa nesta época e hoje estamos casados e pais de um pequeno gremista, Enzo. Um dos grandes motivos de ter retornado ao Japão é justamente a sensação de segurança que o país oferece e foi pensando nisso e na educação dele que decidimos ficar por aqui um pouco mais. Concluí o curso de especialização na área de Tradução no mês de setembro e, no momento, estou indeciso se entro em um doutorado ou se foco em procurar emprego, que é o mais provável já que começaram a pintar algumas coisas nessa direção.

O Japão é o país mais organizado que eu conheço. O contraste com o caos que algumas coisas são no Brasil chega a ser chocante, uma vez que tu estás acostumado com um ou com outro. Claro que para o estilo de vida de muitos brasileiros, tanta organização assim não é tão boa, pois acaba sendo um pouco restringente. Agora, os benefícios que vêm disso são recompensantes e vale a pena a distância por inúmeras razões. Essa mesma organização dá para ser vista no futebol: aqui as escolas todas têm turno mais longo que as nossas e, acabadas as aulas, são muitas as atividades de recreação que um aluno pode participar. Os "clubes" de esportes, cultura e lazer são levados a sério e, por exemplo, o campeonato escolar de futebol aqui é transmitido em rede nacional, com patrocínio de Adidas, Panasonic e outras grandes marcas. A liga de futebol profissional é muito mais doméstica do que internacional e isso vem se refletindo com o aumento de jogadores japoneses sendo exportados para a Europa. Agora, o nível é muito abaixo da Série A do Brasil e das grandes ligas européias. Futebol ainda é muito novo no Japão e fica atrás em popularidade do baseball, basquete e vôlei, entre outros esportes menos populares ainda no Brasil.

Um filho imortal tricolor.

Torcer de longe não é nada fácil; toda vez que vejo a Arena e penso que ainda não estive lá me dá uma baita vontade de voltar. Acho que o Grêmio, os amigos e a gastronomia é do que mais sinto falta do Rio Grande do Sul. Mas espero voltar para comemorar um título em breve. Torcer daqui é uma tarefa horrivelmente solitária: o único amigo na mesma cidade que eu consegui convencer a acompanhar alguns jogos do Grêmio comigo é argentino, torcedor do Rosario Central. Todos os outros gremistas que eu conheço estão em outras cidades.
Enfim, mas em um geral ainda que mais solitária, a minha rotina em dias de jogos ainda é a mesma; se estou ocupado durante o dia e o jogo é importante, já perco totalmente a concentração em outras coisas. Fico checando o blog, os comentários, as notícias, busco saber tudo que acontece no Grêmio. E chega na hora do jogo, eu já estou devidamente fardado, com meu celular (se estou na rua) sincronizado em alguma rádio ou video streaming ou em casa, com bandeira pendurada na parede vibrando e sofrendo em cada lance. Se as coisas não vão bem, meu mau humor dura a semana inteira. Isso é uma coisa bem ruim também de se estar no Japão: todos os jogos acontecem em um horário bem louco (4h da manhã, 7h da manhã ou 10h da manhã) e se o time vai mal, lá se vai o meu dia também!

Confesso que para alguns jogos do Brasileirão eu não consigo acordar, mas busco ver os melhores lances tão logo estou de pé. Não adianta, a torcida tricolor gosta mesmo é de copas. Esse ano, mais até que na Libertadores quando eu senti que as coisas não iam dar certo quando o Luxemburgo começou a cometer erro atrás de erro, eu estava realmente pilhado para a Copa do Brasil. Acreditei como há muito não acreditava, visto que estávamos na semi-final contra três adversários que não colocavam medo em ninguém. Com a Arena empurrando e um resultado não determinante no primeiro jogo, achei que essa Copa seria nossa. Não deu. Fiquei extremamente chateado como todos nós ficamos, mas como o Daniel bem disse: vaga vale muito. Esse ano não entramos para comemorar vagas, montamos um time e entramos com o ânimo de levantar canecos, como há muito tempo não se via. Perdemos, paciência, não estou contente e não vou comemorar a vaga como se fosse um título porque não é, mas vou sim comemorar. Todos nós vamos. Os vermelhinhos não.

Filho já foi apresentado ao Olímpico Monumental.

Eu acho que os elencos do Grêmio vêm numa crescente ano após ano: de 2007 para cá, qualificamos muito os nossos times. Os títulos não vieram, mas ano após ano, formamos elencos que na teoria estão entre os três, quatro melhores do Brasil. Uma hora o título vai vir. Eu não sou koffista (votei nele, sim, mas sou GREMISTA acima de tudo), mas sei reconhecer a diferença que faz um líder com a experiência e o número de títulos no currículo que ele tem. É o que me dá esperança enorme para 2014.
Se mantivermos nossas peças principais, qualificarmos com dois ou três reforços e acertamos novamente nas apostas (como as que vieram do Juventude ou a que veio do Uruguai), acho que a Libertadores virá. Tem que vir! Estamos sedentos por um título expressivo e tenho fé que uma vez que levantarmos uma Libertadores ou um Brasileirão. Ninguém segura o Grêmio nos próximos dois ou três anos. Só acho que o Renato é teimoso demais. Penso que ele nos classificará e vai ficar para o ano que vem, mas que o Koff dê uma dura nele. Foi a teimosia do outro (e um azar do capeta) que fez com que o nosso meio-de-campo não tivesse Bertoglio e Rodríguez como opções. Seria uma dupla e tanto!

Eu vejo muitos comentários criticando alguns jogadores como Alex Telles, Werley, Riveros, Kléber e Barcos. Precisamos de mais paciência. Se me perguntarem o que eu acho do Barcos agora, por exemplo, eu responderia secamente: "a maior decepção do ano". Agora o que ele fez no Palmeiras no ano passado tinha feito dele uma unanimidade entre nós gremistas. Todos o queriam , não apenas o Grêmio. O ano está acabando. Criticar Barcos, , Riveros, Kléber não vai consertar nada. E novamente se livrar de 11 para trazer mais 20 também não nos fará campeão. Tem que consertar o que se pode consertar. Dar confiança para quem precisa dela (o Alex fez meio ano incrível, ele não desaprendeu de uma hora para outra; o Riveros quase quebrou os cornos fazendo um gol para o Grêmio e agora é tratado como "pereba" por alguns), negociar quem não tem ganas de jogar e apostar em gente certa. O Maxi não será o herói sozinho.

Nós, como bons torcedores, temos o dever de apoiar o clube, de nos tornarmos parte dessa agremiação que participamos e ajudar a levantar o moral do time para a Libertadores de 2014. A impaciência, a flauta colorada e da impren$a e, principalmente, a inaptidão em compreender o inexplicável da resposta de "como tudo que se faz no Grêmio dá errado" nos fez uma torcida bipolar, rabugenta, depressiva. E eu me incluo nesse grupo.
Vamos pegar essa esperança recém descoberta nos golaços do Maxi Rodríguez e levá-la para o ano que vem, não importa o desfecho deste ano.

Um abraço para todos!
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Adendo da Pitica: por coincidência, hoje é o aniversário do Josué. Parabéns, Josué!
Nós do blog Imortal Tricolor, desejamos muitas felicidades para ti junto a tua família aí no Japão!!!!  

Adendo do seu Algoz: o blog não vai mais liberar comentários com agressões entre os leitores.

18 de novembro de 2013

Renato e mais onze

Sim. Indo contra 99 % dos comentários do blog, se o Grêmio se classificar para a Libertadores, eu quero o Renato no comando. Claro que se a proposta salarial for adequada. E por que eu o defendo?
  1. Renato, tirando 2 ou 3 técnicos que não estão disponíveis, tecnicamente é igual ou melhor a todos os outros. Não deve nada para ninguém. Teve até quem sugeriu Ney Franco. Aí fui procurar e encontrei zero títulos para o glorioso mineiro. Outro pediu Dal Pozzo. Com todo o respeito, não é hora para aventuras. Tite, Mano e Felipão foram apostas quando se tinha um semestre inteiro só de ruralito pela frente ou se disputava uma série B. Libertadores é outra conversa.
  2. Renato pegou um time sem confiança e mal posicionado na tabela e está terminando o ano entre os melhores do campeonato.
  3. Por falar em Libertadores, Renato já foi vice de uma, tendo-a perdido em um jogo na altitude e após 10 minutos de bobeira do time. Mesmo assim, a decisão foi nos pênaltis.
  4. Renato tem a manha do jogador e consegue tirar muito de alguns jogadores limitados. Ou alguém acha que o elenco do Grêmio é igual ao Barcelona e o problema é o Renato que não os deixa mostrar toda a craqueza?
  5. Pode-se criticar a disposição tática do time, as atuações individuais de alguns jogadores, mas não se pode criticar a entrega destes. E, sim meus caros, entrega tem a ver com vestiário e com comando.
Claro que ele tem falhas. Renato tem seus bruxos, mas me indiquem um treinador que não os tem. Renato é teimoso algumas vezes, mas qual técnico não é?
Eu mesmo me irrito com a demora dele em fazer substituições, mas este é um mal menor.
A verdade é que o ambiente é o melhor possível e não fossem algumas derrapadas a posição seria ainda melhor no campeonato.
Então, trocar Renato pelos lazarentos que estão disponíveis seria um tiro no pé.
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Maxi Rodriguez

Renato está sendo execrado pela torcida por não colocar Maxi Rodriguez de titular. E em relação a isto deixou tudo muito claro na bela entrevista que deu ontem após o jogo, sem usar o argumento lógico de que diante da possibilidade de poder contar com apenas 3 estrangeiros usou os mais experientes e os que atuam em posições mais carentes.
Renato afirmou, com razão, que Maxi veio de um futebol menos pegado e de um time onde era o rei e não tinha nenhuma obrigação com o jogo. Todos jogavam para ele. Olhem o gol do Flamengo ontem na origem. Maxi perdeu a bola e não tentou recuperá-la.
Além disto, a pouca estrutura do time de origem também fez com que ele não tivesse um preparo físico adequado e ainda não tem condições de aguentar o repuxo de um jogo inteiro nos moldes que são disputados aqui.
Não deixou contudo de elogiá-lo e afirmou que o uruguaio vai fazer história no Grêmio. Renato pode ser arrogante (e é), pode ser festeiro (e é), pode ser tudo, menos idiota e burro. Ele não se prejudicaria gratuitamente. A propósito, recomendo a leitura deste texto aqui sobre Renato.
Um pouco de calma e menos histeria nesta reta final seria de grande valia para atingirmos os objetivos que todos queremos.
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Enquanto isto ...

Fala-se que houve briga feia, feíssima no vestiário do Goiás após o jogo de ontem. Nego Walter teria sentado em cima do treinador, quebrando todas as suas costelas. Hugo, enquanto isto, sentou um bife na cabeça do goleiro e ameaçou o presidente com o revólver.
Não fossem os jogadores do timinho terem intervido para acalmar os ânimos e certamente teria havido mortes.
Isto, pelo menos é o que se depreende das notícias i$enta$ e barata$ que chegam de lá. Quem sou eu para desacreditar dos grandes jornaleiros gaúchos?

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Também do aterro vem a notícia de que a união, perdão, nós todos, vamos pagar R$ 7,9 milhões para ser feita a calçada do remendão. A que ponto poderá chegar a desfaçatez destes políticos?
O entorno da Arena, que precisa de obras públicas para a circulação de pessoas, não só em dias de jogos, mas também para o desenvolvimento e geração de empregos na região é boicotado sistematicamente pelas dilmas, tarsos, manuelas e fortunatis da vida, sob a alegação de falta de recursos.
Mas para calçada particular tem. E pelo valor já se pode dizer: queeeeeeeeee calçada!



Esta veio pelo Agostini.


O Minwer que me desculpe mas não deu tempo para pedir licença

17 de novembro de 2013

Maxi "CHARRUA IMORTAL" Rodriguez!

Grêmio 2 x 1 Flamengo

Pré jogo

Jogo para três pontos. Sem choro e nem vela. O Botafogo ontem aproveitou que o Atlético Petralha estava com  cabeça na Copa do Brasil e aplicou uma chinelada. O Goiás, provavelmente vai golear o adversarinho de hoje.
Então não tem choro. Três pontos, nem que seja de meio a zero.
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Primeiro tempo: 0 x 0


Talvez porque sabiam que o time de Flamengo era de reserva, mas o Grêmio começou muito afobado e não conseguia se impor contra uns meninos com jeito de assustados.

Aos 7 minutos a primeira chance que foi salva no risco do gol. Só que o careca ladrão marcou perigo de gol.
Aos 10 minutos um possível pênalti em Kleber não teve replay. Aos 13 um flamenguista se atirou escandalosamente na área e o careca não deu amarelo.
O time embolava muito e não conseguia criar nada. Só aos 23 minutos teve uma jogada de perigo mas que não chegou efetivamente a ser chance de gol.
Zé Roberto mais uma vez não fazia nada. 
Aos 29 minutos Ramiro deu uma bomba de fora da área que passou raspando a trave. 
Aos 37 minutos, após escanteio, Barcos desviou do goleiro mas o zagueiro tirou debaixo do travessão. Na sequência quase gol do Flamengo.
O jogo continuou igual até o final do primeiro tempo. De registro apenas outro possível pênalti no Kleber que o PFC não pensou em reproduzir.

Segundo tempo: 2 x 1

O segundo tempo começou com o mesmo time e as mesmas dificuldades. Erros de passe, jogo muito centralizado e juiz sacaneando. Aos 3 minutos quase que Ramiro chega na cara do gol.
Aos 8 minutos Rhodolfo cabeceou nas mãos do goleiro enquanto Maxi Rodriguez se preparava para entrar no lugar de Riveros.
O time como sempre era só transpiração. Inspiração nenhuma. 
Mas então Maxi Rodriguez, sim, ele, Maxi Rodriguez driblou três e de dentro da área pelo lado direito deu um tapa na bola e tirou do goleiro. GOLAÇO!
Com o gol o Flamengo se abriu e começaram a aparecer mais chances. Mas os mulambentos cariocas também começaram a chegar com mais perigo.
Elano entrou no lugar de Kleber aos 25 minutos mas o jogo continuou aberto.
Após alguns poucos minutos de bom futebol após o gol o jogo voltou a ficar feio e perigoso.
E o time recuou. E aos 41 minutos veio o castigo. Gol dos reservas do Flamengo. Uns meninos que iniciaram assustados e, de repente, descobriram que o bicho não era tão feio.
Quando tudo parecia perdido, o juiz que sempre rouba do Grêmio, desta vez deu uma ajuda. Não viu que Maxi Rodriguez, ao invés de chutar, mandou para o gol com a mão. A bola foi mansa, querida, obediente e submissa ao talento do uruguaio bem no ângulo do goleiro.
E terminou.
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Não adianta o torcedor chiar e cornetear. Vai ser sofrido assim até o final do ano. Cada jogo vai ser um parto. E cada parto vai ser com fórceps e sem anestesia.
E terão que ser vitórias porque os 4 para 3 ou 2 vagas estão embolados. E ganhando todas.
A dificuldade do time em fazer gol não vai mudar. Espera-se que os azares da defesa que tem tomado gols espíritas nos últimos jogos passe.
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Como jogaram

Dida: Sem trabalho no primeiro tempo.
Pará: Subiu pouco. Bem atrás.
Bressan: Firma na zaga.
Rhodolfo: Firme também atrás.
Alex Telles: Melhor do que nos jogos anteriores.
Souza: Muito mal no primeiro tempo errando quase todos os passes. Melhorou no segundo.
Ramiro: Não foi muito bem, mas lutou muito.
Riveros: Muito discreto não apareceu no primeiro tempo. Saiu no início do segundo tempo.
Zé Roberto: Jogou?
Kleber: Muita luta e pouca eficiência.
Barcos: Melhor do que nos jogo anteriores.
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Maxi Rodriguez (Riveros): Entrou e foi logo fazendo um golaço. E quando tudo parecia perdido, fez outro golaço. O melhor do time. Talvez tenha salvado o ano.
Elano (Kleber): Não fez nada.
Mamute (Zé Roberto): Entrou no fim.

Renato: Mudou na hora certa desta vez.
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Arbitragem: Heber Roberto Lopes - Não gosta de nós e nós não gostamos dele. 

16 de novembro de 2013

Daniel Matador: Loucura


"Há seguramente um prazer em ser louco que só os loucos conhecem."
(Aparício Torelly, o Barão de Itararé)
Caros

Após a adoção dos pontos corridos, o final de ano futebolístico no Brasil (salvo exceções) tem sido de uma chatice maior do que assistir um documentário sobre as mitocôndrias. Em novembro já não temos muito mais o que fazer, a não ser acompanhar as rodadas finais do campeonato e bocejar. Mesmo quando o Grêmio não está envolvido, torna-se mais emocionante acompanhar um jogo envolvendo um mata-mata do que uma rodada inteira do Brasileirão. Os americanos já mostraram ao mundo o valor de uma final de campeonato. As finais da NBA (Basquete) e da MLB (Beisebol) envolvem milhões de dólares diretos e tantos outros indiretos, mesmo daqueles que não estão envolvidos com os dois clubes que a disputam. Chega a ser covardia citar a final da NFL (Futebol Americano), o famoso Super Bowl. É o evento que possui o maior custo de publicidade por segundo em todo o mundo. Sem contar que o país inteiro para neste dia, tal é a grandiosidade do evento.

Os mais jovens talvez não lembrem, mas até o início deste milênio, o Brasileirão era disputado em uma primeira fase classificatória, para então entrar em uma fase de mata-mata com os melhores colocados. Até é compreensível que, a fim de preservar algumas cláusulas do Estatuto do Torcedor, a CBF tenha adotado a fórmula dos pontos corridos, principalmente para que se saiba a quantidade de partidas que cada clube jogará e o planejamento possa ser melhor elaborado. Outro argumento era a venda do campeonato para outros países. Mas este é um motivo que cai por terra exatamente quando vemos as finais dos grandes torneios ao redor do mundo sendo comercializadas por cifras milionárias. O que falar da Champions League e da própria Libertadores? Lógico que é ruim quando nosso clube não prossegue na competição. Muitos podem reclamar da equipe, dos dirigentes, do planejamento e até da mãe do Badanha. Mas duvido que critiquem a fórmula, como ocorre com o campeonato nacional. Custava fazer uma final no Brasileirão? Peguem o campeão de cada turno e façam dois jogos para parar o país! Tenho certeza que seria um evento fantástico.

Mesmo com o título já decidido com quatro rodadas de antecipação, resta ainda um grande objetivo para o tricolor neste certame. Por mais que alguns setores amargos da torcida sejam contaminados pela ivi, o gremista consciente sabe que a vaga para a Libertadores significa muito. É óbvio que todos queremos títulos, isto é indiscutível. Mas esta lorota que alguns manés tentam pregar de que “se é pra jogar e não ser campeão, melhor nem ir” só pode partir da mente pequena e burra de quem nada sabe de futebol. A primeira Libertadores conquistada pelo Grêmio deveu-se justamente porque o clube conseguiu uma vaga para disputar a competição, mesmo não tendo sido campeão no ano anterior. Para vencer, é necessário disputar o torneio. Há o risco de perder? Óbvio, ele é inclusive bem maior do que o de ganhar, caso contrário o Peñarol deveria ser o maior campeão de todos, pois disputou 40 edições.

Portanto, não acatem aquilo que a ivi e alguns amargos tentam atochar. É loucura querer fazer-se presente na Arena para apoiar um time que não tem chances de ser campeão? Talvez seja, talvez não. Mas como já disse há décadas atrás o saudoso Barão de Itararé, "há seguramente um prazer em ser louco que só os loucos conhecem”. Então vista o manto e faça-se presente uma vez mais para torcer pelo Grêmio neste domingo. O resultado deste jogo pode fazer a diferença para o futuro do clube no ano que vem. Enquanto alguns jogam Libertadores, outros preferem disputar torneios menores. Cada um com sua grandeza.

Saudações Imortais

P. S.: neste sábado, véspera do jogo contra o Flamengo, realizei um sonho. Trajando o manto tricolor, fiz o que muitas lendas gremistas já fizeram. Fardei-me no vestiário, percorri o túnel, subi os degraus e pisei no gramado do Olímpico Monumental para disputar uma partida de futebol. A emoção de marcar um gol no Olímpico é algo fora da realidade e que agora eu sei como é. Mas isto foi o menos importante. Estar ali dentro é algo que ficará para sempre na minha memória. Como é bom ser gremista!

15 de novembro de 2013

O campeonato da primeira página

Pois a torcida tricolor está mais perdida do que surdo em bingo, ou do que cebola em salada de fruta ou do que amendoim em boca de banguela.
É só ler os comentários do blog para constatar.
Renato deve sair hoje ou nunca deveria ter vindo. Renato deve ficar e receber maior apoio.
Zé Roberto deve ser titular, assim como Elano. Os dois não deveriam nem ter vindo.
Bressan é um zagueiro promissor. Bressan não joga nada.
Alex Telles é o melhor lateral esquerdo do campeonato. Alex Telles deveria ter ficado no Juventude.
Souza é muito importante mesmo jogando com dores pubianas. Souza não joga nada.
Riveros foi uma grande contratação. Melhor era o Fernando.
Kleber é sempre um dos melhores. Kleber só dá bundada.
Barcos não faz gol mas é muito útil. Barcos é o maior 171 da história.
Maxi Rodriguez é a solução de todos os problemas. Maxi Rodriguez ainda não está pronto.
Bla... bla... bla...

E a maior de todas as confusões: "estou cansado de disputar vagas. Melhor é ficar fora da Libertadores já que não vai ganhar mesmo."
Eu só gostaria de lembrar a estes últimos espertos, que só pode ganhar algum título quem participa do campeonato em que este título está em disputa. Fora isto, sobra sentar no sofá e acompanhar os participantes pela tv. Portanto, quem pensa assim é bobo ou está lendo demais a literatura i$enta e barata.
Aliás, se é para radicalizar desta forma, há duas soluções que eu penso melhores do que ficar de fora dos campeonatos mais importante:
  1. Fechar o time de futebol e transformar o clube em uma instituição de recreação.
  2. Disputar o campeonato da primeira página, que parece mais fácil de ganhar.
Explico: o campeonato da primeira página é aquele em que o clube considera como título ficar na primeira página da tabela de classificação. Vocês podem até achar engraçado, mas temos um exemplo bem próximo. O nosso cocô-irmão está arduamente empenhado neste título importantíssimo. E, vocês devem ter percebido, não é fácil de ganhar. Está num sobe desce danado. Ontem festejavam a primeira página, hoje amargam as incertezas de estarem na segunda página. Como estarão no final da próxima rodada? Não é emocionante?

Aliás, eu gostaria de uma informação, se alguém tiver: qual é o site que divulga as chances probabilísticas de um time terminar o campeonato na primeira página? 
Confesso que estou secando mas não sei onde achar a informação que me tranquilize ou me deixe preocupado.

13 de novembro de 2013

UFA!

Grêmio 1 x 0 Vasco da Gama
Pré jogo

De domingo até hoje foi uma eternidade. Choros, ranger de dentes, palavrões, ofensas gratuitas, tudo rolou entre os gremistas e neste blog.

Hoje teremos mais do mesmo ou o início de uma arrancada para a Libertadores 2014?
Como diz o i$ento aquele: "o futuro é que dirá."


Renato resolveu ressuscitar o Zé Roberto. Espero que não haja um campeonato de pião no meio do campo.
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Primeiro tempo: 0 x 0



No primeiro minuto Barcos mostrou que está sem confiança. Sozinho na cara do gol achou melhor passar para Zé Roberto e errou um gol feito.
Aos 4 minutos o goleiro do Vasco fez lambança e quase surgiu outra situação de gol. Logo depois foi a vez de Rhodolfo fazer bobagem e quase que o Vasco consegue ficar com a bola na cara do Dida.
Depois de um começo razoavelmente promissor o Grêmio começou a jogar afobadamente e sem conseguir criar nada.
O Vasco mostrava porque está na zona de rebaixamento mas aos 17 minutos quase marcou em um contra-ataque rápido. Dida salvou no cantinho.
Barcos fez boa conclusão pela esquerda aos 21 minutos mas no contra-ataque o Vasco chegou com perigo após falha bisonha do Alex Telles.
Nesta altura o Tricolor chegava a mais de 600 minutos sem marcar. E era ultrapassado pelo Goiás que ganhava o seu jogo.
Depois dos 20 minutos o jogo virou um filme de terror. O Grêmio não conseguia acertar 2 passes em sequência e o Vasco, com toda a sua ruindade, começou a chegar com certo perigo. 
Alex Telles, que fazia uma partida horrorosa, bateu uma falta com perigo aos 42 minutos do primeiro tempo.
Se havia reclamação que o time não estava bem nos jogos anteriores, neste primeiro tempo o desempenho foi de chorar. Foi de maldizer todos os patetas que corriam em campo sem perceber que vestiam uma das camisas mais gloriosas do futebol mundial.
Deprimente é uma palavra que define o jogo até o intervalo.



Segundo tempo: 1 x 0 

Renato não achou deprimente e voltou com o mesmo time, incluindo o Alex Telles e o Zé Roberto que foram abaixo da crítica. Mas achou que estava porque aos 3 minutos mandou chamar Elano e Maxi Rodriguez.
Aí, o que parecia improvável aconteceu. Aos 6 minutos Rhodolfo finalmente fez o gol que nos outros jogos errava. E Renato aproveitou para desistir das mudanças.
Aos 10 minutos Kleber perdeu uma boa chance. E sofreu um pênalti logo depois. Não marcado é claro.
Aos 13 minutos Renato finalmente pôs o Maxi Rodrigues. Zé Roberto saiu irritadinho, como se tivesse jogado alguma coisa. E vários torcedores de jogador vaiaram a troca. Eles merecem esta inhaca que estamos passando.
Com a entrada do Maxi Rodriguez o time subiu de produção e começou a atacar com perigo.
E o juiz começou a sacanear não dando faltas a favor do Imortal.
Depois de alguns bons movimentos o time parou de novo. E levou um susto aos 27 minutos num chute perigoso que foi para fora.
Aos 29 minutos Kleber desperdiçou bisonhamente um contra-ataque e saiu na mesma hora para a entrada de Elano. Que 1 minuto depois errou um gol imperdível depois de grande jogada de Barcos. Sem goleiro chutou ridiculamente por cima.
Maxi Rodriguez fez outra grande jogada e quase marcou o segundo logo depois.
Elano se esforçava para mostrar que Renato tinha razão em deixá-lo na reserva.
Aos 42 minutos Werley entrou no lugar de Barcos. E o Vasco foi para cima.
Aos 46 minutos Dida fez outra boa defesa.
Na saída Maxi deu uma janelinha no zagueiro e errou o gol na cara do goleiro. Coroaria sua grande atuação.
E logo terminou. Nas circunstâncias foi uma goleada.
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O time, visivelmente tem dois problemas. Um é em relação ao esquema com três volantes. Se esgotou. Não dá mais resultados. Precisa urgentemente mudar o time e colocar um articulador, que só pode ser o Maxi Rodriguez. Vargas vai embora mesmo e está sempre na seleção. Que fique em casa.
O outro problema é a falta de confiança fruto dos maus resultados na sequência. A bola parece queimar no pé dos jogadores. Depois do gol e com a entrada de Maxi o time melhorou um pouco. Mas contou com a fraqueza do Vasco.
Espera-se que com esta vitória e com alguma modificação, o time vá com mais confiança contra o Flamengo, que provavelmente virá com time misto. Será uma vitória importantíssima para fincar o pé definitivamente no G4, ou G3, que é o mais importante e seguro.
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Como jogaram

Dida: Uma defesa importante no primeiro tempo. Outras boas defesas no segundo.
Pará: Errou todos os cruzamentos.
Bressan: Está muito bem na defesa.
Rhodolfo: Fez o gol que acabou a inhaca.
Alex Telles: Pior partida com a camisa do Grêmio.
Souza: Bem atrás. Muito mal na frente.
Ramiro: Muita corrida improdutiva.
Riveros: É outro que está caindo de produção.
Zé Roberto: A seu favor o escanteio na cabeça do Rhodolfo para o gol. Mais nada. Carimbador burocrático.
Kleber: O de sempre. Corre, briga mas é improdutivo.
Barcos: Errou um gol a 1 minuto por absoluto medo de chutar. Depois cansou de se enrolar na bola. No segundo tempo fez algumas boas jogadas.
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Maxi Rodriguez (Zé Roberto): Entrou e mudou o jogo. O melhor em campo.
Elano (Kleber): Errou um gol feito. Deu um balão ridículo.  
Werley (Barcos): Entrou para segurar.

Renato: Escalou errado mas mexeu certo.
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Arbitragem: Francisco Carlos do Nascimento - Não deu um pênalti no Kleber e não deu várias faltas a favor do Grêmio.