28 de fevereiro de 2014

Garimpador de talentos promete mais nomes

Na enorme repercussão que a venda de revelações  teve junto à torcida , no meu post de ontem o leitor  humbertosm comentou sobre a saída de jovens talentos do Grêmio:

"Na minha visão já venderam até o Cofre.
O Luan tá na prateleira esperando alguém levar."


Ao que lhe respondi:

"Não, Humberto. O cofre ainda está lá e cheio de nomes que ainda irão despontar no time do Grêmio."


Pois então, fui muito negativada por torcedores de pouca fé. E hoje abro o computador e com muita surpresa encontro matéria do jornalista Diogo Olivier (sim, apesar de tudo, de vez em quando uma luz se acende e há coisas que dá para se aproveitar naquelas bandas) tratando do assunto.
Por ser importante e por fechar com as informações que tenho, a seguir reproduzo a entrevista que o jornalista faz com o coordenador da base do Grêmio, Júnior Chávere.

Descobridor de Luan e Wendell avisa: "Outros virão"

Chávere garimpa novos talentos para o Grêmio. 

O coordenador-geral das categorias de base do Grêmio, Júnior Chávare, 46 anos, é paulista de Americana. Antes de se mudar para Porto Alegre com a mulher e os dois filhos, de 13 e 21 anos, trabalhava como funcionário e consultor da Juventus, de Turim. Era dele a tarefa de indicar talentos da América do Sul para a Vecchia Signora. Chávare está no centro da nova filosofia da base gremista, que já começa a exibir resultados e despertar o interesse da Europa em ritmo acelerado.  

Zero Hora — O Grêmio parece ter mudado o perfil de suas apostas. É isso mesmo?
Chávare – Quando fui procurado pelo Grêmio, deixei bem clara uma condição: a qualidade tem de vir antes da força física e da altura. Acho que conseguimos quebrar alguns paradigmas no clube. Agora, do sub-12 em diante, valorizamos o jogo, o futebol. Tive a sorte de encontrar dirigentes como Rui Costa e Fábio Koff, que acreditaram neste modelo.

ZH — Luan, Wendell e Breno refletem este conceito, então…
Chávare – E Alex Telles. E o próprio Ramiro, que não preenche o estereótipo do volante grande, com envergadura. Este biotipo mais leve e hábil mudou em toda a nossa base. O Luan ficou meses aqui só treinando antes de jogar. Raça? Sim, claro, é uma marca do Grêmio. Mas a técnica tem de vir antes.

ZH — O interesse tão rápido da Europa te surpreendeu?
Chávare – Não. Tenho bem presente o conceito comercial do futebol de hoje. Sei o que o mercado quer e exige em um atleta. A captação de talentos é o diferencial nestes tempos de escassez de recursos, e ela tem de estar adequada a esta realidade para ser uma ferramenta de gestão do clube.

ZH — A base seguirá fornecendo Luans e Wendells?
Chávare – Tenho mais de 3 mil nomes na minha agenda. Destes, monitoro pelo menos 350 mensalmente. Posso dizer ao torcedor do Grêmio que, de onde vieram estes, outros virão ali adiante. 

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Eu não disse que o cofre tinha mais uma porção de nomes?
Confiem na Pitica. Alguns vão, outros vêm.
Assim está configurado o planejamento atual do Grêmio. Os dirigentes também querem jogadores de ótimo nível e títulos. Eu confio na competência deles, pois já me provaram que sabem o que fazem.
Saudações tricolores!