24 de novembro de 2016

O Grêmio é do Renato

Quem procurar no blog, verá que sou um fã do Roger. Para quem não quer perder tempo, sugiro só dar uma olhada neste post aqui e neste outro post aqui. Então está esclarecido. Gosto dele e respeito o Roger.
Aliás, permitem que eu me gabe um pouco. No primeiro link mencionado ali em cima eu termino o post assim ó:
Quem pode assumir? Mais do que nome indico o perfil: alguém experiente no trato com jogador e com a imprensa. Capaz de bater pesado se for preciso. Capaz de imprimir vibração no vestiário. Não se joga futebol competitivo sem altas doses de adrenalina e comprometimento. E capaz de fazer contas e descobrir que a coragem muitas vezes surge mais da lógica e da inteligência do que de um eventual espírito suicida. Não que este último não ajude a se conseguir os objetivos, mas não é o predicado mais importante.
Profético? Vocês decidem.

Agora vamos adiante. Olhem para a foto abaixo com toda a atenção que ela merece.



Olharam bem? Mas não é o Maicon e o Marcelo Oliveira
Qual Maicon? Aquele chamado pejorativamente por muitos gremistas de Capitão Desconforto?
E o Marcelo Oliveira é o cara aquele que dá nome para uma avenida?
Sério?
Eles mesmos?
Mas o que mudou que os levou a esta foto onde mostram enorme desconformidade e determinação?
Certamente não foi a marcação errada do juiz, porque o que estes assopradores mais fazem é errar e antes não havia esta indignação.
Você aí, mais arguto já deve estar sacando onde vou chegar. Mas se você é mais desatento dou uma dica. Ouça um pouco os programas de rádio e leia o que escrevem os nossos bravos i$ento$ baratos. A medida em que o time mais sobe de produção mais aparecem os defensores da tese de que o que se vê é o time do Roger. O principal mantra é este: "O Renato ajeitou a defesa mas o resto é o time do Roger." Ahãm. Aaaaaahãm.
Vamos lá: por que Roger saiu? Algumas razões não necessariamente na ordem de importância:
  1. pela falta de treinamento de jogadas paradas;
  2. pela falta de ajuste da defesa nas bolas paradas;
  3. pela autossuficiência;
  4. pela conformidade do time com as dificuldades.
Roger é um estudioso e, sim, vai ser um grande técnico quando também treinar bolas paradas, quando não mandar mais a defesa marcar a bola parada por zona, quando não pensar que sabe tudo e especialmente, quando conseguir incutir no time a vontade insana de ganhar títulos. 
Não exagerei não. Escrevi e repito: quando incutir no time a vontade insana de ganhar títulos.
Vou repetir: quanto incutir no time a vontade insana de ganhar títulos.
Volta para a foto. Olha de novo. O que dá para ver nesta foto e, se tiverem tempo de olhar de novo, nos tapes dos jogos do tricolor na Copa do Brasil? 

Disciplina tática? Sim.
Controle da bola aérea? Claro.
Cobranças de falta ensaiadas? Também.
Atenção desmedida durante o tempo inteiro? Mas bah!
Garra e determinação em cada jogada? Certamente.
Disputa da bola como se fosse de um prato de comida? Mas né?
Verticalidade na saída para o ataque? Puxa vida!

Então meus amigos. Renato aproveitou todo o conceito de toque de bola implementado pelo Roger? Sim.
Estes conceitos ajudam a controlar o jogo e deixar o adversário perdido? Só um idiota diria que não.
Estes conceitos e o jogo coletivo implementado ganham títulos? Sozinhos não. Claro que não.
Títulos se ganha com controle de bola, disciplina tática e jogadas de penetração ensaiadas. Mas se for só com isto esqueçam.
Títulos se ganha com vontade de ganhar títulos. E quando o time tem deficiências, ganha título quando tiver vontade insana de ganhá-lo.
Roger não tem o perfil de transmitir esta doce loucura. Renato tem. De sobra. Até porque ele cansou de ganhar títulos fazendo gol de todos os jeitos, até de barriga. E por que? Porque ele é doido para ser campeão. Porque ele não se conforma com segundos lugares. Porque ele consegue, pelo temperamento, pela liderança, pelo exemplo, ele consegue incutir em seus jogadores a mesma doideira.

Portanto, meus caros, não embarquem na atual tentativa destes lacaios de desmerecerem o trabalho psicológico e, sim, tático e técnico do Renato quando falam do futebol magnífico que o time do Grêmio está jogando.
O Grêmio será campeão da Copa do Brasil? Tudo indica que sim. A não ser que haja uma hecatombe será. E se for, será o time do Renato. Do Renato, do Espinosa, da comissão técnica, da direção de futebol, do CA , do Romildo. Usará uma herança do Roger? Certamente. Mas esta herança tem a medida exata de ser um acessório e não o coração do time. Que este, meus doces, bate pelo sangue injetado pelo Renato.