9 de novembro de 2015

Avalanche Tricolor: um resultado de tirar o sono dos outros, não o meu

Por Milton Jung


Sport 1 x 0 Grêmio
Brasileiro – Ilha do Retiro/Recife


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A rodada do Campeonato Brasileiro reservou-me o Grêmio para fechar um fim de semana diversificado e divertido, que se iniciou no fim da tarde de sexta-feira com jantar em família. Os demais dias foram divididos entre sessões de filmes e seriados, realização de algumas tarefas profissionais pendentes e uma ótima experiência com um grupo de cidadãos dispostos a mudar a forma de se fazer política no Brasil, no evento Virada Política, que se realizou em São Paulo.

O caro e raro leitor deste blog pode achar estranho eu ter escrito no parágrafo acima que o fim de semana foi divertido, diante do resultado do meu último compromisso deste domingo. Claro que eu preferiria ir para a cama comemorando uma vitória, a medida que a conquista de mais três pontos nos daria chance de disputar o vice-campeonato e embolsar mais uns dois milhões de reais. Tivéssemos produzido ofensivamente um pouco mais, arriscado a gol um pouco mais e acertado o pé um pouco mais, principalmente na troca de passe final e no chute, era provável que saíssemos com resultado bem melhor.

Uma derrota como a deste domingo, porém, é incapaz de estragar os momentos que vivi no fim de semana ou mesmo a minha visão sobre o Grêmio – e olha que Heber Roberto Lopes se esforçou para tirar meu bom humor com sua arbitragem atrapalhada e displicente. Digo isso com tranquilidade porque teimo em não analisar o desempenho gremista por esta ou aquela partida, isoladamente. Hoje mesmo alguns jogadores que têm sido excepcionais em campo não conseguiram desenvolver o mesmo futebol. Seria injusto aproveitar o baixo rendimento para criticá-los.

Tenho insistido nesta Avalanche que precisamos olhar a campanha ao longo da temporada, as expectativas que tínhamos e a perspectiva que se abriu graças ao crescimento técnico e tático da equipe. Nossa evolução tem sido tal que a perda dos três pontos neste domingo é incapaz de mudar a trajetória vitoriosa que estamos trilhando na busca do Tri da Libertadores – esta sim uma obsessão gremista. Não há motivos de preocupação, o que não significa que tudo esteja resolvido. Roger sabe que precisa ajustar as peças, dar mais consistência para alguns jogadores e reforçar o elenco, mas tudo isto administrado com a tranquilidade, prudência e sabedoria que lhe são características.

Quem não deve dormir muito tranquilo neste domingo é aquela turma que viu mais um candidato chegar para a disputa da quarta vaga para a Libertadores.