23 de junho de 2015

Grêmio volta às origens

Aos poucos, o técnico Roger vai moldando o Grêmio ao seu feitio. Nos últimos jogos do Tricolor pudemos ver um time peleador, raçudo e turbinado na vontade.
Salta aos olhos essa diferença no comportamento. Se não ganhamos em qualidade técnica , agregamos o velho espírito copeiro que tanto identifica o clube com os maiores títulos que já conquistou. E para um clube com a história do Grêmio, isso é quase tudo. Significa uma volta à origens.
O torcedor já consegue identificar com muita clareza algumas mudança positivas como:

      1) Não existe mais bola perdida;
      2) Diminuíram-se os passes errados;
      3) Os jogadores se mantêm focados nos noventa minutos;
     4) O ritmo do jogo é mais intenso;
     5) Existe maior proximidade territorial entre os atletas;
     6) Aumentou a auto-confiança do time para tentar jogadas;
     7) Percebe-se uma maior harmonia e equilíbrio na equipe;
     8) O rendimento individual cresceu.
     9) Aumentaram a força e a resistência física;
   10) O grupo está muito unido e focado num mesmo objetivo.

Jogadores entenderam o espírito de ser Grêmio.

Era isso que o torcedor pedia e sonhava: um time que resgatasse velhos valores que estavam desviados do dia a dia. Não adianta querer fugir do DNA e das características do clube. Os valores que o torcedor tanto preza são importantes para aproximar o time da torcida. Quem não entende isso, não pode frequentar os corredores e o gramado da Arena. O torcedor gremista não aceita moleza, descomprometimento, falta de objetivo, desrespeito com a camisa, enganação, preguiça, futebol enfeitado, conversa fiada,  zoeira e falta de profissionalismo. Todo o jogador sondado para vestir a camisa tricolor, obrigatoriamente deve estar muito ciente de como as coisas funcionam no clube. Vir para o Grêmio com a cabeça na lua ou pensando que o campo é a passarela do samba, não é bom negócio. Nesse caso, é só uma questão de tempo para arriar as trouxas.

Reestabelecido esse padrão comportamental, ainda há muito trabalho pela frente. O time carece de opções para enfrentar o longo campeonato brasileiro. É hora da direção dar um retorno e acelerar a busca por uma ou duas peças que reforcem a equipe. Roger demonstra possuir conhecimento técnico e experiência de vestiário para montar uma equipe competitiva e a torcida começa a se animar com os resultados. Mas vamos com calma, um dia de cada vez. É um trabalho que se inicia e certamente enfrentará contratempos e dificuldades em alguns momentos. O mais importante neste momento é mostrar confiança na comissão técnica e acreditar na sua capacidade de resgatar o velho Grêmio de guerra.