10 de dezembro de 2013

Marcos Agostini: O MEU GRÊMIO PARA 2014

Caríssimos leitores,

A partir de hoje publicaremos uma série de posts em que cada um dos blogueiros colaboradores dirá o que espera do e para o Imortal Tricolor em 2014.
O primeiro é o Marcos Agostini. Vocês poderão checar também se ele é tão bom no texto quanto no cinema.
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A Libertadores é um torneio que eu faço questão de disputar todos os anos. Se não ganhar, paciência. Mas a emoção, a alegria, o nervosismo, o entusiasmo e até mesmo, a raiva ou decepção que ela me proporciona, são inigualáveis. Portanto, acredito que minha maior expectativa para 2014, assim como a de todos os gremistas, é o torneio continental. Por enquanto, vejo o Grêmio abaixo de Cruzeiro e Atlético-MG. Acho também que não estaremos muito acima do Flamengo. Mas o Cruzeiro será o grande time a ser batido. E por isso, algumas mudanças na nossa equipe se fazem extremamente necessárias. Ademais, sou daqueles que preferem deixar o Gauchão para testes.

Há quantos anos apostamos em medalhões para nos trazer títulos? A quantos anos gastamos o que temos e o que não temos em salários astronômicos a jogadores que fazem sucesso em outros clubes, mas não vingam aqui? E no fim, não conquistamos objetivo nenhum. Espero que a receita para 2014 sejam os jovens: do clube e de fora. É claro que um ou dois jogadores de renome ou mais experientes deveriam vir, mas precisamos de um time rápido, diferente do time que tivemos nos últimos anos. Penso que Kleber gladiador deveria ser utilizado como moeda de troca. Ele está longe de ser um jogador ruim, mas está há dois anos aqui e não conseguiu fazer o que dele se esperava. O grande problema é encontrar clubes interessados que aceitem pagar o que ele ganha. A mesma destinação devem ter Elano e Marcelo Moreno. Por outro lado, apesar do fraco ano do Barcos, ainda vejo nele algumas esperanças. Acho que ele ainda merece mais uma chance, antes que vá para outro clube e deslanche como acontece na maioria das vezes.

Se os investimentos para 2014 não serão grandes, podem existir jogadores não tão caros que podem dar respostas melhores do que as que temos atualmente. Por isso, seguirei uma lógica de mudanças pontuais. Apesar do ótimo ano do Dida, é hora de dar uma chance definitiva ao Marcelo Grohe (que é bom goleiro) e valorizá-lo. 
Pará, apesar de todo seu esforço e garra, não passa de um útil reserva. Portanto, a lateral direita precisa ser priorizada. Um nome que me agrada (entre muitos) é Ayrton (atualmente no Vitória), mas ainda temos o Tinga, de ótimas atuações na base e que pode servir. 
A zaga esta bem servida. Rhodolfo precisa ficar em definitivo e Bressan ou Werley estão de bom tamanho. Na esquerda, ainda que Alex Telles tenha terminado o ano com atuações melancólicas, caso não seja negociado, também é a melhor opção para a posição. Ainda assim, Wendell parece ter futuro. 
Sobre os volantes (Souza, Ramiro e Riveros - e até Leo Gago), não há o que reclamar. Não precisamos de contratações nesse setor. 
Para o meio, Maxi, que esta sendo preparado, é minha preferência. Mas não me iludo de que ele fará tudo sozinho. Isso seria um grande erro. Por isso, acho que uma outra prioridade é um ótimo jogador para atuar ao seu lado. Um verdadeiro camisa 10. Jogador este que não temos no grupo. Nomes como Cícero, Montillo, Jadson ou Elias seriam um dos meus sonhos de consumo, principalmente o argentino. Mas Zé Roberto ainda me serve para grupo. 
No ataque, se Leandro voltar, é outro que merece uma chance definitiva, pois mostrou evolução no Palmeiras. O ideal seria a manutenção de Vargas para atuar de titular e, por isso, lamento imensamente sua saída. Osvaldo esta dando sopa no São Paulo, mas ainda tem o Guilherme e o Luan que estão na reserva do Atlético-MG. Até Rildo da Ponte Preta ajudaria para grupo. Seriam minhas preferências para atuar ao lado de Barcos. Claro, não se podem esquecer os jovens que já estão no grupo, em especial o tal de Canavesio, os Bitecos, Jean Deretti, Wangler (!), Lucas Coelho, Yuri Mamute, entre outros.

Eu poderia ter citado inúmeros jogadores que me agradariam. Mas tentei analisar pela ótica das recentes declarações dos dirigentes gremistas. Não é um time dos sonhos para ganhar Libertadores? Não, não é. Mas é, a meu ver, o que podemos fazer. Pode dar certo. Novamente, entraremos na Copa do Brasil diretamente nas oitavas de final e o Brasileiro vai ser complicado como sempre. Mencionei poucos nomes, mas tenho certeza que a direção será criativa, inteligente e atuante no mercado. Quem sabe até nos surpreenda.

Por fim, o técnico. Agradeço ao Renato pelo ano e pela melhora no time. Vejo que ao mesmo tempo em que conseguiu ajeitar o time de Luxemburgo, não conseguiu dar sequência a evolução do seu próprio trabalho. Agrada-me muito a ideia de técnicos novatos para o próximo ano, mas confesso que sinto certo temor pela inexperiência deles. DalPozzo, Enderson Moreira ou Cristovão Borges seriam esses nomes. Ficaria com o último, que está saindo do Bahia. Se Renato for ficar, que seja por um valor compatível com o planejamento da direção. Se não, obrigado e até a próxima. Até Valdir Espinosa vem surgindo como nome ultimamente. Mas na dúvida, ousaria no Cristovão. O que vocês acham?