7 de maio de 2014

Razão ou emoção?

No futebol, só existem dois caminhos.


Gosto muito da maioria dos comentários do blog. Fora as pérolas que nos fazem dar boas risadas - e tem um sabor especial - , existem opiniões e sugestões muito boas sobre o Grêmio e o futebol em geral.
Pesquei dois comentários de um dos últimos posts, que mostram bem a dicotomia existente entre a torcida gremista. Dentro do contexto em que vivemos, são visões válidas e que merecem respeito já que representam os conceitos que vêm permeando as discussões diárias aqui no blog. É praticamente nula a possibilidade de existir unanimidade em futebol. Mesmo quando um clube conquista um título, sempre existirá a turma do "se", do "mas", do "no entanto"...
Não é nada fácil o trabalho de dirigir um clube. Por mais que os dirigentes tentem acertar, sempre haverá críticas de que o trabalho poderia ser mais eficiente, ou haverá elogios de que é por aí mesmo o caminho.
Leiam as duas opiniões opostas  que apresento e percebam como o trabalho do dirigente se situa em uma linha tênue entre a aceitação e a rejeição.
Fazer futebol exige muita sensibilidade e percepção. É quase uma arte.
Sendo assim, dirigentes erram e acertam, como qualquer mortal.

Comentários

Wilson
O Grêmio devendo até a zorba há anos e os dirigentes contrataram no período vários medalhões ganhando mais de meio milhão de reais. É muita irresponsabilidade.


Morse
Wilson, só é considerado irresponsabilidade, porque o Grêmio não conquistou títulos. Tivesse ganho, seria um exemplo de administração, porque para o torcedor, o que importa é a taça e não a administração do clube.
Basta ver, a cada insucesso, a quantidade de torcedores querendo a contratação deste ou aquele medalhão. Agora mesmo, estamos vivendo um período em que se pede a saída do Enderson e a contratação do Tite, sem que se pese o valor investido.
Quando da contratação do
Kleber, do Barcos, do Vargas, ou qualquer outro que tenha vindo a peso de ouro, se fossem contratados jogadores sem qualquer cartaz, desconhecidos, mas com o valor da aquisição e salários compatíveis com a situação financeira do clube, aposto que toda a torcida estaria enfurecida com as contratações "abaixo do tamanho do Grêmio" e diriam que com esses jogadores não se chegaria a lugar algum. 
Qualquer jogador médio ganha uma fortuna, e ninguém quer que o Grêmio contrate jogadores médios. O Kleber, por exemplo, quando estava jogando bem e era o principal jogador do Grêmio, ninguém falava que o salário era alto. Ou o Zé Roberto, que até campanha para ser convocado pra seleção teve entre a torcida, não teve questionada a sua contratação a peso de ouro, somente agora, quando não vem dando resposta é que é tido como caro.
Futebol é assim, quando se ganha, não interessa o que se gaste nem a dívida que ficará. Quando não se ganha, os altos salários e a condição finaneira do clube passam a ser o assunto principal.