20 de maio de 2014

O tudólogo bonifrate

Amanheceu hoje nas páginas de Zero Hora mais uma coluna assinada pelo maior tudólogo já gerado numa redação gaúcha: david coimbra. Dito jornalista. Tem-se em conta de engraçadinho quando é, na verdade, uma casquilha enfeitada por citações. De seu mesmo, só tem a idiotia, várias vezes atropelada ao vivo por Paulo Sant'Ana no programa Sala de Redação, e a farelenta pretensão de vender-se por isento, sempre tecendo críticas ácidas e contundentes ao Grêmio, time para o qual diz torcer.

Tal tudólogo é especialista em desfilar seu "vasto saber" por assuntos que variam da política internacional à física quântica; da sociologia de grupos oprimidos às implicações sexuais da gravidez da Sandy; da culinária de galpão ao câncer de mama. Ora, um perfeito e finalizado representante dos tudólogos não pode deixar de opinar, é claro, sobre um negócio do qual muito pouco conhece: a Arena do Grêmio. Sua ignorância sobre o tema fica clara nas suas "brilhantes" manifestações ao vivo sobre o assunto, as quais não deixam de ser entremeadas por doses explícitas de declarado achismo (todo tudólogo, por fragilidade intelectual, usa inconscientemente o achismo como bengala).

A pretexto de criar mais um malabarismo literário, a sua gracinha de cada dia, o chutador de qualquer tema faz um paralelo no qual compara a gestão do presidente Koff com as de Jânio Quadros e Collor de Mello. Nada sabe dos meandros do negócio, do real tamanho das dificuldades que devem ter sido encontradas pela gestão, do estágio atual das conversas, das intenções ocultas em cada frase dita, da necessidade de não responder a toda bobagem produzida e reproduzida diariamente por tudólogos como ele e outros elementos de má fé. Mas não resiste ao instinto e lá está a irresponsável coluna.

Há ainda uma outra possibilidade, que vai além da boçalidade inconsequente: a de que o tudólogo esteja (sabendo ou sem saber) sendo bonifrate de grupos econômicos poderosos que passaram a rondar o Grêmio nos últimos anos, com o intuito de enfraquecê-lo e, depois, tomá-lo dos seus associados e torcedores. Ajudar nesta empreitada pode ser o clímax do fantoche.

Que Deus e os céus nos livrem de "gremistas" desta estirpe.