29 de outubro de 2016

Daniel Matador - Mais feio que tropeçar com as mãos no bolso

Figueirense 0 x 0 Grêmio

Foi um joguinho pavoroso em Santa Catarina.

Caros

Após a exuberante atuação frente ao Cruzeiro na Copa do Brasil, cuja vitória em pleno Mineirão lotado proporcionou uma grande vantagem para o jogo de volta, o tricolor entrou em campo para enfrentar o Figueirense pelo Campeonato Brasileiro. O jogo foi disputado no estádio Orlando Scarpelli, cuja iluminação estava pior do que campo de várzea. Como as atenções estão todas voltadas  para a Copa, Renato botou um time reserva para encarar este desafio. O famoso jogo para jogar de sangue doce. E também para dar ritmo para o pessoal que vem atuando menos. O G6 até pode ser uma meta, apesar de todos saberem que o foco é o jogo da próxima quarta-feira.

1º Tempo - Figueirense 0 x 0 Grêmio

E a primeira chegada do jogo foi com Everton, logo aos 3 minutos. Apesar do time catarinense necessitar desesperadamente da vitória para tentar sair do lamaçal do Z4, não conseguia fazer muita pressão. A primeira grande chance apareceu aos 11 minutos, em um voleio de Rafal Moura, mas a arbitragem já havia invalidado o lance. Aos 19, Kaio teve boa chance, mas a bola saiu para escanteio. A saída de jogo era dificultada pela marcação alta imposta pelo Figueirense. Aos 23, Everton levou um carrinho que só não foi pênalti por pouco. Na cobrança de Miller, a bola bateu na trave e saiu pela linha de fundo.

Os catarinas passaram então a ensaiar uma pressão. Aos 35, Badi chutou com perigo após pegar a bola próximo ao círculo da grande área e avançar. Aos 40, chute forte de Rafael Moura, que desviou em Jaílson e saiu para escanteio. Aos 44, Rafael Moura cabeceou à queima-roupa e Grohe fez grande defesa. E o árbitro encerrou aos 47 um primeiro tempo pachorrento.




2º Tempo - Figueirense 0 x 0 Grêmio

Aos 7 minutos, grande chegada do Figueira que acabou gerando escanteio. Mas o jogo estava ainda pior do que no primeiro tempo. Tanto Grêmio quanto Figueirense nada criavam. Aos 19, Guilherme saiu para a entrada de Batista. E a falta de futebol continuou de ambos os lados. Aos 27, Miller saiu para a entrada de Lincoln. Mas nada alterou na partida. A pobreza técnica era sofrível. Vez por outra sobrava alguma bola para o contra-ataque, mas estes nunca eram aproveitados.

Aos 40, Negueba saiu para a entrada de Guilherme Amorim. Aos 42, Batista cortou e soltou um petardo de longe, mas a bola passou longe. Aos 45, Batista teve a bola do jogo ao ficar cara a cara com o arqueiro catarina e perder o gol. Logo emseguida, Lincoln também perdeu boa chance por pura preguiça. E o árbitro finalmente encerrou essa desgraça de jogo.




Como jogaram:

Grohe: jogou para recuperar ritmo após voltar de lesão. Fez boas intervenções. Nota 7
Wallace Oliveira: foi fantasiado de homem-invisível para a partida. Nota 1
Wallace Reis: foi o capitão da equipe e teve boa postura na zaga. Nota 7
Thyere: outro que foi bem e tem aproveitado as chances que recebe. Nota 7
Iago: comprovou os motivos pelos quais Marcelo Oliveira é titular absoluto. Nota 3
Kaio: jornada razoável, um dos que se salvou num jogo bem ruim. Nota 6
Jaílson: fez o feijão com arroz na volância, sem muito tempero. Nota 5
Guilherme: ganhou uma grande chance de mostrar trabalho, mas deixou a desejar. Nota 2
Miller: fez um primeiro tempo razoável. Foi um dos que mais tentou no segundo tempo, mas nada muito espetacular. Saiu para a entrada de Lincoln. Nota 5
Negueba: outro que recebeu chance, mas não conseguiu brilhar. Parecia cansado já no primeiro tempo e se arrastou no segundo. Saiu para a entrada de Guilherme Amorim. Nota 3
Everton: foi um dos mais agudos em campo, apesar de não ter convertido desta vez. Nota 6

Batista: entrou no lugar de Guilherme. Não conseguiu fazer nada de muito produtivo. Perdeu o gol que poderia ter dado a vitória ao time. Nota 2
Lincoln: entrou no lugar de Miller. Também não fez diferença em campo. Outro que perdeu uma chance de ouro. Nota 2
Guilherme Amorim: entrou no final. Sem nota

Renato: montou um misturão com os reservas e deu ritmo de jogo a Grohe (que voltava de lesão) e Everton. Talvez a falta de entrosamento possa ser um atenuante, mas a performance do time foi muito abaixo do mínimo aceitável. Nota 5

Arbitragem: Eduardo Tomaz de Aquino Valadao (GO), auxiliado por Adailton Fernando Menezes(GO) e Edson Antonio de Sousa (GO) foram os apitadores. Muito ruins, deixaram a pauleira correr solta, se embananaram em lances de impedimento e inverteram faltas. Amarraram o jogo o máximo que puderam e conseguiram marcar perigo de gol nos raríssimos lances em que estes ocorreram.

Era um joguinho para jogar às brincas e, se possível, somar pontuação e avançar em direção ao G6. A jornada, contudo, foi muito ruim. O jogo foi um dos piores do campeonato. Fica difícil até mesmo fazer alguma análise em cima de nada produzido por ambos os times. Ainda bem que terminou e na quarta-feira tem o jogo do ano na Arena, o qual pode encaminhar o time para mais uma final de Copa do Brasil.

Saudações Imortais