13 de setembro de 2016

Ambiente muito estranho

Ainda hei de entender porque os jogadores do Grêmio que são chamados para a Seleção Brasileira voltam sem apresentar o mesmo futebol que os alçou para o sucesso.
Esse é um fenômeno que deveria ser submetido a estudo por setores da Psicologia. O que acontece naquele meio que os deixa tão desfocados e com a produtividade abaixa do habitual?
Será a convivência com os "new rich" deslumbrados?
Será desvio de foco pensando nos euros da Europa, influenciados por Neymar & Cia?
Algum fenômeno acontece por lá. Não sei se é deslumbramento, distração, acomodação do tipo "já cheguei onde queria não preciso me esforçar mais". O fato é que ninguém volta com o mesmo futebol vistoso que tinha antes. Até o Marcelo Grohe e o Geromel, jogadores centrados e maduros,  voltaram diferentes.
Aquele ambiente da seleção é muito estranho.

Zoeira

O futebol virou uma zoeira. Sem saber mais o que fazer para aparecer, já que o corpo não tem mais espaço para tatuagens, Neymar , "o craque", inventou de ser cantor. Imaginem esse homem assassinando uma canção. As pessoas perderam a noção do ridículo. Se o soberano Pelé arriscou gravar música, porque o super craque não arriscaria?

Garotos

Fico só ouvindo e observando quando pessoas falam que menino que subiu da base não está pronto para entrar no time profissional. Ouve-se isso de treinadores, diretores, jornalistas e torcida. Decerto julgam que deixar mofando no banco é a melhor estratégia para o futuro profissional. Mofando e vendo as barbeiragens dos cascudos bem remunerados em campo.
Só que tem uma coisa engraçada. O mesmo treinador que busca preservar a jóia rara, é o mesmo que nos jogos mais encardidos e desesperados, chama aos 37 minutos do segundo tempo o piá inexperiente para resolver a parada.
Isso acontece em muitos jogos. Jogar na fogueira ao final do segundo tempo é uma prática bem comum entre os treinadores. Acho que eles pensam assim: é final de jogo, então o guri não vai se queimar, não tinha muito o que fazer mesmo.
E segue o baile...

Lateral

Uma coisa que está engasgada há tempos também é uma grande lorota.
O Grêmio trouxe o aguerrido argentino Kanemann. Dizia-se que ele poderia jogar na zaga e na lateral. De repente, após chegar, só serve para a zaga. Não teria futebol para tirar a titularidade do "bem sucedido" Marcelo Oliveira.
Só que ninguém fala que a posição de origem do MO é no meio campo como volante. Escalá-lo na lateral é uma "invencionice" do técnico Roger. Se Kanemann não serve para jogar ali, todos já temos absoluta certeza de que o atual titular serve menos ainda.
O futebol envolve mistérios que ninguém desvenda.
Isso também é irritante.