31 de julho de 2014

Burros sempre são os outros


Assim que Felipão foi anunciado como novo técnico do Grêmio, a imprensa "sabe tudo" do eixo central do Brasil (RJ/SP) começou o bombardeio implacável. Os adjetivos usados são ultrapassado, ex-técnico, superado, precisa reciclagem, etc.
Então eu pude ver que eles não têm a menor noção sobre a história do Grêmio e do futebol gaúcho. Luiz Felipe Scolari foi o técnico que mais títulos conquistou pelo Imortal Tricolor.
São "apenas" onze títulos em sua passagem pelo clube.

Eles vêem a contratação de Felipão como pensamento mágico. Ficaram espantados com a rapidez com que o gringo conseguiu um novo emprego depois do baile que tomou da Alemanha. Disseram até que foi contratado graças "à covardia de dirigentes que não ousam em apostar no novo". Esquecem aqui, que o dito "novo" é gente do tipo Enderson Moreira - e deu no que deu. 

Então, é aí que eu levo fé. Quem conhece o senhor Scolari deve saber que depois disso ele está com sangue nos olhos e com sede de vingança. É nesse Felipão que eu aposto todos os meus caraminguás, como diria Daniel Matador. Os analistas também esqueceram de levar em conta, a parceria. No Grêmio, Luiz Felipe estará ao lado do maior dirigente que o clube já teve, Fábio André Koff,  e não ao lado do sonolento e catedrático Carlos Alberto Parreira e dos frouxos Nero e Marin. A CBF é a casa da mãe Joana, onde os interesses comerciais se sobrepõem ao futebol.

O presidente Fábio Koff sabe melhor do que ninguém como extrair o que há de melhor do profissional Felipão. Portanto, essa parceria vale a pena ser reeditada. Há  grandes possibilidades de dar certo. O Grêmio estava precisando dessa injeção de ânimo na torcida. Vai ser uma sacudida geral no clube. Poderá até não surtir os resultados esperados, mas pelo menos sabemos que o Imortal Tricolor está nas mãos de quem nasceu talhado para ser seu condutor e que, se falhar, não será por falta de amor ao clube e nem por burrice modernosa.

30 de julho de 2014

Jéssica: O Grêmio mais temido ressurge

Adversários, tremei. A dupla está de volta.

Em meio às mais diversas especulações da imprensa de todo Brasil, o nome que todos descartaram foi o escolhido: Luiz Felipe Scolari. Felipão agora é Grêmio e, com ele, Fábio Koff contratou uma massa de torcedores inteira.

Embora a aceitação da torcida tenha sido imediata, cartolas feat comentaristas do futebol foram uníssonos: “Felipão está defasado”, “Depois de levar 7x1, Felipão assume o Grêmio. A insistência em rotulá-lo como uma má contratação tem sido tanta que me pus a pensar, mas logo foi fácil entender: a fusão Grêmio-Felipão revive as alegrias dos gremistas e reabre as feridas dos rivais. É compreensível esse desespero em diminuir um vencedor. É uma fusão que refresca a memória de quem já havia começado a esquecer o futebol de raça do clube mais aguerrido do Brasil. Felipão no Grêmio significa, acima de tudo, uma identificação completa com a história e personalidade gremista e gaúcha. É um encontro de almas.

Mas além da velha identificação com o clube, Felipão e Grêmio têm um desejo em comum: ressurgir. Dois multicampeões contestados, diminuídos, “ultrapassados”. Felipão quer mostrar pra os críticos que ainda é um grande entendedor de futebol. Grêmio tem time para brigar por título e agora traz consigo um técnico com capacidade de tornar isso real e com sede de provar isso para todo mundo. Esse é o motivo de Grêmio-Felipão ter impactado tanto no Brasil, porque relembram a força do tricolor , tremendo as pernas até do mais cético comentarista de futebol. São onze títulos que os unem, o renascimento de nossas esperanças é simplesmente inevitável. Não há como falar do futebol brasileiro sem lembrar do Grêmio que motivava a todos com um futebol de força, de garra, de alma. Esse era o desejo do torcedor, a volta de um Grêmio que luta sobretudo pela honra, agora um tanto pisoteada pelos campos afora.

Nosso clube, atualmente, tem se modernizado em relação ao futebol. Além de softwares que permitem uma análise minuciosa do rendimento dos jogadores, Koff iniciou parcerias com outros clubes com foco nas categorias de base. Também há projetos de expansão da marca, ou seja, o Grêmio não parou no tempo e Luiz Felipe em união com o clube estará preparado para exercer um trabalho eficaz e de grande conhecimento no futebol atual.

Desse modo, por mais diversas que sejam as teses dos doutrinadores do futebol brasileiro, o gremista sabe que, enfim, é chegada a hora de acreditar. Porque o técnico das grandes conquistas voltou. O responsável pela vergonha do gurizinho em contar para os coleguinhas que torcia pro Inter voltou. E o time mais aguerrido do Brasil voltou. O Grêmio mais temido ressurge.

29 de julho de 2014

O técnico é um tal de Felipão...

Um campeão na casamata.
Ontem fui obrigada a dar um puxão de orelhas no Felipão e no Tite. Seria muita ingratidão com o presidente Fábio Koff e com o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense ficar dizendo não para os convites para retornar. O Imortal Tricolor precisa de Scolari agora. E felizmente caiu a ficha do gringo. Quando não era ninguém, o Grêmio apostou 100% na sua capacidade e ele chegou onde todos sabemos. 

Felipão está ultrapassado? Não sei. Pode até ser. Mas pelo que conheço de gringo originário do interior gaúcho, ele está mordido e não vai deixar barato os 7 x 1 que levou da seleção Alemã. Tenho absoluta certeza de que ele virá com tudo para provar ao mundo que não foi campeão mundial em 2002 por acaso. Esses gringos não são fáceis...

O importante é que Felipão conhece muito bem o solo em que pisará a partir de agora. E vem com sede de vitória. É hora da torcida lotar a Arena nos jogos do Grêmio e confiar no homem.
No Olímpico, Felipão teve mais de um título conquistado por ano, de 1993 à 1996: Copa do Brasil, Libertadores, Brasileirão, Recopa Sul-Americana, além de três estaduais.

O Campeão voltou!!!!!!
Dá-lhe, Grêmio!!!!!!!
__________ 

Seu Algoz 

Sabem nada estes dois.

28 de julho de 2014

Avalanche Tricolor: um técnico para deixar saudades

por Milton Jung

Grêmio 2 x 3 Coritiba
Brasileiro – Arena Grêmio


Ênio Andrade

A experiência mais gratificante que tive com um técnico de futebol foi com Ênio Andrade quando, pela primeira vez, treinou o Grêmio, em 1975. Anos difíceis aqueles, nos quais o título gaúcho era quase uma utopia e sequer tínhamos direito de sonhar com o Brasil ou o Mundo, apesar de já estar escrito pelo destino que haveríamos de conquistá-los. Foi, por sinal, o próprio Ênio quem abriu caminho para essas vitórias quando voltou a ser nosso treinador nos anos de 1980, mas este foi outro momento da nossa vida como torcedor. Seu Ênio, como sempre respeitosamente o chamei, foi muito mais do que o técnico do meu time de coração. Adotei-o como padrinho pelo carinho que sempre teve comigo desde que fui apresentado a ele por meu pai, Milton Ferretti Jung, que você, caro e raro leitor, conhece muito bem. Além de acompanhar a todos os treinos do Grêmio ao lado do gramado, tinha o privilégio de assistir às conversas que eles travavam ao fim dos trabalhos em uma mesa que lhes era reservada na cozinha do bar que funcionava dentro do estádio Olímpico. Aprendi muito sobre futebol naqueles tempos e não apenas sobre estratégias em campo, mas do jogo de tramoias e injustiças que se desenrola na maioria das vezes distante dos olhos do torcedor. Convidado por ele, me travesti de gandula para funcionar como “pombo-correio” do técnico que, na época, não podia sair da casamata, como era chamado o banco de reservas. Seu Ênio me passava as instruções e eu corria até atrás do gol gremista para transmiti-las ao goleiro Picasso. Inúmeras vezes, percebia que a orientação tinha um sentido e jogávamos a bola para o outro. O aprendizado mais importante se deu no campo pessoal: foi ele o responsável por me convencer de que eu seria muito mais honesto se procurasse meu pai para contar-lhe que havia rodado de ano na escola, notícia que eu relutava em anunciar, apesar de todos na família já saberem.

Antes de a partida de hoje se iniciar, tive a oportunidade de ouvir o comentarista da Sport TV Maurício Noriega citar o nome de Ênio Andrade, curiosamente ao falar da situação crítica vivida pelo Coritiba, time pelo qual Seu Ênio conquistou o Campeonato Brasileiro, em 1985. Apenas para refrescar sua memória, ele já havia sido campeão pelo Grêmio, em 1981, e mais tarde ganharia seu terceiro título nacional no comando de outro clube gaúcho (deixemos de lado, porém, esta lembrança). O comentário de Noriega foi o estopim para a saudade que venho sentindo de um treinador estrategista, com habilidade para enxergar a partida e mudar a maneira de se comportar do time na conversa de vestiário, substituindo ou apenas trocando o posicionamento de seus jogadores. Com a competência de um maestro que conhecendo cada peça à disposição as faz superar seus limites. Um técnico como Seu Ênio que conseguia nos explicar, sobre a mesa do bar, com algumas caixas de fósforo e um maço de cigarros, como o Grêmio venceria o Gre-Nal no fim de semana (e vencemos). A saudade aumentou a medida que o jogo desta noite de domingo se desenrolava, pois mesmo diante do placar que encaminhava uma vitória era perceptível que alguma coisa estava fora da ordem. Fernandinho e Matías Rodriguez estrearam; Giuliano estava em campo e Luan, também; Barcos se redimia com dois gols; Rhodolfo se esforçava como podia; Marcelo Grohe e o travessão defendiam o que dava; mas nada convencia. A virada que se desenhou era apenas uma ilusão como vimos no minuto derradeiro da partida.

Trinta e cinco jogos, 17 vitórias, 11 empates, sete derrotas e uma goleada histórica depois, Enderson Moreira foi demitido. Nos últimos 13 anos, 21 técnicos – entre titulares e interinos – passaram pelo Grêmio e apenas dois deles, Tite e Mano, deixaram saudades pelas graças alcançadas. Amanhã (ou daqui a pouco), alguém será escalado pela direção para ocupar este cargo. Sei que não encontraremos ninguém a altura do Seu Ênio, gente como ele não existe mais, mas seria pedir muito que a diretoria contratasse alguém a altura do Grêmio?

27 de julho de 2014

Enderson Moreira já é passado

O grande fato novo do dia é a saída de Enderson Moreira como comandante técnico do time do Grêmio. Após um resultado desastroso e muita vaia e irritação da torcida, Enderson já não comanda mais a equipe e o debate agora é: quem virá para ocupar o seu lugar?
Façam suas apostas!!!!!!

Aviso aos leitores

Prezados leitores, como seu Algoz está em visita a Rainha Elizabeth (UK) e eu estarei na Arena assistindo o jogo de hoje contra o Coritiba, aviso que o habitual post pós-jogo só estará disponível neste espaço após às 22:00hs ou na manhã de segunda-feira.
Obrigada pela atenção.
Vamos, Grêmio!!!!!

25 de julho de 2014

Ajudem a achar o Lebon

Caros


Sempre procurei fazer posts aqui no Imortal Tricolor para elevar o ânimo da torcida.
Para tal, estar com um elevado estado de espírito ajuda muito.
Desta vez, contudo, excepcionalmente estou utilizando este nobre espaço para contar com a ajuda da imensa legião de leitores e amigos que temos e fazer com que eu consiga recuperar minha alegria.
O Lebon, o cachorro linguicinha aqui de casa, está desaparecido desde a última quarta-feira.
Acima está a imagem que temos compartilhado nas redes sociais para auxiliar nas buscas.
Se alguém souber de alguma informação, pode contatar-me no e-mail danielmatador9@gmail.com ou pelo Twitter, no @danielmatador9, além dos comentários aqui no blog.

Conto com a ajuda dos amigos!

Saudações Imortais

As convicções de cada um


Cada gremista deste universo já sabe qual a sua escalação preferida: com Barcos, sem Barcos, com Pará, sem Pará, com Geromel, sem Geromel, com Saimon, sem Saimon, com Zé Roberto, sem Zé Roberto...
Enfim, cada um tem suas preferências e convicções. Não adianta uns quererem convencer a outros.
Em futebol, o torcedor é taxativo e dificilmente abre mão de suas convicções. Sejam elas acertadas ou não. Depende do ponto de vista de cada um. E ponto final.
Não sou eu que vou ficar aqui brigando para enfiar guela abaixo teorias para convencer que este jogador serve e o outro não. Acho que tudo já foi dito aqui pelos blogueiros e leitores.

Sendo assim, se a direção do Grêmio está mantendo Enderson Moreira até agora no comando, deve ter suas convicções e boas razões para fazê-lo. Afinal, só um tresloucado gostaria de perder e ainda ficar de mal com a torcida. Fiquei sabendo que os treinos de Enderson são muito bem elaborados e explicativos. Ao contrário de Renato Portaluppi, que fazia uma riscaria no quadro e confundia a cabeça até de pessoas mais letradas. O problema é saber se os jogadores conseguem entender aquilo que lhes é pedido. Ou, se conseguem FAZER aquilo que lhes é pedido. Essa é uma questão crucial. Não adianta pedir algo que a pessoa não está capacitada para entregar.

Poderíamos preencher aqui páginas e páginas de suposições sobre o atual time do Grêmio. Mas de minha parte, já escrevi o que penso e agora vou esperar um momento para ver o que acontece. Estarei na Arena domingo para conferir a equipe contra o Coritiba. Teremos a estreia de Fernandinho. Não sei se Barcos ficará na equipe ou dará lugar a Lucas Coelho. Tenho muitas dúvidas. Seja como for, só me resta esperar pelo jogo de domingo, secar o Cruzeiro e ver como ficaremos na tabela de classificação.
 

23 de julho de 2014

Nem tanto ao céu e muito menos ao inferno


A cada dia está mais difícil de ler comentários de gremistas. Aqui ou no twitter. Imagino que também no facebook que muito raramente acesso.
Se alguém chegar do nada e ler o que a maioria maciça dos gremistas fala ou escreve, imaginará que estamos nas profundezas do mais profundo abismo. Abaixo da lanterna se isto fosse possível.
O treinador é o primeiro a ser execrado. Seria linchado certamente se não houvesse o risco dos linchadores passarem alguns meses na prisão (neste país o crime mais hediondo dá meses de cadeia se tanto). Não serve para nada!, gritam histericamente. É o tiozinho do Posto Ipiranga, ironizam. Não treina nada, proclamam dia sim outro também.
A direção, em especial o Rui Costa e o Presidente Fabio Koff, é formada por pouco mais do que dejetos humanos. Incompetentes, moles, despreparados, são os adjetivos mais amenos.
Os jogadores, segundo muitos, "formam um dos melhores grupos do Brasil". Com exceção do Barcos e do Pará. Edinho tem direito a entrar nesta lista de proscritos, assim como o Werley, e o Ramiro, e mais alguns que não lembro agora.
"Quarenta e poucos dias para treinar e não se viu nada."
Claro que a bela movimentação do primeiro tempo, manchada pelos gols incríveis perdidos pelo time contra o Goiás, foi obra do acaso.
Claro que estar embolado no grupo de cima também decorre de muita sorte. Talvez da ajuda frequente e decisiva dos árbitros.
Claro que a defesa ser menos vazada deve-se muito mais à má pontaria dos adversários do que à existência de um esquema defensivo sólido.
Claro que o treinador e a direção entram em campo na hora dos chutes a gol dos nossos craques e dos cruzamentos invariavelmente à meia altura.
Claro que o Grêmio será rebaixado.
Claro que eu sou oficialista.
Claro que eu acho que está tudo perfeito. Será?
Se você leu até aqui, talvez tenha interesse em saber minha opinião.
Vamos a ela.
.....
O Grêmio tem uma grande defesa.
Não é fácil e nem comum ter uma grande defesa e um ataque eficiente. A história mostra.
O Grêmio tem jogadores lentos na transição da defesa para o ataque, o que dá tempo para os adversários se reorganizarem.
Esta lentidão é muito mais resultado das características dos nossos jogadores de meio campo (a maioria condutores de bola) do que de proposição tática.
Estes problemas são agravados pela má fase aparentemente eterna do nosso centro-avante.
Mas, na minha opinião, o Grêmio apesar de tudo isto é candidato sim ao título. A entrada de Giuliano pode mudar o panorama de lentidão do meio campo. Lucas Coelho, provavelmente terá uma sequência e deverá aprovar. Fernandinho também pode aumentar e muito a velocidade do ataque. O Grêmio tem sim um dos melhores grupos que está se ajustando e vai render mais.
.....

Há menos de um mês vimos o que pode uma pressão insana causar em um grupo de atletas.
Eu vejo esta mesma insanidade aplicada sobre os jogadores e todos que trabalham no Grêmio.
Continuem. Quem sabe nossos homens são mais fortes do que aqueles que estão no topo da pirâmide. Pouco provável. Mas continuem tentando provar o improvável.

22 de julho de 2014

Melhor defesa, mas o ataque...

Abaixo,  na tabela do Campeonato Brasileiro reproduzida do site Infobola, podemos conferir os números de todas as equipes participantes. Hoje o Grêmio ocupa a sétima posição, apenas um ponto atrás do segundo colocado (Corinthians). O problema maior é o time do Cruzeiro que começa a se distanciar dos demais, mesmo não jogando um bom futebol, segundo analistas. Alguém vai ter de agarrar esse foguete pelo rabo, senão teremos o repeteco do campeonato do ano passado quando todos sabíamos com grande antecedência quem seria o campeão.

Um ponto a favor do Grêmio, é o fato de termos a melhor defesa da competição, com apenas cinco gols contra. Sendo assim, o time está desequilibrado. O Imortal Tricolor tem uma  defesa eficiente, porém um ataque pouco efetivo, que não consegue transformar os ataques em gols. São poucos gols. Está feia a coisa. Os motivos todos sabemos. Já cansamos de escrever sobre isso aqui e nem vou repetir a mesma lenga-lenga. Portanto, só podemos esperar e rezar para que o Cruzeiro desacelere e que algum iluminado do nosso time comece a colocar a bola para dentro. Quem será esse cara não sei, mas tem que ser já.

Com a lesão do Alán Ruiz, comenta-se a possibilidade da entrada de Fernandinho já no próximo jogo. Quem sabe não será ele o salvador? Nunca podemos saber com antecedência o que os deuses do futebol conspiram. Quem sabe esteja guardada uma boa surpresa para os gremistas e o time encaixe com a entrada deste jogador?
Quem sabe...
Já estou até entrando em uma fase mística para tentar entender o que acontece com o nosso Grêmio. Não está proibido de Fernandinho entrar e dar aquele toque que falta e que todos nós esperamos com ansiedade há tempos.


CLASSIFICAÇÃO E CHANCES DE SER CAMPEÃO
  Clubes Pontos ganhos Vitórias Empates Derrotas Saldo de gols Gols pró Gols contra Jogos
1. Cruzeiro 25 8 1 2 11 23 12 11
2. Corinthians 20 5 5 1 7 13 6 11
3. Fluminense 19 6 1 4 6 17 11 11
4. Atlético-PR 19 5 4 2 6 19 13 11
5. Inter 19 5 4 2 6 17 11 11
6. São Paulo 19 5 4 2 5 18 13 11
7. Grêmio 19 5 4 2 3 8 5 11
8. Sport 18 5 3 3 -1 9 10 11
9. Santos 17 4 5 2 6 12 6 11
10. Goiás 17 4 5 2 0 7 7 11
11. Atlético-MG 15 4 3 3 2 12 10 10
12. Palmeiras 13 4 1 6 -5 9 14 11
13. Botafogo 12 3 3 5 1 14 13 11
14. Criciúma 11 4 2 5 -8 7 15 11
15. Chapecoense 11 3 2 5 -2 8 10 10
16. Bahia 9 2 3 6 -5 8 13 11
17. Vitória 8 1 5 5 -5 9 14 11
18. Figueirense 7 2 1 8 -10 5 15 11
19. Coritiba 7 1 4 6 -5 8 13 11
20. Flamengo 7 1 4 6 -12 7 19 11
Chances
54%
8%
6%
6%
4%
5%
6%
5%
2%
1%
3%
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21 de julho de 2014

Jéssica: A vitória veio com mais do mesmo

Depois de quatro jogos, Grêmio volta a balançar as redes e junto ao gol vieram os três pontos, logo dos pés de Giuliano, um jogador que traz, além do bom futebol, a motivação para embalar o time. Porém, apesar de a vitória ter sido alcançada, ela não foi satisfatória: Figueirense mostrou-se bastante inconsistente e, pela superioridade gremista, principalmente na meia cancha, é que o torcedor esperava um placar maior.

O Grêmio soube envolver o Figueirense no meio campo e consequentemente determinou o ritmo de jogo na maior parte do tempo – a posse de bola foi 58% tricolor, mas continuamos a perceber a dificuldade do ataque em trabalhar as jogadas e criar situações reais de gol.

Conforme meus últimos dois textos frisaram, é preciso mudar algo no ataque ou na forma de jogo. Falei do Barcos, em como ele não estava conseguindo ser eficiente e, mais do que isso, empacando as jogadas velozes. Dessa vez, vou além: nossas peças não conseguem efetuar as funções que o esquema atual de pontas exige. Quando a bola chega até um dos dois pontas, nosso time passa a ser facilmente marcado. Isso ocorre pela rara passagem dos laterais ou volantes à linha de fundo – algo vital no esquema 4-2-3-1 e quando ocorre, o cruzamento é muito defeituoso. E isso não acontece só com nosso lateral carismático do moicano descolorido, não. O cruzamento ruim já é uma característica negativa do time. Além disso, e correndo o risco de me tornar repetitiva, volto a dizer que o pivô que Barcos faz na entrada da área só dificulta a criação das jogadas, uma vez que ele dificilmente acerta o domínio da bola – é uma fase ruim do pirata. O esquema atual exige movimentação e passagens paralelas de jogadores, laterais ou volantes, e a não-execução desses quesitos torna o time previsível e marcável.

Vimos o time bastante evoluído no meio campo após a parada para Grêmio-temporada. A melhora na organização e na movimentação dos meias faz necessário enfatizar a evolução no desempenho de Alán Ruiz, provando que só precisava estar em forma para mostrar seu potencial. E ainda contamos com o talento de Giuliano. Logo, é analisando esses fatos que acredito que tornará o time muito mais produtivo jogar num 4-4-2. Aproveitando a velocidade de raciocínio dos nossos meias, a qualidade de seus passes poderia e seria mais explorada nesse esquema; da mesma forma, a mudança de função do centroavante. Hoje o time está adestrado a jogar buscando tabelas com Barcos, que tem passado em branco há muitos jogos. É chegada a hora de parar de insistir em algo que não tem rendido e propiciar mudanças táticas que favoreçam nossos jogadores mais velozes a desenvolver suas jogadas em vez de enforcá-los na marcação. Um esquema mais simples pode privilegiar também a saída de bola, outra dificuldade do tricolor.

Por fim, acredito que esse elenco pode brigar pelo título, embora faça-se necessário adequar o esquema conforme os jogadores que vêm numa boa fase. É preciso marcar mais gols e fazer o ataque render já que defensivamente estamos bastante seguros.

20 de julho de 2014

Avalanche Tricolor: três minutos que valeram minha torcida

Figueirense 0 x 1 Grêmio
Brasileiro – Orlando Scarpelli – Florianópolis (SC)


Giuliano_Fotor

A bola trocou de pés rapidamente. A partir da intermediária, Alan Ruiz e Giuliano tabelaram sem dar chance à marcação. O passe final do gringo, já dentro da área, desmontou qualquer tentativa de defesa e abriu caminho para o primeiro gol da partida. O primeiro de Giuliano com a nova camisa, que, aliás, lhe veste muito bem. Foi também o nosso primeiro gol depois de muito tempo. O locutor do jogo chegou a dizer há quantos minutos não marcávamos, mas não tive cabeça para guardar o tempo sem gols, estava entusiasmado demais com aqueles três primeiros minutos que jogávamos. O goleador – já podemos identificá-lo assim? – ajoelhou-se, ergueu os braços, indicou o dedo para o alto e agradeceu a graça alcançada, enquanto seus companheiros saltitavam de satisfação e comemoravam a conquista. Anunciava-se uma apresentação de gala – não sei se ainda chamam assim. O Grêmio forte, matador e disposto a pressionar os líderes, de volta aos gramados. Era tudo que esperávamos nesta retomada do Campeonato Brasileiro.

Devagar com o andor porque o santo é de barro. Depois do gol, ainda haveria todo o primeiro e segundo tempos. Sendo mais preciso: houve um bom primeiro e um nem tão bom assim segundo tempos. Nossas chances de ampliar o placar foram tímidas. As deles, também. Tivemos de salvar duas bolas na entrada da área com nossos defensores se jogando ao chão. Impedimos o cruzamento com um carrinho que acabou em falta. Fizemos outras faltas desnecessárias. E deixamos a bola rolar no nosso campo de defesa. Oferecemos oportunidades para o adversário que, por conta própria, não conseguiria chegar ao nosso gol. A vitória avassaladora que se desenhou no começo da partida se restringiu ao 1 a 0, mesmo estando diante do Figueirense, time que sofre na zona de rebaixamento, tem os piores ataque e defesa da competição, e ficou com um jogador a menos boa parte do segundo tempo.

Confesso, caro e raro leitor, esperava um pouco mais. Não me prestarei, porém, às críticas mordazes e à descrença porque, ao contrário de muitos que escrevem por aí (e por aqui, também), serei eterno torcedor deste time. E vou incentivá-lo mesmo diante das mais complicadas situações – o que, convenhamos, nem é o que vivemos atualmente. Estarei sempre propenso a me entusiasmar seja com o desarme de um zagueiro, o chutão de um dos nossos volantes ou, como hoje, alguns poucos minutos de jogo bem jogado. E se em todo jogo bastarem três minutos para sairmos vencedores, que assim seja até o título final.

19 de julho de 2014

Três pontos preciosos

Figueirense 0 X 1 Grêmio 

Quando dei-me conta de que o jogo de hoje seria em Florianópolis , imediatamente pensei: "dancei". Já que seu Algoz, como era de se esperar, foi a campo prestigiar, vamos lá mais uma vez fazer o histórico do acontecimento. Gosto de acompanhar as partidas com foco total na televisão, mas vamos encarar mais essa. Se é para o bem de todos, olho na tv e caneta na mão. Estou torcendo para o que tenha para lhes contar a seguir seja bom para todos os gremistas.
Já passa da hora...
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Primeiro tempo: 0 x 1

Aos trinta segundos, o Grêmio finaliza pela primeira vez contra o gol do Figueirense. Aos três minutos, em uma boa jogada de ataque, a bola é lançada por Alan Ruiz para o meio da área e Giuliano toca com categoria para o fundo do gol. Alívio geral. O restante dos 42 minutos tem  alguns ataques dos dois lados, muitos passes errados, chutões e desperdício de energia. O primeiro tempo foi de muita pobreza técnica.  Um jogo daquele tipo que não é capaz de empolgar a torcida. Na fase atual, intervalo vencendo por um gol já está de bom tamanho. 

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Segundo tempo: 0 x 0

De volta com Barcos e tudo, o jogo recomeça no mesmo ritmo da primeira etapa. Até os dez minutos, apenas tentativas infrutíferas no ataque. Continuam os balões e erros de passes. Aos doze minutos, Enderson coloca Dudu no lugar de Luan. Aos quinze, Dudu sofre falta perto da área. Giuliano cobra rasteiro e a defesa afasta. Logo depois, Tiago Heleno tenta chutar Ruiz e é expulso. Aos 21, Dudu recebe cartão amarelo por simulação. Lucas "Vai Lá e Resolve" Coelho, entra aos 24 minutos substituindo Barcos. Em boa jogada com Lucas, Ruiz chuta e obriga o goleiro a uma boa defesa (primeiro chute na segunda etapa). Enderson coloca Zé Roberto no lugar de Ramiro aos 34 minutos. Coelho perde uma grande chance aos 36 minutos e nada mais acontece.
 __________

Como jogaram:

Grohe: tranquilo
Pará: melhor na primeira etapa
Rhodolfo: tranquilo
Geromel: seguro
Saimon: eficiente na defesa
Ramiro: discreto
Riveros: discreto
Luan: apagado
Giuliano: salvou Enderson
Alàn Ruiz: boa movimentação
Barcos: nenhum chute em gol
.....

Dudu: interessado
Lucas Coelho: tentou o gol
Zé Roberto: Melhor partida dele desde o ano passado.

Enderson Moreira: salvo por Giuliano

__________

Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique (RJ), auxiliado por Luiz Cláudio Regazone (RJ) e Gilberto Stina Pereira (RJ). Discreto e não comprometeu . Como a maioria dos árbitros brasileiros, acima do peso. Alguém saberá explicar esse fenômeno?

18 de julho de 2014

O medo como parceiro

Não se faz futebol tendo o medo como parceiro.

Desculpem meus leitores, mas eu não tenho muito mais para dizer a vocês. Quando se pensa que o nosso técnico finalmente dará um giro nas idéias, eis que ele recua e voltamos ao mesmo ponto inicial. Fica difícil para quem escreve bater sempre na mesma tecla. O risco é tornar-nos enfadonhos e chatos. O que posso lhes dizer? Quando o treinador se apavora e não inova apostando em Mateus Biteco e Lucas Coelho - nem vou falar em Máxi - , pouco temos a acrescentar. Já sabemos o que pode dar com Ramiro, Barcos e Pará. Então, sei lá...
Vamos esperar o ciclo da lua e imaginar que na próxima lua cheia, algo possa mover as peças do tabuleiro com a ajuda do movimento dos mares.
Só espero que não seja tarde demais.
__________

Tudo bem querer proteger o Barcos, deixá-lo confiante, etcetera e tal. Mas acho que Enderson está virando o fio. Ele não está percebendo que expõe o jogador à ira e deboche da torcida. O que eu vejo é a animosidade crescer a cada dia em relação ao desempenho do atleta. Vou falar com toda a sinceridade: se Moreira não vê o aque acontece, acho que o jogador deveria tomar a iniciativa e pedir para ser preservado. Não dá para entender o drama que possa ser sentar um pouco no banco de reservas. Zé Roberto que já foi expoente na Alemanha e seleção brasileira está de bancário, porque Barcos também não poderia fazê-lo? Qual pedaço do seu corpo seria desmembrado?
Eu não sei responder essa pergunta. Para dizer a verdade, acho até que é um pouco de burrice do jogador. Eu, no seu lugar,  agiria muito diferente. É preciso ter um QI acima de 110 para perceber a hora de meditar e partir para mudança de postura. Isso às vezes exige o afastamento do problema. Quando estamos inseridos na massaroca, é muito difícil enxergar a realidade como ela é.
Mas também, isso já é desejar demais...
__________

Tudo que eu escreveria aqui, seria a repetição de posts anteriores.
É preciso OUSADIA.
O MEDO é o maior adversário do SUCESSO.
Para ser Campeão, é preciso ter sucesso. Só com sucesso se coloca as mãos na taça.
Para mim, isso é tão óbvio que não consigo acreditar que alguém não pense assim.
Mais uma vez lhes digo: não tenho mais nada a lhes dizer.
Maldito MEDO!!!!!!!

17 de julho de 2014

Jéssica: Grêmio escapa-marcha


Desde o início do ano, vemos um Grêmio que não é péssimo, mas não é bom. Quando parecia querer engrenar, escapava a marcha. Com a chegada de bons jogadores, Grêmio parecia ter pelo menos o suficiente para ser produtivo no ataque, enquanto nós torcedores esperávamos ansiosos pelo fim da Grêmiotemporada, para saber a evolução do time.

Bem, ao meu ver, Grêmio evoluiu em seu posicionamento e na movimentação. Não era pra menos, Luan é habilidoso e Giuliano chegou para ser nosso câmbio automático. E ainda contamos com Alan Ruiz que tem qualidade para agregar na criação. Logo, se temos peças, por que vemos a mesma ineficiência no ataque?

Pra mim, muito se justifica pela forma que Barcos joga no Grêmio. Contra o Goiás vimos um time articular as jogadas, ter total controle do meio-campo mas travar quando chega na área adversária. Desacelera, perde a dinâmica do ataque. Escapa a marcha. Isso se dá porque a estratégia do Grêmio, no ataque, é tabelar com Barcos. Ou, se não, alçar bola na área para o mesmo. Barcos tem sido pivô que precisa fazer um esforço imenso para tomar a frente do zagueiro, conseguir dominar a bola pra depois, com uma pitada de sorte, acertar o passe. O problema é que a sorte quase nunca veste a tricolor. É preciso ser eficiente. E a nossa eficiência está em saber jogar conforme as características dos nossos jogadores.

Grêmio trouxe jogadores que têm como característica a velocidade, como já tínhamos Luan e Dudu. É preciso mudar a estratégia, extrair o melhor das peças que o elenco dispõe. Jogadores velozes precisam tabelar entre si, em velocidade de raciocínio na execução da jogada e não mais tabelar com a parede nem contar com a sorte e com o passe insistente no mesmo jogador improdutivo. E responsável em tornar isso real é, evidentemente, Enderson. Mas aí, ligamos o rádio e o escutamos dizer: “Estou dando meu melhor”. Cara, não está sendo suficiente. E sinceramente, ver o técnico colocar todas suas opções de ataque expondo o time, num desespero para fazer o gol, não me anima nenhum pouco. Na verdade, me mostra uma falta de convicção dele próprio.

Talvez o melhor ainda não seja o suficiente. Temos um bom time agora, capaz de crescer, capaz de ser produtivo, de lutar pelo título. Capaz de engrenar. Só faltam detalhes, embora sejam os principais. Quem sabe, seja necessário alguém capaz de consertar os detalhes que faltam para tornar esse time um brigador direto pelo título. Porque é só isso que interessa para nós.

Avalanche Tricolor: para matar a saudade

Ele é, talvez, o melhor âncora do rádio brasileiro. E é seguramente, o gremista mais lírico e apaixonado entre os blogueiros tricolores.
Talvez por ser exilado em São Paulo, que é bem mais longe do que o meu exílio em Floripa. Talvez por ter nascido no pátio do Olímpico Monumental. Talvez pela genética. Talvez por ter ainda a alma de uma criança. Não importa.
Importa que escreve como poucos. Importa que concordou que o blog compartilhasse seus posts para os leitores.
Pena que a estréia não fala sobre uma grande vitória. Pena? Não estou muito certo. Quem escreveria uma crítica ácida de forma tão apaixonada?
Vamos ao que interessa então: Milton Jung.

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Estava com saudades do Grêmio. Imagino que você, caro e raro leitor gremista deste blog, também estivesse. Depois da overdose de Copa, com seu cerimonial pré-jogo, partidas bem jogadas, arenas lotadas e cenas incríveis registradas por mais de uma dezena de câmeras, não via hora de voltar a realidade do futebol brasileiro. Por estar de férias, cheguei a planejar um retorno em alto estilo, com viagem a Porto Alegre e direito a ingresso para ver o Grêmio, ao vivo, pela primeira vez na Arena. Sim, eu confesso envergonhado: até hoje não consegui chegar perto do nosso novo e bonito estádio. E não foi desta vez, pois intempéries familiares me impediram de viajar. Restava-me repetir a tática das partidas anteriores – ficar sofrendo em frente a televisão – com a vantagem de não ter de acordar de madrugada no dia seguinte, o que me permitiu abrir uma garrafa de vinho e cantarolar enquanto a bola não rolava: “eu sou Borracho, sim senhor/ E bebo todas que vier/ Canto pro meu tricolor/ Meu único amor/ E dale daaaaaaaale Tricolor…

Apesar da viagem frustrada, havia outras expectativas para o jogo desta noite de quarta-feira. A começar pela estreia de Giuliano de quem mais ouvi falar do que vi jogar, pois nunca fui de prestar atenção no desempenho da turma lá próxima do Guaíba. Meu pai, que entende de futebol bem mais do que eu e acompanha de perto as coisas que acontecem entre o Humaitá e a Praia de Belas, por telefone, me garantiu que o cara joga bola de verdade e voltou ao Brasil fisicamente mais forte (e parece que feliz pela oportunidade de jogar pela primeira vez em um grande time brasileiro – calma, isso é só uma brincadeira!). Pelo que se percebeu em campo, realmente pode ajudar na campanha deste ano. Além dele, havia algumas trocas de posição, como a presença de Saimon na lateral esquerda, Geromel de titular na zaga, um meio de campo redistribuído e o ataque com esperança renovada. Sem contar o banco mais bem reforçado. Ou seja, Enderson Moreira tinha mais recursos em mãos.

Noventa e poucos minutos e uma garrafa de vinho depois, vimos que a frustração não se resumiu a viagem não realizada. Assim como no primeiro semestre do ano, os gols seguem sendo peças raras do nosso lado. E para deixar a coisa ainda mais angustiante, a bolinha que aparece na tevê para anunciar gols nos outros jogos da rodada insistia em saltitar à minha frente para provar que era possível marcar. Nós é que não sabemos como. Justiça seja feita, não faltaram tentativas de gols, com chutes para um lado e para o outro, alguns bem mais para cima do que para os lados. Houve até bola no poste e por cobertura. Nenhuma, porém, fez a gentileza de entrar. Quem entrou bem foi Dudu, esforçado, driblando, tentando cruzar para área, como sempre fez desde que esteve no time. Luan deu sinais de que pode entregar o futebol que promete ter. Barcos segue tentando. E Pará, pintou o cabelo com a mesma tinta de Daniel alves, esta sim a mudança mais visível em relação ao primeiro semestre.

De resto, o Grêmio matou a minha saudade (e entenda isso da maneira que bem quiser).

16 de julho de 2014

Quarenta e cinco dias perdidos

Grêmio 0 x 0 Goiás

Primeiro tempo: 0 x 0


Depois de longos 45 dias, que duraram um ano, o Imortal entrou em campo para matar a saudade da torcida.

E a saudade quase desapareceu aos 9 segundos, após falha na saída de bola que propiciou um ataque perigoso do Goiás. Marcelo pegou e saiu jogando mal. Mas pegou de novo.
Com menos de 2 minutos foi a vez de Luan fazer bela jogada e dar trabalho ao goleiro adversário.

Ramiro perdeu um gol feito aos 2:47 após bela combinação de ataque entre Barcos e Luan.
Depois de um começo quente o jogo amornou, mas se podia ver boa troca de passes do Grêmio até a última bola, quando a jogada não se completava. 
Aos 15 minutos um bom ataque. Barcos foi servido na esquerda mas chutou cruzado em cima do goleiro.
Aos 18 Barcos foi Barcos. Recebeu de costas, fez o giro com grande categoria e ficou de frente para o gol na altura da marca do pênalti mais para a esquerda. Aí deu um balão por cima.
Um minuto depois Pará deu bela cruzada e Barcos mandou para fora.
O Goiás chegou com perigo aos 29 minutos mas Grohe fez boa defesa e salvou o gol. Foi a primeira chegada perigosa do visitante.

Depois de longo período sem chegar Barcos e Luan combinaram bem e o garoto bateu por cobertura quase encobrindo o goleiro. Eram 36 minutos de jogo.
E mais nada aconteceu no primeiro tempo.
.....

O Grêmio não jogou bem. Mas também não jogou mal. A opção por Saimon na lateral logo se mostrou equivocada. Um erro de avaliação. Saimon entortou o time que só jogou pela direita. Por outro lado, Luan e Barcos se movimentaram bem. As atuações apagadas de Alán Ruiz e Riveros ajudaram a piorar as coisas. Giuliano foi discreto.
Abusou, uma vez mais, de perder gols. E Barcos foi de novo o campeão neste quesito.

Segundo tempo: 0 x 0

Mesmo time e futebol pior foi o que se viu no começo do segundo tempo. O Goiás começou mais insinuante e perigoso.

Só aos 7 minutos saiu uma boa jogada. Combinação de Giuliano com Ruiz deixou o argentino em condições de marcar. Mas o chute saiu fraco nas mãos do goleiro.
Aos 10 minutos Alán Ruiz de novo chutou no cantinho de fora da área com defesa do goleiro para escanteio.
Na sequência Ramiro saiu para entrar Dudu.
E aos 13 minutos Dudu cruzou e quase saiu o gol.
Depois de 5 minutos melhores o Grêmio volto a deixar o Goiás gostar do jogo.
Barcos saiu aos 25 minutos sob uma chuva de vaia.
Aos 31 minutos Enderson largou na mão de Deus. Tirou Alán Ruiz e colocou Zé Roberto. Maxi, que parecia uma esperança quase única ficou lustrando o banco de vez.
Aos 35 minutos Riveros bateu forte de fora da área para fora.
Logo depois Lucas Coelho deu uma bomba na trave.
.....


Um começo razoável. Um primeiro tempo no todo assistível e um segundo tempo perto do lamentável. 
O cara treinou um time novo e na hora da volta, tirou os que treinaram e voltou com o time antigo.
Não vou falar mais nada agora para não dizer bobagem.
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 Como jogaram:

Grohe: Uma boa defesa no primeiro tempo. Mais nada.
Pará:
 Subiu bastante e deu um bom passe no primeiro tempo desperdiçado por Barcos. No segundo tempo sumiu.
Rhodolfo:
Tranquilo como sempre.
Pedro Geromel: Fechou bem com Rhodolfo.
Saimon: Não pode ser lateral esquerdo. Mas ficou o jogo todo.
Ramiro:
 Perdeu um gol feito no primeiro tempo. Saiu no começo do segundo.
Riveros:
Muito discreto no primeiro tempo. Melhor no segundo.
Alán Ruiz:
 Apagado. Parece sofrer de depressão.
Giuliano:
Bem sem empolgar no primeiro tempo. Caiu no segundo tempo.
Luan:
Sempre procurou o jogo. Mas alternou belas jogadas com jogadas medíocres.
Barcos: Se não fosse centro-avante teria jogado muito bem no primeiro tempo. Mas centro-avante tem de fazer gol. O segundo tempo foi lamentável.
.....

Dudu (Ramiro): Entrou com vontade, mas só vontade não ajuda.
Lucas Coelho (Barcos): Uma bola na trave. 
Zé Roberto (Alán Ruiz): Não tem culpa de ter entrado.

Enderson Moreira: Como diz o Daniel Matador, "ah pois é..."
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Arbitragem: 
Luiz Flávio de Oliveira (SP) com Vicente Romano Neto (SP) e Herman Brumel Vani (SP) - Para marcar uma falta a favor do Grêmio precisava haver 5. Mas não tem culpa nenhuma do empate.

Daniel Matador: A Volta


“Pode ir armando o coreto 
E preparando aquele feijão preto 
Eu tô voltando.”


Tô Voltando, (clássico composto por
Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós).

Caros

Um mês e meio. Quarenta e cinco longos e arrastados dias. Que Copa do Mundo, que nada! Façam mais duzentas Copas ininterruptas e nenhuma delas aplacará a saudade de um coração azul, preto e branco por um jogo do Imortal. Tragam todos os jogadores do planeta para desfilarem suas chuteiras coloridas pelos estádios do Brasil. Ainda assim não será possível sanar a ânsia de ver entrar em campo o manto tricolor, mesmo que seja envergado por um guri da base. Façam mil gols de placa valendo a taça do mundo. Nenhum deles será tão comemorado quanto um gol de xiripa, feito por um volante tosco, mas que carrega no peito o escudo do Grêmio. Não tentem entender. Está além da compreensão dos simples mortais.

Nesta quarta-feira o tricolor volta a jogar pelo Campeonato Brasileiro na sua Arena. Um retorno que se sabia que ocorreria, mas que não imaginava-se que demoraria tanto. Parece que foi há um século. Mas foi em um não tão distante início de junho que víamos o fardamento das três cores empatar na Serra Gaúcha contra o Palmeiras. De lá para cá, muita coisa mudou. Kléber Gladiador foi emprestado ao Vasco, Léo Gago foi para o Bahia, Adriano para o Vitória, Mamute para o Botafogo e Moisés para o Goiás. Contudo, reforços importantes chegaram. O mais importante deles, com certeza, é Giuliano. Contratado junto ao Dnipro, vem para ser titular. A ele juntam-se Fernandinho, Fellipe Bastos e Matías Rodriguez. Todos jogadores com potencial para a titularidade ou, ao menos, compor o grupo em igualdade de condições.

O time que entrará em campo na Arena nesta quarta-feira para enfrentar o Goiás provavelmente será formado por Grohe e uma dupla de zaga composta por Rhodolfo e Geromel. Nas laterais, Pará mantém-se na direita e há a tendência de testar Saimon na esquerda. Matheus Biteco e Riveros (este último recuperado de lesão) são a dupla de volantes. Na meia cancha, Giuliano junta-se a Alán Ruiz e Luan, deixando Barcos como a referência de ataque. Neste trio de meias reside a grande aposta de diferenciação para este segundo semestre. Assim como as esperanças para o restante do Campeonato Brasileiro e para a Copa do Brasil. Rodriguinho e Dudu permanecem como opções interessantes.

Portanto, como diz a canção, pode preparar aquele feijão preto. Aproveita também e separa aquela camisa mais linda do mundo. E solta o grito que a torcida segurava há tanto tempo. O Grêmio está voltando.

Saudações Imortais

15 de julho de 2014

De volta para a peleia


* O texto abaixo foi enviado pelo leitor Christian Carrard

É hora de voltar aos gramados e tentar o título.

Passada a Copa do Mundo, enfim voltamos à realidade do nosso Brasileirão. Aproveito o espaço para fazer uma breve análise de como voltam à competição os principais postulantes ao título do campeonato deste ano.

- Cruzeiro: o líder retoma a competição após uma bem sucedida intertemporada nos Estados Unidos, quando venceu seus cinco jogos contra times mexicanos (Tigres, América e Chivas) e um da liga local (Miami Dade). Os dias na terra do Tio Sam, trouxeram de positivo as atuações individuais de Ricardo Goulart e do recém chegado ótimo zagueiro Manoel. Os mineiros contrataram ainda os atacantes Neilton (Santos) e Marquinhos (Vitória) e negociaram o também atacante Luan. Dagoberto e Borges seguem na rotina das lesões e não participaram dos amistosos.
Segue a indefinição sobre a permanência de William, jogador do Metalist, que já recebeu proposta de quatro milhões de euros e tem empréstimo encerrando no dia 14 de julho. Na quinta-feira, o atual campeão enfrenta o Vitória no palco do Mineiraço.

- Corinthians: foi o clube que melhor se reforçou na parada. Lodeiro, Elias, Angel Romero, Anderson Martins e, talvez ainda, Marcelo Cirino fazem do time paulista forte candidato a brigar na ponta. A saída de Guilherme para a Udinese não compromete, mas a lesão do goleiro Walter e as frequentes ausências de Cássio podem atrapalhar. Na quinta-feira, o time de Mano Menezes enfrenta o Internacional em confronto direto.

Biteco ou Ramiro no lugar de Edinho?

- Grêmio: assim como o Corinthians, também se reforçou bem. Giuliano tem tudo para ser o criador de jogadas que o time precisa há tempos. Felippe Bastos será ótima opção para formar o meio campo, também pela característica do chute de média distância, alternativa pouco explorada pelo time. A negociação que trouxe o volante do Vasco ainda incluiu Kléber, que foi prejudicado por lesões, mas não vingou no Grêmio.
Matías Rodriguez vem pra suprir a carência da lateral direita, onde Pará nem reserva tinha.
A possível saída de Werley é negativa. Particularmente, acredito que teve boa passagem pelo clube, mas parece não ter mais clima para continuar.
Quando lembro de Ozéia, Rafael Marques, Vilson e Naldo tenho ânsia de vômito.
Não vejo a contratação de Fernandinho com bons olhos. Investimento alto para um jogador de 28 anos, alto salário e opções ofensivas abundantes no elenco fazem a escolha discutível. Torço para que dê um bom retorno e eu morda a língua. Talvez a contratação de um zagueiro fosse melhor investimento.
Na quarta-feira, o Grêmio enfrenta o Goiás, também em confronto direto na Arena.

- Internacional: trouxe Wellington Silva, acumulando mais uma opção para a lateral direita (Claudio Winck, Gilberto e Diogo) e o veloz argentino Luque. Na quinta-feira, visita o Corinthians na Arena Itaquera.

- Fluminense: se reforçou na zaga, setor que estava enfraquecido, com a chegada do zagueiro Henrique que veio do Brodeaux (FRA) e ainda trouxe o bom meia Cícero (Santos).

- São Paulo: repatriou Kaká, trouxe Alan Kardec do rival Palmeiras e tem a volta de Rafael Tolói, que estava emprestado a Roma (ITA). Retoma o campeonato, quando visita o Bahia na quarta-feira.

- Atlético Mineiro: não pode ser deixado de fora desta briga. Em intertemporada na China, os mineiros ganharam os três amistosos que disputaram com destaque para os atacantes André e Diego Tardelli. O clube se reforçou com o meia Maicosuel (Udinese-ITA), que repôs a saída de Fernandinho e conta com bom elenco para o seguimento do certame que se inicia contra a Chapecoense em Santa Catarina.

A rodada da semana ainda tem como destaque o clássico paulista Santos (10º) x Palmeiras (11º).

Após as contratações, as perspectivas para o Grêmio são positivas e há uma boa sequência de jogos até a décima quinta rodada para retomar bem o campeonato. Excluindo o Gre-nal na décima quarta rodada, o Imortal Tricolor não enfrenta nenhum postulante ao título . É importante aproveitar este período de recondicionamento dos times para tentar melhorar a sua colocação no ainda embolado campeonato brasileiro.

As últimas notícias indicam o time para o jogo da Arena com Saimon na lateral esquerda e, possivelmente, sem os recém contratados. Edinho perdeu espaço no time e Matheus Biteco deve ter mais chances.
O esquema no 4-2-3-1 teria: Grohe, Pará, Rodolpho, Pedro Geromel e Saimon; Riveros, Matheus Biteco, Dudu, Alan Ruiz, Luan e Barcos. Na ausência de Giuliano, Alan Ruiz deve jogar centralizado, posição onde rende melhor, sendo Dudu e Luan os outros meias.