31 de março de 2017

Avalanche Tricolor: para lembrar das peladas jogadas na Saldanha

Por Milton Jung


São Paulo 1×0 Grêmio
Gaúcho – Aldo Dapuzzo/Rio Grande


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Uma luta contra a bola, foto de LUCASUEBEL/GRÊMIOFBPA




Tem um posto Ipiranga ali na esquina. Aqui próximo, um galpão com calhetão. E do lado de lá das cabines de rádio e TV, um muro ocupa o espaço que deveria ser de arquibancada. Em meio a tudo isso, o pessoal mantém um campinho de futebol que intercala grama com buraco. Às vezes, a turma chuta a bola meio alta, seja por falta de habilidade seja por intercorrências do campo, e vai parar lá em cima do telhado. Por sorte, o telhado é inclinado e a bola volta para alegria da gurizada.
 
Foi assim, diante destas cenas e com todo o respeito a história do time da casa que assisti ao jogo da noite de ontem, o último do Grêmio pela fase de classificação do Campeonato Gaúcho. Tinha cara de várzea apesar da pompa e circunstância no início da partida. E apesar da importância do jogo para o adversário que precisava de um bom resultado para não cair à Segunda Divisão.
 
Ao Grêmio, no máximo, definiríamos o confronto da próxima fase, pois a classificação entre os quatro primeiros já estava garantida, por isso levou-se time “alternativo” a campo – ao péssimo campo em Rio Grande, que, aliás, foi um dos motivos da dificuldade na troca de passe, além da falta de entrosamento e alguma limitação técnica.

Talvez a falta de ambição do time tenha me dado tempo para olhar para a partida com todas as peculiaridades descritas no primeiro parágrafo – sim, tudo aquilo acontecia em um jogo de futebol oficial e com a chancela da Federação Gaúcha – e me levado a lembrar dos tempos do futebol no campinho perto de casa.
 
Lá no Menino Deus não tinha posto de gasolina, mas tinha a porta de ferro do açougue do Seu Bernardo que servia de goleira. Tinha a venda do seu Ernesto na outra esquina, onde bebíamos água no intervalo da pelada. Tinha um bordel, tratado com todo o respeito pela gurizada que jogava bola. E tinha muros para tabelar e telhados sem inclinação que mantinha a bola refém como pena pelo chute mal chutado.
 
Bons tempos aqueles do futebol jogado lá na Saldanha Marinho, bem do ladinho do saudoso Olímpico. Tempos em que aos grandes do Rio Grande bastava jogar bola para estar na final. Hoje, tem gente que quase nem se classifica à próxima fase.

29 de março de 2017

Falha em Rio Grande: São Paulo-RG 1 x 0 Grêmio

Na terceira colocação com 17 pontos, o Grêmio entrou em campo com o time quase todo reserva, pois não buscaria mais o líder Novo Hamburgo. O São Paulo-RG corria pouco risco de rebaixamento, mas mesmo assim entrou com foco para buscar o resultado e escapar de vez.
Teríamos um jogo sem alterações no placar, não fosse pelo goleiro do Grêmio.


1º Tempo: São Paulo-RG 0 x 0 Grêmio

O jogo tinha 10 minutos de bola rolando e estava morno para ambos os lados. O Grêmio tentava pressionar e levantava bolas na área em faltas e escanteios, mas nada de lances com grandes chances de gol. Gastón Fernandes jogava centralizado, com a camisa 10, e além de buscar o jogo mostrava uma técnica apurada. Fernandinho corria muito o campo inteiro, também buscando bastante o jogo e sofrendo muitas faltas.
O primeiro chute a gol foi do São Paulo-RG, aos 35 minutos, apesar do Grêmio estar jogando melhor. Bruno Grassi espalmou e o lance não resultou em nada. Nesse exato momento o Cruzeirinho abria o placar contra eles
Apesar do São Paulo-RG cometer muitas faltas, o primeiro cartão amarelo apareceu somente aos 37 minutos, para Fidelis. E nesse momento o Cruzeirinho fez o segundo gol contra eles (0x2). 
O jogo seguiu com muita vontade para os dois lados até o final do primeiro tempo, mas com placar 0x0 e sem chutes a gol do Grêmio.
Curiosidade: Gaston Fernandes terminou o primeiro tempo com 100% de acerto de passes.


2º Tempo: São Paulo-RG 1 x 0 Grêmio

O jogo começou com susto logo aos 6 minutos. Cortez bobeou e entregou uma bola no sistema defensivo, mas o São Paulo-RG não soube aproveitar, e logo retomamos a bola.
O segundo chute a gol do jogo foi novamente do São Paulo-RG, de fora da área, mas Bruno Grassi defendeu, aos 14 minutos.
Já tínhamos 27 minutos e o jogo continuava morno. Nesse momento Renato Portaluppi chamou Maxi Rodrigues, para entrar no lugar de Gastón Fernandes. Era a primeira substituição do Grêmio.
O primeiro cartão amarelo para o Grêmio foi aos 30 minutos, para Michel. O volante segurou a subida do São Paulo-RG com falta. Na cobrança de falta, frango grotesco do Bruno Grassi, e o São Paulo-RG abriu o placar com Cleylton. 1x0. O goleiro gremista deixou a bola passar por entre as pernas e o jogador do São Paulo-RG aproveitou a chance. Logo em seguida a segunda substituição do Grêmio: saiu Michel e entrou Arthur.
Aos 38 minutos Renato tirou Jaílson e colocou Ty, em uma tentativa de ir para cima do adversário. A partir desse momento o Grêmio martelou, mas faltou qualidade. 
O juiz terminou o jogo aos 49 minutos.

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Tivemos um jogo ruim. As maiores chances foram do adversário.
Voltamos a campo pelo Campeonato Gaúcho contra o Veranópolis pelas quartas-de-finais, no Antônio David Farina. O segundo jogo será na Arena.



Como jogaram:

Bruno Grassi: 2 boas defesas e uma falha bizonha no segundo tempo, que resultou o gol do São Paulo-RG. Nota 1.
Rafael Thyere: muito afobado, deu muitos balões. Nota 5.
Bressan: sempre passa insegurança, foi apenas ok. Nota 5.
Cortez: abaixo do restante. Nota 3.
Leonardo: boas chegadas na linha de fundo. Nota 6.
Michel: funcional. Nota 6.
Jaílson: apagado. Nota 5.
Gastón Fernandes: técnica apurada, buscou jogo enquanto teve fôlego. Nota 7.
Lincoln: apagado. Nota 5.
Fernandinho: aquela coisa, muita vontade, pouca qualidade. Nota 6.
Everton: alternou bons e maus momentos. Nota 5.

Maxi Rodrigues: entrou aos 27 minutos do segundo tempo. Apesar de uma boa cobrança de falta, tentou mas não conseguiu muita coisa.
Arthur: entrou aos 32 minutos do segundo tempo. Boa qualidade nos passes, boa visão de jogo. 
Ty: entrou aos 38 minutos do segundo tempo. Pouco ajudou.


Escalações:

Grêmio: Bruno Grassi, Rafael Thyere, Bressan, Cortez e Leonardo, Michel (Arthur), Jaílson (Ty), Gastón Fernandes (Maxi Rodrigues), Lincoln, Fernandinho e Everton. Técnico: Renato Portaluppi.

São Paulo-RG: Roballo, Lara, Cleylton, Diego Rocha e Henrique (Afonso), Dema, Fidelis, Leomir, Chico (Cleiton), Fred (Welder) e Rafael Pilões. Técnico: Márcio Nunes.

Arbitragem: Jean Pierre Lima, Lúcio Flor e Luiz Reis.

27 de março de 2017

Avalanche Tricolor: dias de emoção e felicidade no esporte (e no e-Sports)

Por Milton Jung


Grêmio 4×0 Juventude
Gaúcho – Arena Grêmio
(e outras conquistas)

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Mais uma goleada, foto de LUCAS UEBEL/GRÊMIOFBPA

Foram dias intensos no esporte estes últimos que vivi. Antes mesmo do fim de semana marcado por vitórias – assim mesmo, no plural -, tive a oportunidade de estar ao lado de um dos grandes nomes da história do Grêmio, na quinta-feira. A convite da ESPN e sob o comando de João Carlos Albulquerque, participei do programa Bola da Vez com Valdir Espinosa.

Na entrevista que vai ao ar provavelmente nessa terça-feira, Espinosa lembrou de cenas que nos levaram ao título da Libertadores e, em seguida, ao do Mundial, em 1983. Com a emoção típica dos gremistas, ele contou curiosidades ocorridas nos bastidores, diálogos que manteve com os jogadores e discussões técnicas que levaram a transformação do time entre uma competição e outra.

Das muitas histórias, sempre recheadas de romantismo, disse que no primeiro encontro que teve com o elenco, no início da temporada, brincou ao pedir que os jogadores fizessem com ele uma grande sacanagem. Como tem pavor de voar, queria que eles o obrigasse a viajar de avião até Tóquio no fim do ano. E que baita viagem todos nós gremistas fizemos naquele ano.

No programa, nosso atual coordenador técnico contou como conheceu Renato e Mário Sérgio, dois de seus grandes amigos. Amizades que começaram a ferro e fogo, pois Espinosa os conheceu em campo, no esforço para impedir que eles passassem pela marcação dele. Jura que não perdeu uma só bola nem para um nem para outro.

Viajei nas lembranças de Espinosa e nas minhas também. Afinal, foi inspirado nele que acabei jogando como lateral no time da escolinha de futebol do Grêmio; foi na maneira irreverente dele se vestir que ganhei dos meus pais uma calça com uma perna de cada cor, obra do alfaiate Reis que vestia boa parte do elenco gremista; e foi graças a ele e ao time que comandava que chorei como criança ao ver o Grêmio campeão da Libertadores e do Mundial.

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Falamos pouco sobre o time atual do Grêmio, mesmo porque o objetivo do programa era outro. Mas nas conversas paralelas foi possível perceber que Renato e ele estão muito afinados e otimistas em relação a formação do atual elenco, apesar das inúmeras lesões que comprometem o entrosamento.

Imagino que você, caro e raro leitor desta Avalanche, também esteja entusiasmado com o time, especialmente após assistirmos à apresentação da noite desse sábado, na Arena. Tive a impressão que voltamos a jogar futebol com a excelência que nos deslumbrou no ano passado.

Até aqui, no Campeonato, havíamos visto um ou outro esboço de boas jogadas; às vezes um dos nossos se destacava individualmente; outras, dominávamos momentos da partida, mas sem manter o mesmo ritmo ao longo de todo o jogo. Exceção talvez tenha sido a estreia da Libertadores.

No sábado, Miller Bolaños foi genial em campo, mas se o foi deve-se também a forma como Renato montou a equipe e a performance de seus companheiros. Tivemos movimentação estonteante do meio de campo pra frente, que impediu qualquer tentativa de marcação. A troca de passe rápida e certeira desmontou a retranca que o adversário ensaiou no vestiário. E o time de poucos gols, fez um, fez dois, fez três e fez quatro sem permitir qualquer reação.

A alegria proporcionada pelo Grêmio foi para mim o complemento de um sábado de emoção no esporte.

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É provável que você ainda não tenha lido em outros textos de minha autoria, afinal são raros e caros meus leitores, mas desde o início do ano tenho dividido meu sofrimento entre o Grêmio e o e-Sports. Sim, o esporte eletrônico, que muitos ainda perdem tempo discutindo se pode ou não assim ser considerado, apesar de estar na programação de todos os canais esportivos de televisão, tem tido uma atenção especial aqui em casa.

Meus dois meninos – paulistanos de nascença e gremistas por origem – vivem intensamente o cenário do e-Sports, especialmente do League of Legends, considerado o jogo mais jogado do mundo. Um é estudante de jornalismo e cobre o assunto, além de estar na produção de um documentário sobre o tema; o outro é técnico estrategista da Keyd Stars, que neste fim de semana garantiu presença na final do CBLol, o campeonato brasileiro da categoria, a ser disputada em Recife, dia 8 de abril.

Jamais imaginei que algum outro time pudesse me fazer sofrer na busca pelo resultado além do próprio Grêmio. Nos últimos fins de semana, porém, tenho me visto com o coração apertado, com os punhos cerrados e os olhos marejados a cada abate alcançado, torre destruída e nexo conquistado.

Vi os guris da Keyd enfrentando as dificuldades de um time em formação, como o nosso Grêmio; e a cobrança dos torcedores que, passionais, atacam e defendem aqueles que são seus ídolos. Percebi o esforço de cada um da equipe para não se abater com os primeiros resultados ruins e a dificuldade para a classificação às finais. E curti muito ao perceber como o revés forjou este time e o fortaleceu para o momento certo: na melhor de cinco da semifinal, venceu por três partidas a um o campeão do ano passado, a INTZ.

Se eles se sagrarão campeões nesta primeira parte da temporada, isso é uma outra história. Mas que este marmanjo aqui tem sofrido diante das disputas no mapa do LoL como já sofreu pelo Grêmio, em 1983, e sofre agora em busca de uma nova Libertadores, não tenha dúvida.

25 de março de 2017

Daniel Matador - Massacre na Arena

Grêmio 4 x 0 Juventude

O Grêmio de Bolaños massacrou o Juventude na Arena (Foto: Lucas Uebel)

Caros

Após uma série de quatro empates consecutivos no ruralito, o time de Renato retornou à Arena para enfrentar o Juventude na penúltima rodada deste torneio mequetrefe. Tão mequetrefe que certos times que promoveram arruaças, brigas e pedradas em estádios alheios, mesmo após terem sido punidos com uma ridícula pena de perda de 2 mandos de campo, conseguiu efeito suspensivo e jogará em casa as próximas partidas. Não dá para levar esta várzea a sério enquanto a FGF e o STJD continuarem aparelhados e agindo de forma parcial e apaixonada.

Renato teve o retorno de alguns jogadores que estavam no DM e, com isso, pôde efetuar algumas alterações na equipe. Miller havia levado o segundo cartão amarelo pela seleção equatoriana nas eliminatórias da Copa e, com isso, retornou antes para auxiliar o tricolor. O time entrou em campo com Grohe no gol; Thyere e Kannemann na zaga; Edilson e Marcelo Oliveira nas laterais; Ramiro e Michel na volância, com Miller e Léo Moura na meia cancha e Pedro Rocha e Luan mais à frente.

1º tempo: Grêmio 3 x 0 Juventude

Aos 10 segundos Pedro Rocha já havia roubado uma bola e cruzado na área. O Grêmio dominava as ações e aos 12, Ramiro desvencilhou-se da marcação, lançou Pedro Rocha e este fez assistência para Miller, que não perdoou e abriu o placar. O Juventude nem havia recobrado-se do primeiro gol e Michel lançou Luan, que devolveu para o próprio Michel marcar um belo gol da entrada da área. E o tricolor estava avassalador. Aos 28, Edilson deu uma patada, o goleiro do Polentude bateu roupa e Léo Moura, em grande fase, pegou o rebote e mandou para o fundo da rede.

Aos 32, blitz tricolor com Pedro Rocha e Ramiro chutando uma bola que explodiu na zaga. No minuto seguinte, Bolaños lançou Pedro Rocha, que invadiu a área e tentou driblar o goleiro, sem sucesso. Aos 37, Luan recebeu de Bolaños na entrada da área e meteu o sapato, mas o arqueiro defendeu. Daronco, o apitador, não quis nem dar acréscimos e encerrou o massacre do primeiro tempo aos 45 minutos cravados.






2º tempo: Grêmio 1 x 0 Juventude

Logo aos 6 minutos, Taiberson fez fila e Caprini deu um bago que explodiu no travessão, mas o árbitro já havia assinalado impedimento. Aos 11, após boa troca de passes, Luan ajeitou o corpo e chutou de chapa, com a bola passando rente à trave. Aos 17, Edilson cobrou falta semelhante à que havia originado o terceiro gol, metendo um PETARDO. A bola pegou efeito, o goleiro bateu roupa e Kannemann sofreu carga. Pênalti que Luan converteu.

Renato aproveitou o placar elástico para aliviar alguns jogadores e testar outros. Aos 21, Bolaños saiu ovacionado para a entrada de Gastón. Aos 24, Léo Moura também saiu ovacionado para a entrada de Fernandinho. E aos 30 Lincoln entrou no lugar de Pedro Rocha. Aos 38, quase que Luan marcou um golaço, chutando de chapa quase no ângulo. Aos 44 Grohe sujou o fardamento pela primeira vez, espalmando para escanteio um chute de Taiberson. E, novamente, Daronco não quis nem perder tempo e encerrou o massacre aos 45 minutos cravados.




Como jogaram:

Grohe:
Edilson: retornou depois de um tempo relativamente grande no DM.
Thyere: tem dado conta do recado durante a ausência de Geromel. Nota 7
Kannemann: continua sendo o buldogue de sempre. Nota 7
Marcelo Oliveira: foi um pouco melhor do que vinha sendo. Nota 5
Michel: a parceria com Ramiro favoreceu seu tipo de jogo, tanto que conseguiu inclusive marcar um belo gol. Nota 7
Ramiro: foi deslocado da posição em que vinha tendo um bom desempenho, entrando no lugar do contestado Jaílson. Cumpriu bem a missão. Nota 7
Miller: seu retorno antecipado foi saudado. E com razão, pois abriu o placar e deu a dinâmica que havia faltado nos outros jogos. Nota 9
Léo Moura: vinha fazendo grande papel na lateral direita e, mesmo com o retorno de Edilson, não saiu do time. Com quase 40 anos nas costas, está jogando como um guri. Tanto que fez mais um gol com faro de centroavante. Nota 9
Pedro Rocha: participou diretamente do gol de Bolaños, mas teima em falhar na principal característica dos atacantes, que é fazer o gol. Teve duas oportunidade e desperdiçou ambas. Nota 6
Luan: movimentou-se em todo o campo. Bateu muito bem o pênalti. Nota 8

Renato Portaluppi: ainda vai ter quem ache que ele não é treinador e que, quando o time joga bem, é legado do antigo técnico. A vitória de hoje passa por ele. Nota 9

Arbitragem: Anderson Daronco foi o apitador, com Elio Nepomuceno de Andrade Júnior e Alexandre Antonio Kleiniche nas bandeiras. Deixou Luan apanhar feito bicho, mas acertou na marcação do pênalti.

Vários corneteavam Renato quando ele dizia que ainda não contava com todos os jogadores. Outros cornetearam quando ele fez as mudanças alterando as funções de Ramiro e Léo Moura. Só que estamos em 2017 e tem quem ainda ache que ele não é técnico. Que Deus perdoe essas pessoas ruins. E ainda continuamos com desfalques (Geromel, Douglas, Beto da Silva, etc.). Continuem corneteando. Continuem secando. Tá dando certo.

Saudações Imortais

24 de março de 2017

Avalanche Tricolor: um bom empate no Vale

Por Milton Jung

Novo Hamburgo 1×1 Grêmio
Gaúcho – Estadio do Vale Novo Hamburgo/RS



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O pessoal da crônica esportiva usa algumas expressões que viram moda rapidamente. Apesar de não serem precisas, costumam ser simbólicas.

Uma delas tacha o jogo de duas equipes que disputam posição na tabela de classificação, lá em cima ou lá embaixo: “este é um jogo de seis pontos” dizem com a boca cheia. A gente sabe que o jogo só vale três pontos, (é o que diz a regra) mas nos deixa claro que a partida pode ser decisiva no confronto direto das duas equipes. Pura licença poética.

Outra expressão comum, que me veio à memória enquanto assistia ao jogo do Grêmio, é a já famosa “final antecipada”. Geralmente usada quando duas equipes grandes, favoritas ou qualificadas se cruzam na competição antes mesmo do jogo decisivo.

Essa é mais perigosa, pois dá a entender que se passar por aquela partida, ninguém mais segura o vencedor. É um desdém aos demais adversários que pode custar caro.

Na noite de ontem, depois de ser obrigado pela televisão a assistir a uma outra partida que, me parece, valia os tais seis pontos, e disputada por dois times que lutavam para sobreviver na competição (jogo aliás que terminou empatado e sei lá por que teve gente comemorando), sentei-me para ver o Grêmio e entender melhor o adversário que lidera o campeonato desde seu início.

No Estádio do Vale, em Novo Hamburgo, havia dois times qualificados em campo com boas chances de estarem na final do Gaúcho se não se cruzarem antes nas etapas intermediárias. E de tanto se respeitarem fizeram um jogo no qual o espaço no gramado era disputado centímetro a centímetro. Quase não conseguiam trocar passe devido a marcação forte e poucas chances de gol surgiram. No primeiro tempo desperdiçamos a nossa. No segundo, eles aproveitaram a deles. E diante disso quase amargamos uma derrota.

Foi a insistência gremista e a percepção de que do outro lado havia uma equipe disposta a fazer historia nesta temporada que mudaram o cenário da partida. E de tanto tentarmos, a bola foi parar nos pés do competente Leo Moura que teve a tranquilidade para fazer aquilo que a juventude dos nossos atacantes não havia conseguido: o gol de empate.

Tenho a impressão de que muitos dos nossos jogam preocupados com os riscos que correm em campo, o que se justifica frente a quantidade de lesões que acumulamos no elenco e o tamanho do desafio que a Libertadores nos impõe. Isso acaba prejudicando o desempenho e impedindo um jogo mais solto, aquele que nos deu o titulo da Copa do Brasil. Ao mesmo tempo, otimista que sempre sou, percebo que na hora necessária, nosso futebol voltará a fluir.

Ao contrário das expressões que gostamos de usar, ontem não foi uma decisão antecipada, apesar de haver boa probabilidade de as duas equipes estarem na final disputando o titulo gaúcho este ano. Mas quando isso realmente acontecer, tenho certeza de que a coisa vai ser diferente. Na hora do vamos ver, confio mais o Grêmio.

22 de março de 2017

Daniel Matador - Léo Moura salva a noite tricolor

Novo Hamburgo 1 x 1 Grêmio

Léo Moura fez o gol tricolor da noite e tem sido decisivo no time. (Foto: Lucas Uebel)

Caros

O tricolor pegou a BR116 e foi até o Estádio do Vale para enfrentar o líder do ruralito. O Novo Hamburgo do bom técnico Beto Campos é a sensação do campeonato deste ano. Por conta das lesões, desfalques, cartões, convocações e afins, Renato mandou a campo o Grêmio com Léo no gol; Léo Moura, Thyere, Kannemann e Marcelo Oliveira; Jaílson, Michel, Ramiro, Everton, Pedro Rocha e Luan. A surpresa na escalação ficou por conta da escalação de Everton na vaga que seria, normalmente, de Barrios. Só que o que realmente interessava nessa rodada era o jogo do líder contra o imortal.

1º tempo: Novo Hamburgo 0 x 0 Grêmio 

O jogo começou pegado e movimentado. Chamavam atenção as jogadas entre Luan e Everton, que pareciam entender-se muito bem. O tricolor pressionava, apesar de não conseguir chanches claras de gol. Aos 19, Pedro Rocha invadia a área cara a cara com o goleiro do Nóia, que fez um milagre. Ponto a ressaltar: Luan estava altamente participativo. E apanhava mais que vagabundo de facção rival, tudo sob a complacência do árbitro.

Nos últimos 15 minutos o jogo perdeu muito de seu ímpeto inicial. Praticamente nada digno de registro ocorria para ser destacado. E ele foi modorrentamente arrastando-se até o final da primeira etapa sem um único chute a gol de ambas as partes. O pior foi ter que aguentar a chranga da torcida do Nóia, que tocava mal pra cacete. Triste.





2º tempo: Novo Hamburgo 1 x 1 Grêmio 

O tricolor voltou à segunda etapa sem alterações na escalação. E as coisas continuaram iguais: pouca inspiração de ambos os lados e Luan apanhando feito bicho. Aos 16 minutos, Gastón Fernandez entrou no lugar de Pedro Rocha. Aos 18, Thyere salvou uma bola em cima na linha, evitando o que seria o gol do Novo Hamburgo. Aos 22, Jaílson saiu para a entrada de Fernandinho.

Aos 24, em um perigoso contra-ataque, Marcelo Oliveira salvou tirando a bola para a lateral. Até que, aos 28, Michel ficou caído em uma dividida e possibilitou ao jogador do Nóia lançar Juninho, que finalizou bem na saída de Léo e abriu o placar. O próprio Michel saiu aos 30 para a entrada de Lincoln. Aos 37, ele acabou chutando pra fora. Aos 42, Luan aparou cruzamento na frente do gol e a bola foi pra fora. Aos 46, a redenção: Léo Moura recebeu bola alçada do outro lado por Marcelo Oliveira, dominou com categoria e chutou no canto do goleiro. Gol de quem manja. Aos 48 ainda houve uma falta frontal para o tricolor, mas não resultou em nada e a partida acabou empatada.




Como jogaram:
  
Léo: praticamente assistiu o jogo no primeiro tempo.
Léo Moura: um dos poucos que se salvaram. Fez o gol que evitou o vexame. Parece que joga há anos do Grêmio. Nota 7
Thyere: recebeu a ingrata missão de substituir Geromel e não tem comprometido. Nota 6
Kannemann: o cão de guarda de sempre, com grande imposição. Nota 7
Marcelo Oliveira: apenas razoável, nada além disso. Nota 4
Jaílson: fez uma jornada fraca. Um de seus piores jogos com a camisa do Grêmio. Nota 3
Michel: não fez boa partida e ainda falhou no lance que originou o gol. Nota 3
Ramiro: manteve seu bom retrospecto, mas decaiu no segundo tempo. Nota 6
Everton: muita transpiração, mas pouca objetividade. Nota 5
Pedro Rocha: muito mal no primeiro tempo. Continuou mal no segundo. Saiu para a entrada de Gastón Fernandez. Nota 2
Luan: foi seu jogo mais intenso e participativo neste ano. Assim como o time, foi decaindo ao longo da partida. Nota 6

Gastón "La Gata" Fernandez: entrou no lugar de Pedro Rocha. Sem muito brilho. Nota 4
Fernandinho: entrou no lugar de Jaílson. Nada acrescentou. Nota 4
Lincoln: entrou no lugar de Michel. Até tentou, mas não conseguiu grandes progressos. Nota 5

Renato Portaluppi: esse empate é computado em grande parte por conta das escolhas do treinador. Nota 4

Arbitragem: Daniel Bins, auxiliado por Leirson Martins e Tiago Diel. Deixaram o Nóia fazer revezamento de faltas em Luan.


O jogo valia a chance de aproximação do líder, assim como a reabilitação dos últimos resultados, os quais haviam ficado aquém do esperado. Só que o desempenho continuou sofrível. Bolaños tem feito muita falta, assim como Maicon e Geromel (nem vamos citar Douglas). Ainda assim, o time tem apresentado muito menos do que poderia e deveria. O próximo jogo é sábado, na Arena, contra o Juventude. Não cogita-se nada além de uma vitória e, preferencialmente, um bom desempenho.

Saudações Imortais

21 de março de 2017

A hora de parar


Um episódio que veio a mim e os comentários do post logo abaixo me trouxeram uma certeza: é hora de parar. Eu comecei a escrever no blog quando o Grêmio estava falido e na série B. E vim ininterruptamente até hoje.
Anos e anos ouvindo e tentando refletir e descrever os anseios da torcida. Campeonato após campeonato tentando passar esperança de uma vitória que chegaria.
Até que o ano passado ela veio. E veio linda, brilhante, sem contestação. Foram jogos maravilhosos, onde o talento e a raça de todos os jogadores e a dedicação de todos os funcionários e diretores levou ao título e ao delírio da torcida.
Por coincidência do destino na última hora eu, que não havia planejado, estava na Arena. E, depois de anos me vi chorando de alegria e de emoção. Chorando muito. Eu que nunca havia chorado em campo de futebol.
Mal sabia que menos de três meses após esta conquista maravilhosa haveria tanta reclamação e até mesmo tanto ódio de parte da torcida contra jogadores, treinadores e dirigentes. Nada presta. Todos são ruins e desprovidos de talento, vontade e inteligência.
A sociedade está doente e eu estou cansado de ler comentários e ficar estressado por conta do que leio.
Já não ouço quase rádio se não a Grêmio Rádio. Já não leio comentário de nenhum "comentarista". Me restrinjo a abrir os sites para ver as manchetes das notícias.
E agora vou dar um tempo no blog.
A Pitica largou.
Ficam o Daniel e a Talita. Se quiserem e se puderem. E principalmente, se tiverem saco.
Talvez um dia, quem sabe, eu volte. Mas com certeza não será tão cedo.
Um abraço aos amigos que fiz aqui. E, como diz o Heraldo, um vtnc para os malas que me deixaram moído de cansaço.

Retardo mental ou gosto em falar bobagem?

Confesso que está duro aguentar os comentários no blog. Muito duro.
A Pitica já largou. O Daniel e a Talita nem escrevem mais e sobrou eu para manter o blog atualizado e mediar as indecências que são escritas nos comentários.
Alguns não tem jeito. Tem de ser bloqueados e até banidos.
Outros a gente libera.
Tudo bem que as pessoas possam ter opiniões diferentes. Um gosta de A e não gosta de B. Outro gosta de B mas não gosta de A.
Mas escrever bobagem após bobagem com tom professoral de dono da verdade é demais.
Deste jeito daqui há pouco sobra bloquear comentários, porque tem de ter um fígado muito bom para ler e liberar.
Duvidam?
Olhem este comentário de um elemento acostumado a textões.
Com Renato e seu fator amante de cascudo é altamente improvável que Lincoln seja escalado como titular... Haja vista a inquebrantável titularidade de Marcelo Oliveira. Concordo contigo seria a melhor solução investir no guri que está na cara tem futuro até imediato!!! 
Mas tanto Renato como a comissão permanente gremista tem um histórico em não acreditar nos guris do Grêmio por mais bons de bola que sejam Ronaldinho, Douglas Costa, Mário Fernandez e vai longe... 
Claro arigó. O Grêmio odeia seus guris. Que o digam Grohe, Jaílson, Walace, Luan, Everton, Pedro Rocha e Ramiro. Apenas 6 da base no Penta Campeão da Copa do Brasil.
Sim, vou lembrar porque muito arigó mala já esqueceu.
O Grêmio foi Penta Campeão da Copa do Brasil há 3 meses.
Continuem enchendo o saco. Com um pouco de sorte, daqui à pouco estarão falando sozinhos.

19 de março de 2017

(Mais) um castigo merecido

Grêmio 1 x 1 Veranópolis


Primeiro Tempo: 0 x 1

Lucas Barrios iniciou como titular pela primeira vez.
E os primeiros minutos foram de pressão do time do interior embora nada fosse criado.
O Grêmio tentava sair muito lentamente para o ataque. E errava muito passe.
A primeira chegada foi aos 10 minutos mas a zaga cortou para escanteio. Na cobrança gol do Kannemann mas anulado por impedimento. Bem anulado.
Aos 17 minutos Thyere afastou mal e deu no pé de um adversário. Léo fez boa defesa no chute forte. E Thyere afastou mal de novo aos 23 minutos mas sem consequência mais séria.
O principal problema do tricolor era a falta de um articulador no meio de campo.
Aos 25 minutos Léo aceitou um chute de muito longe. Um frango. Mas um gol até merecido pelo que o Grêmio não fazia em campo. Falhou também o meio de campo que deixou um oceano de espaço para o jogador dominar, ajeitar e chutar.
Aos 30 minutos o primeiro chute a gol. Luan de fora da área bateu colocado mas o goleiro fez a defesa.




Aos 38 minutos Pedro Rocha sofreu falta violenta quando iniciava um bom ataque. Na cobrança não aconteceu nada.
Aos 46 minutos Barrios mandou para as redes mas o juiz deu um impedimento de Ramiro. Houve reclamação dos jogadores mas a tv não mostrou o replay. E o juiz marombado deu amarelo para o Barrios por reclamação.

.....

Um primeiro tempo pavoroso.
O time entrou sem vontade como se ganhar fosse questão de tempo.
E para piorar, o goleiro aceitou um gol em bola muito fácil para defender.

Segundo Tempo: 1 x 0

Lincoln entrou no lugar de Jaílson. Uma providência muito oportuna do Renato.
E a modificação pareceu dar resultado. Aos 2 :30 minutos cruzada do Marcelo Oliveira mas a bola passou por dois atacantes e foi para a linha de fundo. Uma boa chance.
E aos 5 minutos Ramiro cruzou para Luan que matou no peito, girou, esperou o goleiro se estatelar no chão e colocou no cantinho. Um golaço.
Aos 7:45 minutos uma bomba de fora da área e Léo mandou para escanteio.
No twitter começou a patrulha em quem criticara o primeiro tempo do Luan.






O segundo tempo do Imortal era bem melhor do que o primeiro, mostrando que não dá para prescindir de um armador.
Aos 16 minutos o bandeira inventou um impedimento quando Luan recebeu um lançamento dentro da área.
Aos 18 minutos Everton entrou no lugar de Lucas Barrios.
Pedro Rocha cabeceou fraco cruzamento de Léo Moura para defesa do goleiro.
Aos 21 minutos Léo Moura bateu falta no canto para grande defesa do goleiro.
Luan deu para Léo Moura que cruzou no pé de Pedro Rocha que, dentro da pequena área e sem goleiro isolou por cima. Um gol incrível perdido. Eram 24 minutos.


E Léo Moura de novo cruzou para Luan chutar de primeira mas o goleiro defendeu.
O gol amadurecia com chances de gol após chance de gol. Mas não saía.
Renato tirou Michel e colocou Gaston Fernandez aos 33 minutos.
E Everton recebeu livre mas não conseguiu encostar para um dos atacantes que estavam na cara do gol. Mais uma chance perdida.
Nos últimos minutos o time entrou no desespero levantando a bola de qualquer jeito para a área.
Gaston Fernandez fez uma falta forte e levou amarelo. 



E foi isto.

.....

Um segundo tempo muito melhor do que o primeiro. Mas as chances perdidas, mais uma vez, impediram um resultado melhor.

E mais uma vez o castigo que sempre vem quando o time entra em campo com arrogância e achando que a vitória é uma questão de tempo. Não é. Para o Grêmio nunca foi.
Ramiro, Léo Moura e Lincoln os melhores.

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Como Jogaram

Léo:
 Uma falha pavorosa no primeiro tempo. Uma boa defesa no segundo tempo. Nota 3
Léo Moura: Um dos poucos que se salvou no primeiro tempo. E criou grande jogadas no segundo tempo. Um dos melhores. Nota 8
Rafael Thyere: Duas pixotadas no primeiro tempo. Depois mostrou a segurança dos outros jogos. Nota 6
Kannemann: Bastante firme como sempre. Nota 7
Marcelo Oliveira: Não teve problemas atrás mas não fez nada na frente. No segundo tempo melhorou. Nota 6
Michel: Não foi visto em campo no primeiro tempo. Melhorou no segundo tempo. Nota 6
Jaílson: Um primeiro tempo muito ruim errando praticamente todos os passes. Foi substituído no intervalo. Nota 2
Ramiro: Lutador como sempre. E um dos melhores como sempre. Escolhido o melhor pela torcida. Nota 8
Luan: Parece que anda sem vontade de jogar, mas de repente acorda e faz um golaço e grandes jogadas. Nota 6
Pedro Rocha: Muito esforço e nenhuma produtividade no primeiro tempo. Errou dois gols feitos no segundo tempo. Nota 4
Lucas Barrios: A bola não chegou nenhuma vez no primeiro tempo. Melhorou com o time no segundo tempo mas foi substituído. Nota 4
.....

Lincoln (Jaílson): Mudou a cara do jogo quando entrou. Nota 8
Everton (Lucas Barrios): Entrou muito bem. Nota 7
Gaston Fernandez (Michel): Pouco tempo em campo. Sem nota




Renato: Tem de escalar sempre um meia ou o time não funciona. Corrigiu no intervaloNota 6

Arbitragem: Roger Goulart, Maurício Penna e Jorge Bernardi - Picotou o jogo no primeiro tempo. Algumas faltas invertidas e um impedimento muito mal marcado. Deixou o Veranópolis bater à vontade.

17 de março de 2017

Quem precisa do Walace?

Nova contratação do Imortal.



Desespero, chilique e grandeza

Como diria o Galvão Bueno, ééééé amigos, a coisa está feia para o lado do Cheira-Rio.
Antes de continuar um pedido de desculpas aos gremistas justinos que pensam que o que acontece sobre o aterro não é importante para a vida do Imortal. Eu acho que é e vou continuar escrevendo sobre.
Mas continuemos.
O esperneio anda forte. E as cuecas a cada dia mais sujas.
Fala-se pelos cantos que há provas robustas de que os pdf´s do caso Victor Ramo são realmente falsos. E sabe-se que a pena, neste caso é a suspensão de pelo menos 180 dias.
Ora, um clube suspenso não pode jogar série nenhuma. Portanto, em 2018 o torneio mequetrefe do Novelhaco vai ser muito importante para que nosso cocô-irmão consiga vaga para a série D de 2019.


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Mas eles não perdem a pose.
Tem um atorzinho para lá de medíocre que foi alçado a representante róseo naquele programa que perde mais audiência do que reservatório furado perde de água. E foi também transformado em colunista daquele jornaleco que verte sangue e bobagens.
Pois ele, que se acha malandro, resolveu iniciar uma campanha para intimidar a arbitragem.
Sim. É sério. Não contente com o favorecimento sistemático que recebem, o cara quer aumentar ainda mais a roubalheira através da intimidação e do condicionamento.
Foi só o marombado dar uma entrevista de solidariedade ao colega atingido pelo vice de futebol desesperado e lamentando o destempero que deu chilique no véio. Aí ele fez uma coluna.


Não percam tempo procurando para ler. Não dêem pageview. O título é auto-explicativo.
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Enquanto isto as coisas vão se ajeitando na Arena. Com calma, sem alarde e, especialmente, sem chiliques.
E com atitudes bonitas que servem para mostrar a grandeza do clube e a importância do futebol.
Como esta aí embaixo.Nesta sim, podem abrir e ler à vontade.

16 de março de 2017

Avalanche Tricolor: saldo positivo em empate, no Bento Freitas

Por Milton Jung



Brasil 1×1 Grêmio
Gaúcho – Bento Freitas/Pelotas

  

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Ramiro voltou a marcar, em foto de Lucas Uebel/GrêmioFBPA
Tem alguns recantos do Rio Grande que dão saudades. Pelotas é assim. Assim também é o Bento Freitas, estádio onde já fui torcedor e repórter – cada coisa ao seu tempo, às vezes ao mesmo tempo. Assisti a algumas partidas do Grêmio na carona da Veraneio que levava para o interior a equipe da Rádio Guaíba. E em outras trabalhei como jornalista de rádio pela própria Guaíba, lá pelos anos de 1980.
  
A viagem era longa e os jogos duros. Uma das mais fanáticas torcidas do futebol rio-grandense está por lá. E ter essa turma no cangote enquanto se tentava reportar as coisas que aconteciam dentro do gramado era um desafio. Em um tempo no qual o radinho de pilha ficava colado no ouvido do torcedor qualquer informação que colocasse o time da casa sob suspeita era imediatamente respondida aos palavrões.
  
Sabe essas coisas que se assiste nas redes sociais? No Bento Freitas, era ao vivo e a cores, como costumam dizer os mais antigos.
  
Por tudo isso, ver o Bento Freitas nas imagens de televisão hoje, no início da noite foi curioso, pois me fez lembrar de muitos dos momentos vividos lá em Pelotas. E não me surpreendeu, apesar de ser informado que o estádio está com uma nova ala para a torcida. Time e torcedores disputam cada bola como se fosse a última. E se o árbitro não tiver pulso, a partida corre o risco de descambar para a violência. Intimidar o adversário no berro e no pontapé faz parte do negócio.
  
Até que o Grêmio se comportou bem diante de um adversário disposto a tudo. Colocou a bola no chão, trocou passes, se movimentou, fez tabelas bonitas na entrada na área e chegou ao gol inimigo algumas vezes. Marcou em uma jogada típica das partidas encrespadas: Ramiro, Ramito – novamente ele – não teve medo de dividir uma bola na entrada da área e meteu o pé do jeito que dava; a bola desviou no zagueiro e encobriu o goleiro.
 
Pena nos ter faltado precisão nos chutes, termos encontrado um goleiro inspirado e tomado o gol de empate ainda no primeiro tempo. Merecíamos mais sorte.
  
Diante do resultado final e da posição em que estamos ao fim da sétima rodada do Campeonato Gaúcho, o placar pode ser comemorado – apesar de esse negócio de comemorar empate ser esporte preferido de uma outra turma que está mais embaixo – aliás, bem embaixo – da tabela.
  
Meu maior temor nesta noite era mesmo colocar mais alguém na temida lista dos lesionados, principalmente pela forma violenta com que o jogo se desenvolvia. Já bastava ter sido informado que Marcelo Grohe foi obrigado a ficar no banco porque sentiu lesão muscular antes da partida.
 
 Manter a integradade dos nossos titulares e nos mantermos no alto da tabela a poucas rodadas do fim desta fase foram o saldo positivo desta jornada.

15 de março de 2017

Daniel Matador - Empatezinho maroto em Pelotas

Brasil de Pelotas 1 x 1 Grêmio

Ramiro marcou o gol do Grêmio em Pelotas (foto: Lucas Uebel)

Caros

Enquanto alguns clubes sequer conseguem atingir a zona de classificação do ruralito (não disse quais clubes), o Grêmio foi a Pelotas com a tranquilidade de quem está virtualmente classificado no torneio do 9letto e é líder de seu grupo na Libertadores. Chance no jogo para dar oportunidade a alguns jogadores que poderão ser aproveitados durante o ano. O adversário foi outro clube segundino (que irá disputar a segundona este ano). No caso, o Brasil de Pelotas.

Poucos minutos antes da partida, Grohe sentiu um desconforto muscular e ficou no banco de reservas. Foi a chance para o jovem Léo assumir a posição. Além dele, Renato mandou a campo Léo Moura, Kannemann, Thyere, Marcelo Oliveira, Michel, Jailson, Ramiro, Bolaños, Pedro Rocha e Luan. Gastón Fernandez e Lucas Barrios estavam na casamata.

1º Tempo: Brasil de Pelotas 1 x 1 Grêmio

O jogo, para variar, começou da forma como começam todos os jogos do ruralito. Pouca inspiração e muita truncagem de ambos os lados. O Grêmio ainda tentava algo, mas o Brasil se fechava todo atrás, mesmo jogando em casa. Aos 12 minutos, uma primeira chegada forte do tricolor, a qual foi rebatida pela defesa xavante. Pouco mais de um minuto depois, arremate para fora de Luan, após passe de Ramiro. Aos 20 minutos, após fiasqueira do treinador do Brasil, o árbitro amarelou Bolaños.

Até que, aos 23, o gigante Ramiro chutou a bola na entrada da área, ela desviou no zagueiro e encobriu o goleiro, abrindo o placar. Aos 27, chegada perigosa do Brasil e quase que o goleiro Léo engole um frango. Aos 29, Bolaños e Pedro Rocha fizeram um SALSEIRO na zaga do Brasil. O equatoriano chutou e o arqueiro xavante fez um milagre, evitando o segundo gol. Aos 33, após cobrança de escanteio, o sexagenário Gustavo Papa livrou-se da marcação de Jaílson e cabeceou por baixo, tirando a bola do alcance de Léo e empatando o jogo. Aos 43, Pedro Rocha chutou de fora da área para a defesa do goleiro. Logo em seguida, Luan fez jogada parecida e mais um milagre de Eduardo Martini. E acabou assim a primeira etapa.



2º Tempo: Brasil de Pelotas 0 x 0 Grêmio

O tricolor voltou para a segunda etapa sem alterações. Aos 5 minutos, Pedro Rocha recebeu de Bolaños e chutou rente à trave esquerda. Aos 9, Luan sofreu e bateu falta perigosa. Na sequência, ataque perigoso do Brasil e Thyere evitou o avanço com um carrinho providencial. O jogo truncou-se novamente, até que Barrios entrou no lugar de Pedro Rocha aos 20 minutos. No minuto seguinte, Ramiro foi atingido sem bola e a partida ficou parada um bom tempo.

Aos 32, Bolaños quase ampliou, mas Eduardo novamente salvou. Aos 34, outro milagre dele, desta vez em chute de Luan, que saiu no minuto seguinte para a entrada de Everton. Aos 38, Everton avançou na área pela esquerda, tirou o zagueiro da jogada e meteu um SAPATAÇO que explodiu na trave. O time de Renato ainda tentou outras investidas, mas o resultado final foi mesmo o empate.




Como jogaram:

Léo: entrou na fogueira, mas não comprometeu. Sem culpa no gol. Nota 6
Léo Moura: adonou-se da lateral. Boas investidas que levaram perigo à defesa xavante. Nota 7
Kannemann: um leão, como sempre. Nota 7
Thyere: tem aproveitado bem as oportunidades. Nota 7
Marcelo Oliveira: uma pixotada sua proporcionou o escanteio que originou o gol de empate do Brasil. Nota 5
Michel: começa a soltar-se mais em campo. Deve ser o titular ao lado de Maicon, tão logo o capitão volte do DM. Nota 6
Jailson: aparenta estar sentindo o peso de ser titular. Falhou no gol de empate. Saiu para a entrada de Fernandinho. Nota 5
Ramiro: está em grande fase. Outro gol iluminado. Cansou no segundo tempo. Nota 8
Bolaños: bem demais. Killer movimentou-se por todo o campo. Nota 7
Pedro Rocha: até tentou algumas investidas e chutes, mas ficou aquém do que o time precisava. Saiu para a entrada de Barrios. Nota 5
Luan: quase caiu nas pilhas dos jogadores do Brasil, que forçavam sua expulsão. Cansou no segundo tempo e saiu para a entrada de Everton. Nota 6

Barrios: entrou no lugar de Pedro Rocha. Sem muito brilho. Nota 5
Everton: entrou no lugar de Luan, mas quase ao final do jogo. Sem nota
Fernandinho: entrou no lugar de Jaílson, mas quase ao final do jogo. Sem nota

Renato: armou bem o time com as pelas que tinha, apesar de que poderia ter promovido a entrada de Gastón Fernandez. Nota 6

Arbitragem: o famigerado Daronco foi o apitador, auxiliado por Fabrício Baseggio e Mateus Rocha. Como de praxe, foi fraquíssimo. Deixou o xavante bater à vontade. Ramiro foi atingido sem bola e ele nada fez.

O tricolor dominou todas as ações no primeiro tempo. O gol de Gustavo Papa foi totalmente fortuito. O Brasil, mesmo jogando em casa, portou-se de forma acadelada e fechou-se em seu campo. Tanto que comemorou o empate como se fosse título. Parece que esse tipo de atitude é própria de times segundinos quando jogam com o Imortal. O resultado levou a equipe gremista para a vice-liderança do ruralito, a qual poderá ser consolidada na próxima rodada, quando enfrentaremos o terceiro colocado Veranópolis.

Saudações Imortais

13 de março de 2017

A IVI está nua. E os justinos de cueca

Se faltava alguma coisa para os mais renitentes se convencerem de que a IVI não só existe mas é atuante e patética agora não falta mais nada.
A reação dos bocós após o jogo de ontem mostrou que eles não conseguem nem mesmo fazer as coisas com parcimônia para dar uma impressão de isenção.
O juiz errou? Errou.
Alguém na hora, antes do replay do lance achou que não havia sido pênalti? Sim. Alguns segundinos e a IVI. Então se o lance passou a impressão de pênalti desmentida somente após contínuos replays com imagem MUITO ampliada, por que esta blitz odiosa contra o juiz? Por várias razões. Arrisco a dizer que a principal é porque eles não estavam acostumados a ver erros contra o Esporte Clube 2006. À favor muitos, às dúzias. Contra? Raríssimos. E vocês sabem. Sempre a primeira vez é mais doída. Depois vai acostumando.
No GRE-nada teve um pênalti escandaloso não marcado no Pedro Rocha. O que eles disseram? Que não havia sido. Os mesmos indignados de ontem. E quando obrigados a reconhecer um erro à favor do SCI qual a frase manjada e cretina? "A banca paga e recebe."
O Arigatô reclamou com elegância do juiz e muitos arigós o ironizaram por dias.
O Cruzeirinho teve dois pênaltis mandrakes marcados contra o ano passado em jogo contra o timinho e o que fizeram? Criaram uma blitz de ex-árbitros vermelhos para dizer que havia sim sido pênalti os dois lances. Quando se diz que são pênaltis de gauchão se irritam.
Bando de cínicos. Covardes. Cafajestes. Bandidos.
Por que não trucidaram o mesmo juiz pelo pênalti não marcado para o Juventude no primeiro minuto de jogo? Onde a indignação pelo erro neste pênalti que foi cristalino e de concurso? Por que esta indignação seletiva? Alguém tem dúvidas que se fosse marcado um gol ali haveria uma goleada neste timeco vagabundo de série C? Eu não tenho.
Bando de cínicos. Covardes. Cafajestes. Bandidos.
Aí um arigó foie perguntado se foi pênalti respondeu:
"Eu não falo sobre isto. Quem comenta é o comentarista de arbitragem. Eu não me meto na dele e ele não se mete na minha."
Sério? Como pode ser comentarista de futebol um animal que não conhece as regras do jogo? Quem ele pensa que engana?

Mas sabem o que? Este episódio foi espetacular.
Primeiro porque os mazembados puderam sentir na pele uma vez pelo menos o quanto é ruim sofrer com erro de arbitragem. Sentir em parte porque além do pênalti claro no primeiro minuto houve aparentemente outro pênalti não marcado em toque de braço daquele mesmo jogadorzinho que falou que "disse a verdade para ajudar o juiz."
Segundo porque desnudou a IVI. Eles saíram todos da toca. Estão em chamas. São identificados facilmente. Não deixam mais dúvidas a quem estão servindo. Estão pagando vale e dando vexame. Estão nus tal qual o rei da história. Perderam o disfarce tosco que servia para enganar aos tolos e ingênuos.
A IVI existe sim. Está infiltrada em quase todos os órgãos de imprensa.

E, para encerrar, se a IVI está nua pode-se dizer que os justinos estão de cuecas. Triste ver pseudo gremistas tentando justificar o injustificável. Que apodreçam junto.

10 de março de 2017

Avalanche Tricolor: começamos bem na Copa que queremos

Por Milton Jung

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Libertadores – Agustín Tovar/Barinas-VEN

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Leo Moura comemora seu primeiro gol. Foto: LUCASUEBEL/GRÊMIOFBPA


#QueremosACopa

 A hashtag que nos embalou no título da Copa do Brasil se renova e veio para nos motivar na Libertadores.
 
Como a do Brasil, a Libertadores também é Copa. E a Copa que sempre quisemos ter. São 17 participações, quatro finais e dois títulos. Tem a nossa cara.
 
E foi com os caras que temos hoje é que vencemos na estreia, fora de casa e sob calor de mais de 30 graus, apesar de ser início de noite na Venezuela.
 
E olha que os nossos caras não puderam contar com ao menos cinco dos titulares que venceram a Copa do Brasil há cerca de três meses. Algumas das ausências foram figuras cruciais no título nacional: Geromel e Douglas, por exemplo.
 
Por tudo isso, pelas mudanças de última hora e pela necessidade de reencontrar o entrosamento que nos fez destaque do Brasil, em 2016, não deveríamos esperar muito da atuação gremista nesse primeiro jogo.
 
O início titubeante e com espaço para o toque de bola adversário, porém, não durou muito. A medida que o tempo avançava, passamos a dominar o jogo, trocar passes de um lado para o outro e ameaçar algumas investidas. A paciência foi nosso mérito e permitiu que impuséssemos nossa superioridade.
 
O gol quase ao fim do primeiro tempo teve a cara do Grêmio que ganhou a Copa do Brasil. A triangulação pelo lado direito e o passe preciso permitiram que Leo Moura, nosso ala, aparecesse na frente para receber a bola, surpreendendo a defesa. O giro e o chute bem executados completaram a jogada. Foi o primeiro dele com a camisa do Grêmio.
 
No segundo tempo, o time já era senhor do jogo. Com a defesa mais bem protegida e as escapadas para o ataque feitas com prudência, não demorou para construirmos jogada pelo lado esquerdo: a velocidade de Pedro Rocha e o surgimento de Ramiro à frente dos zagueiros provocaram o pênalti convertido por Luan.
 
Sem alternativa, o adversário partiu para cima do jeito que podia. Apesar dos sustos e da pressão que sofremos, eles esbarraram em um sistema defensivo muito mais firme e valente: Kannemann, Ramiro e Thyere, nesta ordem, tiraram bolas que tinham nosso gol como destino. O primeiro fez as vezes de goleiro ao ver que Marcelo Grohe já estava batido; o segundo meteu a cara quando a bola se encaminhava para as redes; e o terceiro abortou com os pés jogada na entrada da pequena área.

 Era evidente o cansaço pelo desgaste da viagem, da estreia e do calor. Tudo, porém, foi superado pelo desejo de iniciar muito bem uma Libertadores, pois os nossos caras – e todos os demais que estão chegando ao grupo apenas agora – sabem o que eu, você e toda a torcida do Grêmio querem neste ano:


#QueremosACopa