17 de agosto de 2017

Os chorões e a hipocrisia

O Grêmio jogou um belo primeiro tempo. Controlou com autoridade o segundo tempo. Saiu com uma boa vantagem para o jogo da volta. Tudo certo, abotoadinho dentro do vidrinho. Mas...
Sim, tem um mas, para surpresa de ninguém.
Mas Geromel machucou.
Foi o suficiente para os arautos do apocalipse invadirem o twitter, o facebook e, claro, o blog para iniciar a choradeira, a cantilena, o mimimi.
Ain, com o Bressan saímos perdendo de 3 x 0.
Ain, que azarados que somos.
Ain, nem verei o jogo porque já perdemos.
Ótimo!
Façam isto.
Não olhem! Não falem! Não chorem! Não zurrem!
O Grêmio não precisa de derrotados de véspera. O Grêmio não se forja a partir de cagões. Não foram estes abobados que fizeram o Grêmio grande como é.
Geromel de fora é uma perda considerável. Afinal Geromel é só o melhor zagueiro do Brasil. Mas não existe ninguém que seja insubstituível. Nem o Geromel.
Tenho certeza que jogue quem jogar, receberá atenção dobrada do Renato e de toda a equipe do futebol para entrar com confiança afim de dar conta do recado. E, muito provavelmente dará.
Certamente para tristeza dos torcedores de teses ou para aqueles que simplesmente precisam e adoram odiar tanto quanto as pessoas precisam de oxigênio.
Seja quem for o escolhido deve contar com o apoio de todos. Porque não há nada pior para alguém ter de fazer seu trabalho sob desconfiança de quem deveria apenas dar carinho e força.
E você aí, se não concorda, faça como aquela frase da piada: "se não acredita, pelo menos não atrapalhe o negócio."

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Três anos se passaram desde que o Grêmio foi linchado por conta do racismo de 2 ou 3 torcedores. Todos lembram do famigerado "Caso Aranha".
Seria a redenção do futebol, bradavam. O fim do racismo dos estádios.
Sim. Claro.
Outros episódios ocorreram sem repercussão nenhuma. Até que ontem à noite, por ironia do destino, de novo na Copa do Brasil, repetiu-se episódio quase igual no jogo Botafogo x Flamengo.
E aí?
Aí nada otário.
Aí que os arautos da moralidade do tipo Sérgio Xavier Jr. André Rizek e Diogo Oliver, só para ficar nos três que lembrei rapidinho, já não pensam mais como pensavam três anos atrás. Agora não é mais necessário "dar o exemplo", "moralizar", "acabar com a vergonha do racismo".
Nas suas medíocres e tacanhas mentes surgiu a teoria, a tese e a afirmação de que são "casos diferentes".
Sabem que eu concordo? São diferentes sim. Naquele era o Grêmio o envolvido. Era o Grêmio que seria punido.
Agora é o Botafogo. Como poderia ser o Flamengo. Ou o Santos. Ou Inter. Ou qualquer outro clube brasileiro. Neste caso, o torcedor é que deve ser punido e não o clube. Entenderam bobinhos otários e ingênuos?
Pois é. Nada mais precisa ser dito meritíssimo.