21 de maio de 2014

Vai faltar binóculo na praça

Grêmio 2 x 1 Botafogo

Primeiro tempo: 1 x 1


O Grêmio começou com o mesmo time que iniciou contra o Fluminense. Edinho, alvo de polêmica durante o dia por ato irresponsável de se dizentes jornalistas começou no banco.
O gramado bastante pesado e na primeira jogada Alán Ruiz deu mostra de que estaria ligado. O juiz mostrou que estava para brincadeira. Deixou dois carrinhos em jogadores do tricolor passarem batidos.
Mas o Botafogo aprontou aos 5 minutos. Em falha de marcação dos volantes e da zaga, marcou o gol na saída de Grohe.
Com o gol o Grêmio que já havia começado o jogo acelerado começou a apressar ainda mais a bola. Com isto errava passes e perdia boas jogadas.
Aos 14 minutos o primeiro chute. Tosco e de longe, fácil nas mãos do goleiro.
Aos 19 minutos, Ruiz que fazia boa partida entrou a drible e foi derrubado na entrada da área. Ele mesmo bateu forte para defesa do goleiro. No escanteio, perdeu um gol feito da entrada da área chutando na lua.
O ataque errava muito no último lance e o Botafogo chegou com perigo de novo aos 28 minutos. Grohe fez grande defesa em cobrança de falta.
Além do Grêmio não criar, o juiz deixava o Botafogo bater à vontade.
E Ramiro, assim como o juiz, fazia tudo para o time perder. Não acertava passe e tentava chutes de fora da área que iam longe para fora ou batiam nos adversários. O pior em campo disparado.Aos 37 minutos Alán Ruiz quase empatou. A bola bateu num zagueiro e foi para fora. Na cobrança do escanteio, Barcos deu de calcanhar para fora. 
Aos 39 minutos o primeiro cartão para o Botafogo. Era para expulsão mas foi amarelo apenas.
Logo depois, Carlos Alberto, que havia feito quatro faltas violentas, finalmente levou o amarelo.
Aos 42 minutos o que poucos esperavam ainda no primeiro tempo aconteceu: Pará cruzou para a entrada da área, Barcos fez parede e Rodriguinho bateu forte e rasteiro de fora da área, empatando o jogo.

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Um primeiro tempo em que ficou patente a falta de mais efetividade no ataque.

A falta de um volantão, aliada a uma má jornada do Ramiro, fez o Grêmio levar alguns sustos atrás.
Alán Ruiz em primeiro plano e Rodriguinho, um pouco abaixo, jogavam bem. Mas Dudu apático não ajudava na frente. Barcos, isolado, tentava algumas coisas mas não conseguia nada além de ouvir alguns resmungos da torcida impaciente.
Mas o resultado foi justo. Poderia até ter sido melhor com um pouco mais de sorte.

De negativo mesmo o juiz. Deixou o Botafogo bater à vontade e só foi mostrar cartão no finalzinho do primeiro tempo.

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Segundo tempo: 1 x 0

O segundo tempo começou com o mesmo time. E jogando em cima do Botafogo. Dudu a 1:30 minutos e Rodriguinho aos 3:30 fizeram jogadas com certo perigo. E o bandeira se meteu a dar um impedimento após o outro.

Dudu parecia mais ativo e passou a levar mais perigo. Aos 7 minutos deu grande passe para Breno que bateu por cima já de dentro da área.
Aos 8:49 Alán Ruiz bateu para boa defesa do goleiro. Menos de um minuto depois Barcos quase fez um golaço. Chutou para fora depois de dar um lençol num zagueiro.
A pressão passou a ser muito forte. 

O jogo virou meia linha e Dudu passou a drible pela ponta esquerda e cruzou. Mas não havia ninguém dento da área.
Se Dudu subiu de produção, Rodriguinho e Ruiz diminuíram de intensidade.
Depois da forte pressão inicial o Grêmio parou de chegar com perigo, mas a defesa estava bem postada e não sofria percalços.
O Botafogo continuava batendo e o juiz daquele jeitõ de malandro. Só aos 25 minutos deu outro cartão amarelo depois de uma quase agressão no Ramiro. Mas deu para Barcos também para compensar.
Apesar do sinla de cansaço de alguns jogadores, Enderson demorava para mexer. E só aos 30 minutos colocou Maxi Rodriguez.
E aos 35 minutos, quando Zé Roberto já estava também em campo no lugar de Ramiro, Maxi entrou a dribles e da entrada da área bateu com extraordinária categoria no cantinho do goleiro. Um golaço!
Com o gol entrou Edinho e o time recuou.
Ruiz levou amarelo e está fora do próximo jogo contra o São Paulo.
O Botafogo, como era de esperar foi para cima, mas não conseguiu criar nada.

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Era um jogo de alto risco. Jogo como mandante sem ser mandante. Campo muito pesado que dificulta as ações para um time técnico como o Grêmio. Um empate seria considerado como dois pontos perdidos.
Para completar, um gol contra no início.
Mas o time mostrou que aos poucos recupera o bom futebol da fase de grupos da Libertadores. 
Não se perturbou e conseguiu a virada.
Não foi um jogo brilhante. Não foi. 
Não encheu os olhos.
Mas não foi um jogo que deu muitos sustos.
E rendeu a divisão da liderança com o Cruzeiro por pontos. Com três (quatro) jogos fora e apenas dois na Arena
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 Como jogaram:

Grohe: Duas boas defesas no primeiro tempo. Sem falha no gol. Pouquíssimo trabalho no segundo tempo.
Pará:
 Está jogando bem. Participou da jogada do primeiro gol.
Werley:
Foi bem, mas não gera confiança.
Bressan:
Bem. Deu peitaço nos jogadores do Botafogo quando saiu uma confusão. É sim um belo zagueiro.
Breno:
Boas articulações na frente. Passou trabalho quando o Botafogo subia com dois do seu lado. Está crescendo de produção.
Ramiro:
 Talvez sua pior partida no Grêmio. Melhorou no segundo tempo. Saiu para entrar Zé Roberto.
Riveros:
Ficou mais preso com a ausência do Edinho.
Alán Ruiz:
 Muito ativo. Talvez sua melhor partida no Grêmio.
Rodriguinho:
Estava bem. Fez o gol do empate. Cansou no segundo tempo.
Dudu:
Apático. Não repetiu partidas anteriores. 
Barcos:
 Muita luta.
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Maxi Rodriguez (Rodriguinho): Entrou muito bem. Fez um golaço. Pelo gol da vitória, o melhor em campo.
Zé Roberto (Ramiro): Sem tempo.
Edinho (Dudu): Merece tomar uma cerveja hoje à noite.

Enderson Moreira: Está conseguindo recuperar a auto estima do time e a mecânica de jogo da primeira fase da Libertadores.
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Arbitragem: 
Flavio Rodrigues de Souza (SP), auxiliado por Kleber Lucio Gil (SC) e Marcio Luiz Augusto (SP) - Deixou o Botafogo bater à vontade.