10 de março de 2017

Avalanche Tricolor: começamos bem na Copa que queremos

Por Milton Jung

Zamora-VEN 0x2 Grêmio
Libertadores – Agustín Tovar/Barinas-VEN

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Leo Moura comemora seu primeiro gol. Foto: LUCASUEBEL/GRÊMIOFBPA


#QueremosACopa

 A hashtag que nos embalou no título da Copa do Brasil se renova e veio para nos motivar na Libertadores.
 
Como a do Brasil, a Libertadores também é Copa. E a Copa que sempre quisemos ter. São 17 participações, quatro finais e dois títulos. Tem a nossa cara.
 
E foi com os caras que temos hoje é que vencemos na estreia, fora de casa e sob calor de mais de 30 graus, apesar de ser início de noite na Venezuela.
 
E olha que os nossos caras não puderam contar com ao menos cinco dos titulares que venceram a Copa do Brasil há cerca de três meses. Algumas das ausências foram figuras cruciais no título nacional: Geromel e Douglas, por exemplo.
 
Por tudo isso, pelas mudanças de última hora e pela necessidade de reencontrar o entrosamento que nos fez destaque do Brasil, em 2016, não deveríamos esperar muito da atuação gremista nesse primeiro jogo.
 
O início titubeante e com espaço para o toque de bola adversário, porém, não durou muito. A medida que o tempo avançava, passamos a dominar o jogo, trocar passes de um lado para o outro e ameaçar algumas investidas. A paciência foi nosso mérito e permitiu que impuséssemos nossa superioridade.
 
O gol quase ao fim do primeiro tempo teve a cara do Grêmio que ganhou a Copa do Brasil. A triangulação pelo lado direito e o passe preciso permitiram que Leo Moura, nosso ala, aparecesse na frente para receber a bola, surpreendendo a defesa. O giro e o chute bem executados completaram a jogada. Foi o primeiro dele com a camisa do Grêmio.
 
No segundo tempo, o time já era senhor do jogo. Com a defesa mais bem protegida e as escapadas para o ataque feitas com prudência, não demorou para construirmos jogada pelo lado esquerdo: a velocidade de Pedro Rocha e o surgimento de Ramiro à frente dos zagueiros provocaram o pênalti convertido por Luan.
 
Sem alternativa, o adversário partiu para cima do jeito que podia. Apesar dos sustos e da pressão que sofremos, eles esbarraram em um sistema defensivo muito mais firme e valente: Kannemann, Ramiro e Thyere, nesta ordem, tiraram bolas que tinham nosso gol como destino. O primeiro fez as vezes de goleiro ao ver que Marcelo Grohe já estava batido; o segundo meteu a cara quando a bola se encaminhava para as redes; e o terceiro abortou com os pés jogada na entrada da pequena área.

 Era evidente o cansaço pelo desgaste da viagem, da estreia e do calor. Tudo, porém, foi superado pelo desejo de iniciar muito bem uma Libertadores, pois os nossos caras – e todos os demais que estão chegando ao grupo apenas agora – sabem o que eu, você e toda a torcida do Grêmio querem neste ano:


#QueremosACopa